Capítulo 16

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Me olhei três vezes antes de ajustar o meu vestido, que vinha até os joelhos, leve e florido. Verifiquei os meus cabelos, dei um sorriso e sai de fininho, me encontrando no lugar que havíamos combinado.

Micael estava me esperando dentro do carro. Corri até o veículo, entrando em seguida.

— Boa noite, senhorita! — Brincou comigo.

Deu uma leve observada em meu vestido, ficando em silêncio. Senti que seus olhos não evitaram o meu decote simples.

— Boa noite, professor Borges! Ou devo-lhe chamar de... Micael? — Brinquei com o mesmo.

Ele balançou a cabeça, pousou sua mão forte no volante e por fim, arrancou com o carro dali, me proporcionando uma vista incrível de Malibu enquanto íamos até sua casa.

— Acho que aqui você pode me chamar de Micael. — Estava atento no trânsito.

— Você mora muito longe do campus?

— Mais ou menos. — Quis rir. — Você está ansiosa com o nosso jantar? — Me olhou de canto.

— Acredito que sim. — Pousei minhas mãos no tecido leve do vestido.

Micael dirigiu até sua casa, que praticamente ficava em um condomínio fechado, nada de luxo. Parou o carro na garagem, puxando o freio de mão e me convidando para sair.

Esperei que ele destrancasse a porta, vendo um Micael de outro jeito.

Para um solteiro, sua casa era bem aconchegante! Discos de vinis com diversos cantores da sua época, uma televisão plana fincada na parede. Mais aparelhos de música, uma cozinha americana com eletrodomésticos novos... Ok, eu gostaria de morar ali, com ele, óbvio.

— Explorando? — Caminhou até à cozinha.

— Sua casa é linda! — Sorri de orelha a orelha. — Você mesmo mobiliou?

— Vem cá, você está me achando velho demais ou um estranho que não sabe de nada? — Micael segurou o riso.

Buscou um saquê de dentro do armário, despejando em uma taça. Abriu a geladeira e retirou um suco de laranja natural, despejando em outra taça.

— Divirta-se! — Me entregou o suco.

— Eu preferiria o saquê. — Apontei para a sua taça.

— Você é de menor! Não pode beber ainda.

— Mas eu já bebi. — Peguei a taça de sua mão. — Tem açúcar?

— Ah, claro! O suco deve estar bem azedo, não? — Se prontificou para adoçar o suco, me entregando dois sachês.

Fiz isso com minha super habilidade de andar enquanto estava concentrada em algo. Joguei fora os sachês de açúcar, me sentando no sofá confortável de Micael. Tive ele ao meu lado, minutos depois. Nos entreolhamos.

— Então. — Meu sorriso era contagiante. — Qual foi a do jantar?

— Te chamei para jantar. Algum homem já te chamou para jantar?

— Não. — Pausei. — Ninguém.

— Nem mesmo algum namoradinho seu?

— Eu nunca namorei. — Meu rosto queimou. — Quer dizer, eu já tive alguns enroscos mas nada sério.

— Então está me dizendo que você nunca namorou? — Micael estava interessado em saber. E muito!

— Não. — Rolei meus olhos. — Você já namorou? Já casou?

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