Capítulo 73. Laços de Sangue

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Três meses atrás

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Três meses atrás...

Eu estava no meu escritório, sou o diretor do hospital São Lourenço. Enquanto revisava alguns papéis, Raquel entrou rapidamente, seguida de perto pela minha secretária e filha, Naiara.

— Desculpe, pai, eu... tentei impedi-la. — Naiara disse, visivelmente preocupada.

— Deixa comigo. — Levantei-me, colocando as mãos nos bolsos da calça. — O que você quer, Raquel? Pelo que eu sei, nosso caso acabou há muito tempo, tipo uns 32 anos atrás. — Respondi com um sorriso.

Ela caminhou até mim com um sorriso perverso, Raquel sempre foi difícil de lidar não sei como pude gosta de uma mulher tão maldosa.

— Quero ver se você vai continuar com esse sorriso. — Ela se serve com um pouco de whisky — quando eu te revelar que a... — Ela vira o copo e bebe todo o líquido de uma vez — Cristina, é sua filha.

Eu senti o chão desaparecer sobre meus pés, como se o mundo que eu conhecia estivesse se desfazendo. Uma onda de choque atravessou meu corpo, e o whisky que Raquel havia acabado de beber pareceu um veneno, queimando a realidade ao meu redor.
A sensação de traição e confusão me atingiu com força, misturando-se a um medo que eu não estava preparado para enfrentar.

— O quê? — Minha voz saiu mais fraca do que eu gostaria, um sussurro que mal reconheci como meu. Meu coração batia tão rápido que parecia querer sair do meu peito. — Como assim, minha filha?

Naiara olhou para mim, confusa, buscando alguma resposta nos meus olhos. Ela estava prestes a dizer algo, mas ficou em silêncio, percebendo o peso da revelação.

Raquel soltou um riso sarcástico, seus olhos brilhando com um prazer cruel.

— Não é óbvio, Santiago? — Ela deu um passo à frente, invadindo meu espaço pessoal. — Lembra do dia do meu noivado? Nós transamos, e um mês depois eu descobri a gravidez. De quem você acha que ela é filha?

Eu senti meu corpo ficar mais tenso.

— Raquel, se isso é uma piada, não tem graça.

— Não é piada, Santiago — disse Raquel, agora mais séria. — E você vai ter que lidar com isso. — Ela colocou o copo na mesa. — Você frequentava muito a boate do Fernando. Você e ela conversavam bastante aos sábados. — Ela sorriu — Você sempre esteve presente na vida dela, como um estranho.

Uma raiva que eu não sabia que ainda existia explodiu dentro de mim. Minhas mãos, tremendo de fúria, agarraram o pescoço dela, pressionando-a contra a parede. Enquanto apertava, eu podia sentir minha visão escurecer pelas lágrimas de frustração e culpa. Como eu não percebi antes?

Mas, mesmo com todo o meu ódio, Raquel continuava rindo, o som cortante como uma faca afiada, desafiando a minha sanidade: — V-você nunca percebeu? Ela tem o seu tom de pele... os cabelos cacheados... e o principal... a bondade.

Amor e Desejos {🖤Dark Romance🖤}Onde histórias criam vida. Descubra agora