48 - Margot e Vitória depois do almoço

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- Eu juro que um dia ainda vou encontrar um restaurante comercial que não tenha fila na hora do almoço. – Reclama Vitória se jogando na cadeira que fica em frente à mesa de Margot.

- No dia que encontrar esse restaurante passa longe que a comida não deve prestar. – Fala Alfredo que estava pegando documentos nos arquivos que ficam outro lado da sala.

- Querido, se eu não pedi café, que eu gosto, imagina a tua opinião. – Responde Vitória, brincando com o colega de trabalho.

- Eu sei que o que você gosta mesmo é de mim. – Responde Alfredo enquanto passa a mão nos cabelos de Vitória ao sair da sala.

- Larga de mim, criatura!

- Hum... Essa estória vai acabar em namoro! – Brinca Margot enquanto termina de responder alguns e-mails no computador.

- Por favor, amiga! Diz que eu vou ficar cega, mas não me joga essa praga.

- Credo, Vitória! O Alfredo nem é assim tão feio.

- Não estou falando de beleza, estou falando de personalidade. Já pensou eu ter que ficar aturando essas gracinhas o dia todo? Mas vamos falar de outras coisas, por que você não quis ir almoçar comigo? Nem deu pra gente colocar as fofocas em dia.

- Vitória, tu dormiste em casa, qual a fofoca que eu teria para te contar que não tivesse falado antes?

- Ah, sei lá... De repente algum sonho com aquele bonitão do Centro.

- Vitória!

- Tá bom, tá bom... Já sei. Não tem nada acontecendo entre vocês dois. – Fala Vitória em tom de brincadeira.

- Exatamente!

- Mas não significa que não possa acontecer. – Alfineta a amiga.

- Significa exatamente o que tem que significar: nada!

- Tudo bem. Já sei que não queres falar disso, mas aquela estória do avô dele querer que vocês se encontrem no Centro ainda tá meio estranha.

- Nisso você tem razão. Eu também queria poder saber o porquê daquele encontro?

- E o desmaio na rua depois do Centro? Mais estranho ainda. E você ainda não me contou essa estória direitinho, Dona Margot! Não pense que eu esqueci, não. – Cobra Vitória.

- Se aconteceu algo mais, além do que eu já te disse, não lembro! – Responde Margot, arrumando os papéis que estavam sobre a mesa nas pastas de processos.

- Será que foi para você receber aquela mensagem do sonho que o avô do bonitão pediu para você ir encontrar com ele?

Margot para de arrumar os papéis e olha pra Vitória, irritada.

- E por que eu teria que encontrar com ele para receber alguma mensagem?

- Eu que você saber? Só tô tentando ajudar.

- Sei... – Responde Margot, voltando a arrumar os papéis.

Vitória se debruça sobre a mesa e fica desenhando um coração em um papel-borrão que está sobre ela e fala sorrindo:

- Já falastes com ele depois daquele dia?

- Com o avô? – Pergunta Margot.

- Eu tô querendo saber se você já falou com o bonitão, boba!

- Ai... Tá... Desculpa. É que essa estória me deixa nervosa. Tá tudo indo muito rápido pra mim.

- A paquera com o bonitão?

- Vitória! Sai da minha sala. Me deixa trabalhar que eu tenho muito o que fazer. – Fala Margot apontando para a porta da sala que está entreaberta.

Vitória se levanta sorrindo e caminha em direção à porta enquanto fala:

- Não deixa de me convidar pra esse casamento, hein! – Brinca Vitória, querendo provocar Margot antes de sair da sala.

- Que vai ser logo depois do teu com o Alfredo.

- Credo! Deus me livre! – Responde Vitória em meio a risadas enquanto sai da sala de Margot.

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