Aquela situação era tão cruel que eu tive dor de barriga por, pelo menos, três vezes enquanto acompanhava Micael no hospital.
Minhas pernas estavam impacientes, eu precisava fazer alguma coisa.— Amor. — Toquei o ombro de Micael. — Não quer ir para casa? Você precisa comer, descansar.
— Não posso sair daqui. — Sentou ao meu lado. — O médico...
— Eu sei o que o médico disse, eu sei! — Rolei meus olhos. — Mas não adianta nada você ficar aqui, sem fazer nada.
— Quero notícias do meu filho.
— O médico já disse para você, Micael. — Bati minhas mãos na coxa. — Não tem o que fazer. Devemos rezar para que tudo ocorra bem. Principalmente com a Paola!
Micael ficou em silêncio, dedilhando a palma da sua mão, atordoado por não ter muito o que fazer.
— Vamos para casa? — Massageei seu músculo. — Eu vou cuidar de você! — Beijei sua bochecha.
Ele me olhou de canto, aceitando a ideia por estar cansado.
Saímos do hospital e fomos direto para casa. Micael seguia cansado, com olheiras, bocejando, não vendo a hora de tomar um banho quente e ter a cama confortável acomodando seu corpo. Naquela noite, tive a excelente ideia de cozinhar para ele.
Eu sabia cozinhar mas minha mãe não gostava de me deixar na cozinha. Sabia o básico, mas eu gostava de fazer doces. O que causava discussão em casa quando morávamos juntas.
Ajeitei as panelas no fogão, gostando de sentir o cheiro delicioso que subia por minhas narinas. Arrumei a mesa de jantar e segui até o banheiro, vendo que Micael tomava banho no banheiro social, por conta da banheira.
Me escorei no batente da porta, sorrindo ao vê-lo relaxar na água quente. Não tão relaxado.
— O jantar está pronto! — Entrei no banheiro.
— Obrigado por isso. — Me sentei na beirada da banheira. Micael escorou sua cabeça em minha coxa, fechando os olhos.
— Sabia que você precisava descansar. — Mexi em seus cabelos úmidos. — Aquele hospital está acabando com você!
— Estou preocupado, Sophia. Não queria deixar o meu filho lá, ainda mais desacordado. — Ficou em transe. — E Paola...
— Eu não sei como reagir. — Me encarou. — Eu liguei para a mãe dela durante o dia. Estão viajando para Malibu em emergência! Vamos conversar o que será feito.
— Você já pensou em algo para dizer à mãe dela?
— Ainda não. — Micael engoliu seco, com medo de dizer algo. — E você? Como foi no colégio hoje?
Respirei fundo e aquietei minha língua para não dizer sobre Harry, e muito menos o quase-emprego que ele havia me arrumado. Micael já estava cheio de problemas, não queria envolvê-lo em mais.
— Ah, foi normal. — Dei de ombros. — Os primeiros dias são aqueles... Chatos! — Micael soltou um riso.
— Já sabe o que quer fazer quando acabar as aulas?
— Ainda não! Eu não tive muito tempo para pensar. — Mexi em meus cabelos, deixando os de Micael. — Essa história da minha mãe me deixou um pouco confusa. Fora isso também. — Cerrei meus olhos. — É muita coisa para uma menina de dezessete anos.
— Quase dezoito! Seu aniversário é na semana que vem. — Micael me fez lembrar.
Uau! Eu havia esquecido do meu aniversário completamente.
— Jura? Quer dizer. — Balancei minha cabeça. — Eu não quero nada.
— Você não gosta de comemorar o seu aniversário?
— Eu gosto mas esse ano eu não quero nada. — Segurei na mão de Micael. — Por favor!
— Ok. Nada de aniversários! — Micael e eu sorrimos leve. Ganhei um beijo suave nos lábios, seguido de um beijo demorado.
Parei o que estava fazendo, alisando a ponta do nariz de Micael e me levantando da beirada. Avisei ao mesmo que o jantar estava pronto, onde ele assentiu, se afogando dentro da cerâmica grande e brilhosa, com a água, agora, morna.
Caminhei até à suíte, tomando meu banho antes de fazer companhia para ele no jantar. Tentei relaxar mas foi impossível! Harry, Harrison, quase-emprego e Paola eram as palavras chave da minha ansiedade.
Tanto que eu acabei vomitando sem querer.
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Meu Professor - Coast
RomanceDurante as férias de verão, Sophia ganha um curso promocional na Califórnia. Mas ela não esperava se apaixonar pelo o seu professor, treze anos mais velho, moreno e de olhos castanhos.