O Lado Duro do Amor

PÁGINA 18

LYDIA

       Acordei cedo hoje, porque de costume, todo sábado de manhã eu saio pra fazer caminhada, até porque não tem como ser saudável só ficando deitada na cama.
       Desci pra tomar meu café e conversar com meus pais, não falo muito com eles  porque eles só vivem falando de trabalho e mais trabalho, meu pai é dono de um escritório super famoso na cidade e minha mãe trabalha em uma empresa de alta tecnologia, eles vivem nos celulares em ligações o tempo todo e o tempo que eles não estão no celular, eles continuam falando sobre trabalho. As vezes é realmente cansativo, mas se não fosse por eles, nada do que eu tenho, eu teria conseguido e conquistado. Sou muito grata a eles.
        Meu café da manhã é bem balanceado, as vezes como uns ovos frito com panqueca e as vezes uns biscoitos saudáveis com suco de laranja. Meus pais sempre se importaram com a minha saúde e acho que eu comecei a me preocupar também por influência deles.
        Depois de ter ido ao banheiro, voltei pro meu quarto pra me arrumar para ir caminhar, peguei meu celular e vi que o Hugo tinha mandando outra mensagem: "td bem?". Resolvi responder e disse que sim, e perguntei se ele também estava bem. Depois que eu mandei a mensagem, fui caminhar.
        Sempre vou na praça da República de São Paulo, é bem aberta e um espaço ótimo pra fazer caminhada. Sempre boto minha playlist pra me acompanhar.
        Acho legal que as pessoas na rua sempre me comprimentam, pelo fato de conhecerem meus pais, é bom ser reconhecida pela cidade por causa das pessoas da minha família.
       Ouço um barulho de toque no meu celular, paro a música e vejo que é de um número desconhecido, geralmente não costumo atender, mas dessa vez eu atendi para saber quem era.
   - alô, quem fala?
  - aposto que você vai me reconhecer pela voz...
       Fiquei em choque, não acreditava naquilo, não acreditava que ele tinha descoberto meu número....