LYDIA
Foi definitivamente meu pior acampamento em toda a minha vida. Esses 4 dias vão ser os dias que eu menos quero lembrar. Acordo de um sono mais cansada de que quando eu fui dormi. Começo arrumar as minhas malas e deixar tudo organizado. Hugo aparece na barraca.
- Oi, eu vim pegar as minhas coisas. Disse, pedindo licença.
Ele pega suas malas e sai sem trocarmos uma palavra se quer e eu, sem nem olhar para ele. Coloco uma roupa confortável porque naquela manhã, estava fazendo calor. Maya me ajuda a desmontar a barraca e a guardar. Ben e Hugo fazem o mesmo com a dele. O professor chama todos assim que a gente desmonta tudo.
- Todos prontos? Pergunta.
- Sim.
- Vamos tirar uma foto antes de sairmos. Ele pede pra gente se juntar um pouquinho mais.
Diu um sorriso meio forçado pra parecer que eu amei vim pra cá e que foi tudo perfeito. Acho que vou adicionar "não ir para um acampamento de faculdade" na minha lista a partir de hoje. Tiramos a foto e subimos no ônibus. Sou uma das últimas pessoas a subir no ônibus um dos únicos lugares vagos é ao lado do Berry e de um outro garoto chamando Bernardo. Esse cara sempre fica dando em cima de mim, e hoje eu não quero ninguém fazendo graça pro meu lado. Acabo sentando ao lado do meu ex namorado que está enchendo meu saco desde que chegou em São Paulo à alguns meses atrás. Passo pelo Hugo e sinto seu olhar me acompanhar até o lugar que eu sento. Olho para ele, e desvio em seguida olhando para a janela. O ônibus estava em movimento e o Berry queria puxar assunto comigo.
- O que você achou do acampamento. Ele pergunta
- Não estou afim de conversar. Respondo com os olhos vidrados na janela.
Pego meu celular, conecto meu fone e vou ouvindo música até chegarmos em São Paulo. Tento abafar totalmente o som que vinha de dentro do ônibus e tentar sair dessa realidade que estava me matando. As árvores passando pela janela, o vento tocando meu rosto e meus cabelos e a música no meu fone foi ideal pra eu voltar a me sentir bem novamente. Chegamos na faculdade e descemos do ônibus. Liguei para meu motorista vir me buscar, enquanto converso com a Maya.
- Vai querer carona amiga? Pergunto.
- Não precisa, minha mãe está vindo me buscar. Ela aponta no exato momento em que sua mãe chega.
- Tchau amiga. Aceno para ela.
Maya retribui o aceno e entra dentro do carro. Vejo Berry indo embora, até que ele grita tchau para mim, apenas aceno com um sorriso para ele. Meu motorista chega e eu entro dentro do carro. No caminho, vejo Hugo e Ben no meio da rua de bicicleta e a lembrança do primeiro dia de faculdade em que eu e Maya quase fomos atropeladas por eles, surge na minha cabeça. Dou uma pequena risada ao lembrar des cena, mas volto a fechar a cara quando lembro daquela cena a uns dias atrás. Chegamos em casa e meus pais estavam no trabalho. Peço para a empregada levar um suco para meu quarto. Chegando la, coloco as minhas malas do lado da minha mesa e deito na cama. Pego meu suco que a empregada tinha levado e o coloco em cima da estante ao lado da mesa. Enquanto arrumo minhas malas, volto a pôr meus fone de ouvido e dou play na música que tinha parado quando sai do ônibus. Estava tocando "Enchanted" da Talyor Swift e era uma das minhas músicas preferidas dela. Deito na cama novamente ao som daquela música e fecho meus olhos, dando um rápido cochilo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Lado Duro do Amor
RomanceEnquanto Lydia vem de uma família rica e muito conhecida na cidade de São Paulo. Hugo veio de família simples e vive com o pai, mas isso não será problemas para eles. Os dois vão iniciar sua jornada na faculdade e na vida adulta. Dois jovens em bus...