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  O sol estava se pondo e a noite chegando. Todos já haviam montado suas barracas. Acendemos uma fogueira, fizemos uma grande roda em volta dela e assim começamos a bater papo enquanto nossos Marshmallow esquentavam. Hugo me levantou e me levou um pouco distante do pessoal, no meio de umas árvores que tinha do lado da fazenda.
- Ei, pra onde você tá me levando? Pergunto enquanto ele puxa a minha mão.
- Quero ficar a sós com você, lá estava meio chato. Comenta Hugo.
- Você sabe que a gente não pode vim pra cá sem autorização, ainda mais a noite.
   Hugo para no meio de um matagal, com várias árvores. Estamos meio distante da galera e quase nem dava pra ver a fogueira. Ele chega tão perto de mim, que sinto sua respiração.
- O que tem a gente quebrar umas regrinhas bobas como essa? Ele dá um lindo sorriso olhando para mim.
   Ele pega em minhas mãos e as junta com as deles. Quando derrepente, ele toca em meu rosto. Fecho meus olhos e apenas sinto aquela mão macia me tocando. Quando abro meus olhos sinto suavemente o seus lábios tocando os meus. Fecho eles novamente e me levo na imensidão daquele beijo. Foi oficialmente o nosso segundo beijo.
    Ele passava suas mãos pelo meu corpo. Começando pela cintura e subindo até meu pescoço. Tocava meus cabelos e me deixava loucamente apaixonada por ele. Quando seus lábios separam dos meus por uns minutos, ele começa a beijar meu pescoço e uma chama acende dentro de mim. Quando enfim, nossos lábios voltam a se encontrar. Era um beijo lento, demorado e delicado. Um beijo que me fazia sentir desejos por ele. E depois daquele beijo apaixonante, eu percebi que todos os meus beijos, tinham que ser dele. Quando ele parou de me beijar, continuamos com o rosto junto.
- Obrigada por me fazer sorrir novamente. Sussurro com um sorriso no rosto.
   Ele olha para mim, beija a minha testa e logo em seguida a minha mão.
- Eu que agradeço por você ter entrado na minha vida. Diga com uma voz tão doce que me faz querer beijá-lo novamente.
    Ele segura em minha mão.
- Vamos voltar? Pergunta.
- Sim. Respondo para ele.
    Retornamos a roda onde estávamos. Percebo Berry me encarando, mas não dou tanta atenção a ele.
- Onde os pombinhos estava? Pergunta nosso professor, com uma cara de bravo.
- Fomos andar por aí. Responde o Hugo.
- Da próxima vez que forem andar, não esqueça de me avisar. Completa ele.
- Pode deixar professor. Respondo - não irá acontecer novamente.
Ele suspira, aponta para a gente voltar para a roda porque ele tinha algo para falar.
- Bom pessoal, o primeiro dia já foi, amanhã será mais um dia de acampa! O dia em que a gente separará as duas equipes que ficaram até o fim do acampamento. Ele olha para todos nós - lembrando que as duplas da barraca, continuam as mesmas mesmo após a seleção das equipes.
   Todos começam a falar ao mesmo tempo, animados e eufóricos.
- Ei, ei. Silêncio pessoal. Ordena o professor - agora está na hora de vocês irem para suas barracas, porque amanhã acordaremos cedo para mais um dia.
    Todos obedecem o professor e se direcionou para suas respectivas barracas.
   Enquanto eu vou indo para a minha, Maya me puxa de canto.
- Onde a senhorita estava? Pergunta curiosa.
   Dou um sorriso bobo que acaba entregando tudo, mas não respondo para deixar ela mais curiosa. Quando eu me separo dela, vou até a minha barraca, quando Berry me chama.
- Lydia! Exclama ele.
- ah? O que você quer? Pergunto.
- A gente pode ser da mesma equipe e...
- Eu estou cansada. Interrompo ele - amanhã a gente fala sobre isso, boa noite.
    Entro na barraca deixando ele em pé na minha frente. Quero minhas férias sem problemas e quando falamos em Berry, o problema já tem nome e sobrenome.

O Lado Duro do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora