O Lado Duro do Amor

PÁGINA 63

HUGO

      Eu já tinha a carta na manga, mas precisava de alguma forma de fazer a Lydia falar comigo. Não vou mandar mais mensagens e nem ligar por que sei que ela vai me ignorar. Preciso me encontrar com ela sem que ela saiba, assim não terá pra onde fugir. Minha única forma de ajuda será a Maya, e preciso falar com ela o quanto antes. Resolvo mandar mensagem para ela no Instagram.
  *Maya, tudo bem? (Hugo)
  * Oi, td sim * (Maya)
  * Preciso da sua ajuda com uma coisa.  * (Hugo)
  * Quero falar com a Lydia, mas ela não pode saber, se não ela não vai  querer * (Hugo)
  * Eu tenho o dia perfeito pra isso Hugo       * (Maya)
  * Amãnha é o aniversário dela, e eu tenho um plano pra te ajudar * (Maya)
  * Combinado, a gente vai se falando * (Hugo)
  * Ok (Maya)
    Tudo como eu esperava, eu realmente espero que dê tudo certo, talvez seja a única chance de pedir o perdão da Lydia. Tô com saudades dela. Com saudades de abraçá-la, de beijá-la, de sentir seu corpo junto ao meu. Não Chrguei a fazer o pedido de namoro oficial. Mas a gente tinha uma relação que estava se encaminhando para uma coisa boa, até tudo isso acontecer.
A faculdade começa daqui a alguns dias e eu que me resolver com ela antes disso. Não vou conseguir sentar do lado dela todo dia, sabendo que nos tornamos dois estranhos novamente. E eu definitivamente não irei aguentar isso e tenho certeza que nem ela.
   - Filho. Meu pai acabará de chegar do trabalho e me encontra na cozinha.
Eu estava fazendo um pão com pasta de amendoim, meu preferido desde que eu me conheço por gente.
  - Oi pai. Eu o vejo indo sentar na sua poltrona e ligar a TV no canal de esportes.
  - Acho que hoje eu trabalhei o que eu não trabalhei a vida toda. Ele diz dando um suspiro - e daqui a pouco tenho que voltar.
  - Imagino. Dei uma pequena risada - muitos clientes? Pergunto.
  - Até mais do que eu estou acostumado.
  - Se quiser, posso ir te ajudar. Me ofereço, sentando ao seu lado.
  - Não precisa filhão, seu pai aqui da conta. Ele dá um tapinha nas minhas costas.
    Ficamos vendo um pouco de futebol, quando ele quebra um silêncio que estava naquela pequena sala.
  - Nunca mais trouxe a Lydia pra cá, tá tudo hem entre vocês?
  - A gente deu uma afastada. Digo colocando o prato na mesa no centro da sala.
  - E por que você não me disse nada?
  - Porque eu não quero te atrapalhar com meus problemas pai. Sou grande tenho que saber resolvê-los. Olho para ele nesse momento.
  - Você nuncae atrapalha Hugo. Você é meu filho ele diz pegando na minha mão - somos seres humanos, as vezes precisamos pedir ajuda, conselhos e tá tudo bem.
    Olho pra televisão durante alguns    segundos e depois volto a encarar meu pai, com um olhar de quem sabe que vem puxão de orelha pela frente.
  - Já vivi muitas coisas filho e sei que nem sempre as coisas são do jeito que queremos. E que as vezes a gente se frustra por tal coisa. Ele continua - porém esses momentos ruins, servem pra aprendizado pra futuras decisões. Pra gente aprender a lidar com diversas situações.
  - É pai, você tá certo.
  - Jaja vocês se resolvem, tenho certeza. Ele se levanta - agora vou comer alguma coisa porque tenho que voltar jaja pro trabalho.
    Meu pai me da um grande abraço e logo em seguida se dirige para a cozinha, enquanto eu vou para o meu quarto. Nessas férias eu só sai algumas vezes com o Ben que está no Rio de Janeiro com a família. Saí com meu pai também para pescar, como fazíamos no velho tempo. Amo colecionar novas memórias com ele, pra eu sempre lembrar de como ele é incrível comigo.