Capítulo 28

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Minhas pernas estavam trêmulas quando voltamos para casa. Micael puxou assunto comigo, fingindo que nada aconteceu, mas sim, aconteceu!
Durante o caminho, escutamos dois trovões e alguns raios invadirem o céu de Malibu, dando um indício de chuva gostosa, com um clima extremamente agradável.

Quando chegamos em sua casa, já estava chovendo. Micael guardou o carro na garagem.

— Que chuva! — Saiu do carro junto comigo. — Está molhada? — Me encarou com malícia.

Óbvio que sua pergunta teve duplo sentido.

— Vamos indo. — Estava com frio. Esperei que Micael destrancasse a porta, entrando com ele.

Ele jogou a chave do carro em uma mesinha de centro, retirou os sapatos e novamente a sua blusa. Abriu as janelas, deixando a brisa fresca entrar. Que agradável! Me deu saudade de casa.

— Quer tomar um banho? — Parou no meio do corredor, colocando as mãos na cintura.

— Eu não trouxe roupa, quer dizer... — Rolei meus olhos. Ainda estava meio extasiada! — Você pode me emprestar alguma coisa?

— Vou pegar uma blusa grande para você. — Saiu andando.

Respirei fundo e entrei no banheiro social. Me encarei no espelho antes de retirar toda a minha roupa, trancando a porta e por fim, tomando um banho duradouro. Relaxei na água quente que caía sobre a minha pele, me relaxando. Lembrei do acontecido dentro do carro, fazendo minha intimidade se aquecer de novo.

— Já chega. — Abri meus olhos e fechei a torneira, depois de alguns minutos.

Torci meus cabelos e sai do box de vidro, mas, para a minha surpresa e burrice, não havia nenhuma toalha naquele banheiro. Ótimo.

— Ah, não! Está de brincadeira comigo? — Falei diante do espelho, fazendo uma careta.

Abri a porta devagar, com cuidado, colocando minha cabeça para fora e olhando dos dois lados, para não ter nenhum vestígio de Micael se aproximando.
Você deve estar se perguntando: mas ele te chupou! Ele já te viu pelada! Não foi bem assim, estava um pouco escuro, ele não viu absolutamente tudo.

E eu tinha os meus direitos de ficar envergonhada por estar pelada na casa dele.

Sai de fininho como nos filmes, quase na pontinha dos dedos, nem me dando conta da lambuzeira que estava fazendo no corredor da sua casa. Encolhi meu corpo, colocando meus braços à frente, tentando me esconder de alguma coisa.

Um trovão ecoou e a luz de fora adentrou na casa, me dando um susto.

— Posso saber o que está acontecendo?

Micael ficou atrás de mim, me dando um susto. Meu coração acelerou, quase pulando para fora.
Agora eu estava pelada e quase morta de susto dentro da casa dele. Que legal!

— Que susto! — Não me virei. — Será que você pode me arrumar uma toalha? — Cerrei meus dentes.

Ele estava vendo a minha bunda! Aaaaaah...

— Para que toalha? Você andou sem roupa até o meu quarto. — Respondeu, simples. — Acho que pode muito bem pegar sozinha.

— Eu estou pelada.

— Eu sei. Eu já te vi pelada, você não precisa me esconder nada!

Rolei meus olhos.

— Tudo bem. — Me endireitei, mantendo a minha postura e saindo andando.

Fingi que estava sozinha em casa, mas não estava, porque eu estava sendo assistida por Micael, até chegar em seu quarto. Adentrei a porta e corri até alguma toalha mais próxima, antes que ele chegasse.

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