Capítulo 53

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As coisas haviam ficado estranhas entre eu e Micael, por um lado. Naquele mesmo dia, Harrison chegou pela caída da tarde, ainda com o uniforme da escola em seu corpo. Paola não disse para onde iria, mas voltou a dizer que ficaria uma semana longe.

— Soph. — Harrison estava deitado em minhas pernas enquanto assistia TV. — Quantos anos você tem?

— Dezessete. — Mexi em seus cabelos lisos. Iguais aos de Micael.

— Só isso? — Harrison se levantou, ficando espantado com a minha idade. — Meu pai é velhinho para você, ele tem mais de trinta!

— Ele é o que, Harrison? — Achei graça.

— Velhinho. — Harrison riu baixinho, colocando as mãos na boca.

Micael apareceu na sala, puxando uma cadeira para se sentar diante da mesa. Deixou a mochila de Harrison em cima, abrindo no mesmo instante.

— Harrison, venha! Vamos fazer a sua lição de casa. — Estava sério.

— Aaaah, agora? Jaja vai começar o Gumball. — Entristeceu.

— Gumball passa setecentas vezes todos os dias. Sua lição não pode esperar! — Chamou o menino de novo. — Vamos, Harrison!

— Tá bom. — Ele revirou os olhos, saindo do sofá contra a sua vontade.

Fiquei encolhida no sofá enquanto Micael dava ordens à Harrison, que resmungava ao fazer sua lição de casa. Tive o controle da TV em mãos, procurando algum canal que não exibisse Gumball, pela sétima vez no dia.

Horas se passaram. Harrison bocejou três vezes quando Micael chamou sua atenção, finalizando a lição de casa e deixando o mesmo livre. Escutei quando Micael o levou até o quarto de hóspedes, ajeitando o mesmo para dormir.

Ainda fiquei na sala, levantei para comer algo e depois, me direcionei até a suíte, tomando um banho. A história dos meus pais remoeram em minha mente, enquanto tomava meu banho. Lavei os meus cabelos e me ensaboei.

Tomei um susto quando abri os olhos novamente, após tirar toda a espuma do meu corpo. Micael estava atrás de mim, também nu.

— FICOU MALUCO? — Meu coração acelerou.

— Fiquei. — Recebi os beijos de Micael em meu pescoço. — Desculpa por hoje.

— Esquece isso. — Segurei em seu rosto. — Harrison está bem, isso que importa! — Sorri leve.

E recebi um beijo cheio de gana em meus lábios, intenso. Senti Micael endurecer em minha coxa, enquanto meu corpo encostava no azulejo gelado do banheiro.

— Eu quero você. — Desceu os beijos até os meus seios.

Fechei meus olhos e não ousei em dizer nada. Os lábios carnudos de Micael encostaram no meu mamilo pontudo, úmido e durinho. Sua mão pegou um seio meu em cheio, apertando com vontade.

— Micael... — Tentei pará-lo.

Não sei o por quê mas tinha me lembrado que Harrison estava em casa.

— Hum? — Ele se deliciava em outro seio, me deixando sem explicar as sensações exatas.

— Harrison. — Arfei baixinho, arranhando suas costas.

— A porta está trancada. Relaxa!

Tomei um choque de realidade quando Micael fechou a torneira, me pegando no colo e me tirando dali.

Fui deitada na cama bruscamente enquanto tive ele em cima de mim, continuando os beijos de onde tinha parado. Micael desceu até a minha barriga, chegando pertinho do meu monte de vênus, ainda perfeitamente depilado. Senti um frio na barriga.

Eu nunca havia recebido um sexo oral! Das outras vezes que transamos, não tínhamos tempo de ficar em preliminares. Era intenso! Aquela parte era nova para mim.

— Eu quero que você relaxe. Tudo bem? — Micael soltou enquanto me encarava. Assenti, um pouco fora de órbita do que estava acontecendo.

Suas mãos abriram minhas pernas delicadamente, sua cabeça se encaixou no meio enquanto suas mãos tocavam cada lado da minha coxa, tendo apoio suficiente para ficar ali, por um bom tempo. Remexi meus ombros e fechei meus olhos, tentando relaxar para o próximo passo que viria.

Não consegui ficar de olhos fechados, quando senti Micael mordiscar leve o meu clítoris, passando os dedos logo após para aliviar qualquer dor que ficasse. Sua língua quente desceu até o meu fundo, saciando ao máximo. Meu Deus, o que era aquilo?

Meu corpo pareceu relaxar mil vezes, mais do que ele pedia sempre para mim. Prendi Micael em minhas pernas, com minha própria coxa, enquanto apertava os lençóis com força na tentativa de impedir os meus gemidos intensos. Impossível!

Puxei os cabelos de Micael enquanto ele se acabava lá em baixo, rodeando sua língua em meu fundo, me fazendo ter diversas sensações possíveis. Sua mão tapou minha boca quando deixei um gemido escapar.

— Shiiiiiiiiii, quietinha. — Me avisou enquanto ria leve, voltando à fazer o seu trabalho.

Mantive minha calma, trêmula por não poder gemer do jeito que queria. Senti algo esquentar em meu corpo mas antes que pudesse reagir, Micael me virou com tudo na cama, segurando os meus cabelos e sussurrando em meu ouvido.

— Fica de quatro para mim! — Pediu rouco. Sexy.

Revirei meus olhos antes de fazer o que havia pedido. Empinei minha bunda e recebi um tapa forte, sentindo Micael arrebitar a minha bunda mais ainda.

Ele se encaixou naquela posição, posicionando sua mão em meu ombro enquanto estocava forte, de uma vez. Nunca havíamos transado assim, não sabia se sentia medo ou tesão, tudo de uma vez.

Estava tão bom mas tão bom que eu não podia reclamar. Meu fundo? Parecia que eu não tinha mais! Eu conseguia sentir Micael deslizando sem problemas, úmido, grosso. Literalmente um buraco sendo preenchido.

Mil coisas passavam pela minha cabeça. Eu estava bem mais excitada do que já imaginei algumas vezes, assim como Micael, que estava mostrando aos poucos o seu dom na cama. Escorei minha mão na cabeceira da cama enquanto nossos corpos se movimentavam.

E quando vi, Micael estava gozando, assim como eu. Sua mão tapou minha boca, já que não consegui segurar o meu gemido.

Recebi beijos por minhas costas. Sai da posição, me deitando na cama.

— Tudo bem? — Micael deitou ao meu lado, olhando para cima, logo após olhando para mim.

— Tudo. — Estava super cansada. Precisava de outro banho.

— Não esqueça de tomar o anticoncepcional!

Assenti ainda cansada, eu não podia me esquecer mesmo. Ganhei um beijo nos lábios de Micael, antes do mesmo sair da cama e ir até a suíte.

Fiquei por minutos daquele jeito, pensando na vida. Estava tão anestesiada que acabei dormindo, não colocando o desesperador do anticoncepcional para tocar.

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