Capítulo 26

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Eu queria encontrar Hilary para saber como ela estava depois dessa história, mas Micael me apressou para irmos até a sua casa. E eu não voltaria à noite, já que as aulas estavam suspensas.

Fiz minha mochila em minutos, deixando um bilhete à Hilary em cima da escrivaninha. Pedi desculpas para a mesma, pois não iria dormir novamente com ela.

Quando me encontrei com o Micael, o mesmo estava me esperando dentro do carro, com os vidros fechados e o ar condicionado ligado. Era extremamente perigoso nos encontrarmos naquele horário, qualquer um poderia ver.

— Pegou tudo? — Virou a chave no contato.

— Peguei. — Coloquei meu cinto.

— Tem certeza que ninguém te viu?

— Não, Micael! Nem a Hilary estava no quarto. — Pousei minha cabeça no encosto do banco.

— Está triste? — Me olhou de canto.

— Com a situação? Sim! Poxa, é horrível quando isso acontece. Ainda mais com a gente, com essa idade. — Eu realmente estava bem triste por isso. — Tadinha! Eu estou morrendo de dó e puta de ódio por esse palhaço ter feito isso.

— É, eu estou um pouco atordoado. — Levantou os ombros e soltou um suspiro pesado. — Espero que a justiça seja feita! Quem fez isso será encontrado logo. — Micael estava confiante, assim como eu.

Chegamos em sua confortável casa. Eu já me sentia em casa de tanto visitar a casa de Micael à noite. Coloquei minha mochila em cima do sofá, retirando o meu tênis e optando por ficar descalça. Malibu fazia muito calor, eu gostaria de me livrar daquela calça rapidamente.

— Está com fome ou você tomou café? — Micael foi até à cozinha.

— Eu tomei café no refeitório. — Sorri leve. — Será que eu posso trocar de roupa? Estou com calor.

— Sim, claro! Tem o banheiro social e o banheiro do meu quarto. Se você quiser. — Assentiu.

— Tudo bem. — Caminhei até a mochila.

O banheiro social estava mais perto, onde me troquei, colocando um shorts curto, uma blusinha de alça e um chinelo, para não ficar descalça. Micael me olhou de cima à baixo quando eu apareci, gostando do que estava vendo.

— Isso não está muito curto não? — Apontou para o shorts.

— É um shorts! — Disse óbvia. — São curtos.

— Geralmente não. Você deveria abaixar um pouco mais. — Fez uma careta.

— Como você é chato, parece o meu pai!

— Não diga isso, eu não quero que você se lembre do seu pai enquanto estivermos transando. — Fez uma piada péssima. — Desculpa. — Voltou a ficar sério.

— Por que você pede desculpa? Não precisa fazer isso, é normal. — Comecei a ficar nervosa. Eu odiava entrar naquele assunto, ficar corada é terrível!

— Porque eu tenho respeito à você, não sou um moleque que força você a fazer coisas. — Me fez lembrar do acontecido. — Eu te respeito!

— Eu sei. — Assenti. — Agradeço muito por isso mas... Eu quero...

— Você não quer nada! No momento, eu acho que você quer retirar os livros da mochila e fazer uma aula de reforço comigo. — Micael puxou a cadeira para se sentar.

Nem ferrando!

— Está brincando comigo? Eu não vim aqui fazer aula de reforço. — Andei até ele. — Eu vim ficar com você!

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