CAPÍTULO 1. A Mudança Repentina

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Apoiei-me na parede, sentindo minhas pernas trêmulas cederem sob o peso do sofrimento

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Apoiei-me na parede, sentindo minhas pernas trêmulas cederem sob o peso do sofrimento. Deslizei lentamente até o chão, as lágrimas misturando-se com as gotas da água que caía sobre mim. Em meio aos soluços, sussurrei em um lamento angustiado:

— Estou horrível... Como tiveram a coragem de fazer isso comigo?

Dois anos depois...

20 de janeiro de 2023, sexta-feira, na cidade de Franca, São Paulo, Brasil.

— Preciso dar um jeito na minha vida, agora que me sinto bem melhor — comentei, deitada na cama e olhando para o teto, enquanto o sol começava a iluminar o quarto.

A sensação de estagnação que havia me paralisado por tanto tempo agora estava começando a se dissipar. É hora de dar o primeiro passo para mudar, procurar um emprego que me tirasse dessa situação difícil. Minha mente estava cheia de planos e frustrações enquanto me preparava para o dia que se desenrolaria à minha frente.

Ao me aproximar da cozinha, deparei-me com minha irmã preparando o café. Seu rosto exibia uma expressão de surpresa diante da determinação que agora preenchia o meu semblante, substituindo a tristeza que costumava me acompanhar.

Com um sorriso caloroso, ela quebrou o silêncio e disse: - Você está realmente decidida a mudar, não é? Isso enche meu coração de esperança. Vai de carro?

— Não, Feh, vou de ônibus. Acho que é mais prático. Além disso, economizo nas despesas e posso focar totalmente em minha busca por emprego, sem me preocupar com trânsito ou estacionamento.

— Ah, o entregador deixou isso para você. Parece que esse admirador está bem interessado. — Diz Fernanda, me passando um pacote pequeno e elegante.

Ao abrir, encontrei um vestido preto de mangas longas que me fez sorrir involuntariamente. — Olha, é um vestido de mangas longas! Esse homem realmente conhece meus gostos — comentei, admirando o presente enquanto arrumava meu cabelo castanho e cacheado. — Vou guardar isso no quarto e já volto.

Fernanda, aos 25 anos, já era uma empresária bem-sucedida, com uma loja de acessórios de prata prestes a inaugurar.

Enquanto isso, aos meus 30 anos, eu me via como a ovelha negra da família, com uma casa e um carro resultantes do meu divórcio.

Antes de sair, escolhi o conforto de uma calça jeans e uma camiseta preta, com uma segunda pele para me proteger do sol.

— Você vai mesmo assim? — Questionou Fernanda. — O calor está insuportável, você pode passar mal.

— Fernanda, você sabe que não me sinto confortável exibindo meu corpo, e acho que não preciso explicar os motivos, certo? - Respondi, enquanto me despedia. — Estou indo. Tchau.

Amor e Desejos {🖤Dark Romance🖤}Onde histórias criam vida. Descubra agora