Toquei a campainha da casa de Micael, parando em frente à porta. Seu carro já estava na garagem, o que garantia uma conversa digna com ele, não esperaria por tanto.— Oi. — O mesmo atendeu. Uma regata larga, calça abrigo e o cabelo um pouco úmido. — Entra. — Deu passagem.
Foi como estar em casa de novo. Eu nunca deveria ter saído dali, mas ele quis assim, ele optou por essa decisão.
— Posso deixar minha mochila aqui? — Apontei ao sofá, com um pouco de vergonha.
— Não precisa pedir. Essa casa também é sua! — Me encarou, sorrindo leve.
Andou até a geladeira, buscando uma limonada.
— Você aceita?
— Sim. — Eu estava com medo de Micael? Parecia.
Tive o copo de vidro nas mãos enquanto me sentava na cadeira, esperando por ele. Fui servida com uma limonada super refrescante, acalmando meus ânimos perto dele.
— Como está sendo as coisas do Ahoy? — Micael ajeitou sua postura.
— Péssimas. Será que você pode adiantar sobre eu ser babá do Harrison? — Fui direto ao ponto.
Fiz Micael soltar um riso afagado, achando graça do meu desespero.
— Calma, eu vou chegar lá.
— Então chega logo. — Bebi toda a limonada de uma vez, me preparando.
— Enfim. — Micael se preparou. — Harrison gosta muito de você e eu não estou pronto para dividir ele com uma pessoa estranha. Mesmo que eu pague essa pessoa, ainda sim é uma pessoa estranha! — Coçou a nuca, meio sem jeito. — Ele conversou comigo, me xingou por estarmos separados e decretou que você fosse a babá dele. Ele não aceita que você diga ao contrário.
— E como vai funcionar a escala? Quer dizer... Você também dá aula de manhã, sim? — Quis me informar.
— É, os horários na faculdade mudaram. Você ficaria com o Harrison somente na parte da noite. — Explicou. — Consigo te pagar um adicional noturno bom. Fique tranquila!
Adicional noturno... Gostei.
— Então eu posso ir para o colégio de manhã... — Fiz uma careta. — E trabalhar aqui à noite?
— Sim. Você vai conseguir administrar os horários certinhos! — Micael assentiu. — Então, o que você me diz?
— Eu aceito, claro que eu aceito. — Sorri, assentindo. — Mas...
— Mas o que?
— Aí meu Deus, aí meu Deus. — Coloquei as mãos no rosto, chorando de uma vez.
Micael não entendeu, ficou preocupado, sério. Sequei minhas lágrimas e respirei fundo.
Eu deveria controlar as minhas emoções.— O que aconteceu? Por que você está chorando?
— Eu quero saber por quê você não quis ficar comigo? Sério... Eu, eu... — Balbuciei. — Eu nunca entendi o porquê. Eu não sei o que eu fiz. — Voltei a chorar. — Eu sou uma idiota!
— Não, você não é idiota! — Micael me parou. — Eu só não gostei da forma que você mentiu para mim, naquele dia. Fora que todo mundo estava quebrado em relação à Paola. Eu errei, você errou. E eu vi que eu não queria isso para você, Sophia.
— Isso o que?
— Essa vida! Você tem dezoito anos e vai ficar presa cuidando de um filho que não é seu? Tudo bem que agora você está sendo paga para isso! Mas antes, eu estava vendo você como uma mãe ao Harrison. Fazendo coisas que não era para você fazer, se privando de ter a sua vida para ter a vida do Harrison.
Por um lado, eu estava sendo a figura materna de Harrison, ainda mais agora que Paola tinha falecido. Sobre me privar, acredito que seja durante o período no hospital.
Micael tinha um pouco de razão, mas eu deixei de ver esse lado, afinal, eu não tinha visto esse lado.— Eu gosto de ter essa vida, Micael. — Assenti, segurando meu choro. Impossível! — Mas pena que você...
— Eu sinto sua falta, Sophia. E tô fodido de raiva daquele moleque ter dormido com você. E ainda ter jogado na minha cara! — Vi o semblante de Micael se estressar.
— Eu juro que posso te contar tudo, ok?
Micael se levantou, ofereceu sua mão para que eu me levantasse.
— Eu não quero saber de mais nada agora, Sophia. — Fiquei em sua frente. Ele dedilhou seus dedos em meus lábios. Senti saudade! — Eu quero fazer isso. — Beijou minha boca, em um gatilho tremendo.
Retirei meus sapatos durante minha caminhada desastrosa até o sofá. Micael inverteu os lados, se sentando primeiro e se preparando para que eu sentasse em seu colo, ainda o beijando.
Suas mãos foram ágeis até o zíper do meu uniforme de marinheira, abaixando e retirando a roupa em três segundos precisos. Retirei meu próprio sutiã enquanto Micael devorava minha boca, descendo os beijos que estavam virando chupões, até os meus seios.
Tive uma onda de orgasmo sem ao menos estar transando com ele. Senti meu mamilo se enrijecer entre a língua de Micael. Segurei em seus cabelos, o mantendo ali.
E do nada me lembrei de Harrison.
— Micael... — Eu estava afagada em tesão. — Onde está o Harrison? — Soltei em sussurros, revirando os meus olhos após sentir as mãos de Micael, retirando a minha calcinha.
— Ele não está aqui. — Soltou, rouco. Voltando a me beijar.
— N-não? — Remexi o meu pescoço, sentindo arrepios.
— Não. — Micael me beijou fortemente, subindo suas mãos em meu corpo, agora nu.
Senti ele endurecer dentro da calça abrigo, já que estava sem cueca. O ajudei passar por suas pernas, deixando Micael no mesmo estado que eu.
— Calma, calma. — Micael me deu selinhos. — Eu já volto. — Ia saindo.
— Onde você vai? — O parei.
— Vou buscar uma camisinha.
Sim, eu me ofendi.
— É sério? — Toquei seu rosto.
— É, muito sério! — Disse bem sério.
— Eu nunca transei de camisinha com você, Micael.
— Sim, mas acontece que você transou com um moleque, que eu também não sei as consequências dele. — Gesticulou. — Ele não tem cara de quem usa camisinha.
Fiquei em transe automaticamente.
— Sophia? — Escutei Micael me chamar.
— Oi? — Tentei voltar ao normal.
— Olha para mim. — Chamou minha atenção. — Você usou camisinha?
Tentei puxar alguma coisa na minha mente, porém, nada. Passei a mão no meu rosto.
Sai do colo de Micael, me deitando no sofá, encolhida.
Micael ficou atrás de mim, tentando tirar mais informações.— Você não usou, não é mesmo?
— Eu não sei, Micael. — Tive minhas mãos na cabeça, querendo sumir. — Eu não lembro de nada, eu estava muito bêbada. Meu Deus! — Me virei para encara-lo. — Por que isso está acontecendo comigo?
— Se você tivesse juízo, talvez não acontecesse. — Mexeu em meus cabelos. — Mas pensa pelo lado bom, eu ainda estou de pau duro. — Mordeu o lóbulo da minha orelha, me fazendo rir leve. — E quero meter na sua bocetinha até eu não aguentar mais! — Aí meu Deus.
— Mas eu não sei se eu quero. Eu estou tensa! — Fiz uma careta.
Eu tinha perdido o meu tesão em noventa e nove por cento.
— Eu vou tirar essa tensão de você. Está bem? — Assenti enquanto ganhava uma massagem nos pés.
Eu mais relaxei do que de fato, voltei com meu tesão. Mas não consegui tirar isso da cabeça, eu tinha que conversar com Harry.
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Meu Professor - Coast
RomanceDurante as férias de verão, Sophia ganha um curso promocional na Califórnia. Mas ela não esperava se apaixonar pelo o seu professor, treze anos mais velho, moreno e de olhos castanhos.