O Lado Duro do Amor

PÁGINA 92

HUGO

      Não sei se foi uma boa ideia ter aceitado ir jantar na casa da Lydia, com a mãe dela presente. Mas dei esse voto de confiança. Cheguei a estranhar quando ela mencionou a mãe, depois da discussão que ambas tiveram. Acho que elas se resolveram e eu fico feliz por isso.
      Cheguei em casa depois da aula e fui direto para o banho. O último dia foi muito agitado e eu andei bastante pela faculdade, o que me fez suar muito. Lydia combinou de marcar o jantar hoje às 20:00h e já se passava das 18:30, precisava me arrumar logo, já que meu cabelo é o que mais demora pra ficar bom.
       Depois do banho, vou ao meu quarto, sento me na cama e penso no que vou vestir para aquela ocasião. Acabo vestindo um short preto de pano mole que fica uns 2 centímetros acima do joelho, uma camisa Polo da lacoste, da cor cinza e um sapato Air force totalmente branco. Já era quase oito horas, quando termino de finalizar meu cabelo.
      Acabo indo com o carro do meu pai, porque se eu fosse de bicicleta, o vento ia destruir meu cabelo. Depois de uns minutos, chego naquela gigante casa que me deixa de queixo caído, toda vez. Estaciono na calçada e aperto a campanhia.
       Uma mulher que parecia ser a empregada da casa, me atende delicadamente e me pede para entrar. Assim que eu entro na casa, vejo Lydia, seu pai e sua mãe na mesa do jantar. Vou até o encontro deles e os comprimento.
   - Meu pai pediu para trazer esse vinho, pois seria deselegante eu chegar aqui sem nada nas mãos.
   - Não era necessário. O Sr. Paulo, pai da Lydia, diz para mim.
       A empregada retira o vinho de minhas mãos e eu sento me ao lado de Lydia.
   - Que bom que você pude vir. Sua mãe diz carinhosamente para mim.
   - Eu não tenho uma agenda lotada como a de vocês. Falo, dando uma risada.
   - Mas ainda sim, é um bom rapaz. Pai de Lydia completa.
   - Obrigado Sr. Paulo. Falo com um tom de voz meio envergonhado.
       Enquanto a empregada serve a comida para gente, me inclino na direção da orelha de Lydia.
   - Você está linda. Sussurro para ela.
   - Você também. Ela responde.
         Depois de um tempo comendo comida de rico e conversando sobre muitas coisas, a mãe de Lydia faala olhando fixamente para mim.
   - Quero me desculpar pela forma como te tratei naquele dia. Ela suspira e continua. - Não sou e nunca fui assim, acho que começamos com o pé esquerdo.
   - Concordo. Digo com tranquilidade. - Estou disposto a começar com o pé direito. Sugiro a ela.
   - Eu também. A mãe de Lydia responde.
        Senti um peso indo embora de mim, eu precisava disso, do perdão dela. Aquilo me magoou muito, confesso, mas acho que todos os seres humanos merecem uma segunda chance. E ela reconheceu o que fez, isso já é de suma importância para um ser humano, reconhecer o erro e pedir perdão.
      Por que rico tem mania de comida? Teve o prato inicial, o prato principal e ainda duas opções de sobremesas. Acabei comendo de tudo porque não é todo dia que se vem jantar na casa de pessoas com muito dinheiro, mesmo eu achando que isso será costume para mim, visto que eu estou namorando uma garota rica. Depois de comer, me despeço dos pais de Lydia e em seguida, ela me acompanha até o carro.
   - Obrigada por essa noite. Lydia se aproxima, enquanto eu me apoio no carro . - Significa muito para mim. Ela completa.
   - Eu faço o que for preciso pra te deixar feliz. Seguro em suas cinturas e a puxo para mais perto. - O que for preciso. Repito.
       Nesse momento, eu a beijo. Nunca canso de beijá-la ou de tê-la em meus braços, se eu pudesse eu a beijava a cada segundo, pois é dessa forma que eu demonstro meu amor por ela. Não sei demonstrar por palavras, talvez por toque físico como os beijos, ou por presentes.
        Assim que nos separamos, eu me despeço dela, mas ainda estamos juntos.
   - Vou viajar para a praia daqui a uma semana. Eu queria que você fosse comigo. Lydia fala entusiasmada.
   - Puts. Digo a ela. Semana que vem eu preciso resolver umas coisas com o meu pai, a respeito da casa e da minha mãe. Deixa pra próxima. Falo.
   - Pode ser. Vejo o olhar triste em seu rosto.
   - Mas eu vou sentir muita saudades de você. Toco em seu rosto.
   - Eu também. Ela fala, ainda com um olhar meio triste.
   - Bom, eu preciso ir. Me afasto do carro.
   - Está bem. Lydia diz.
          Dou um beijo nela e a abraço profundamente. Entro no carro e aceno em forma de despedida para ela, pela janela. Dou partida e vou embora.