Capítulo 42. Vestidos e Desafios

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Algumas horas se passaram, aguardando Robson em seu quarto, sentada na poltrona

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Algumas horas se passaram, aguardando Robson em seu quarto, sentada na poltrona. Ao vê-lo entrar, ele se surpreende com minha presença, e questiono:

- Então, meu pai foi na sua boate a uma semana atrás, mais ou menos? Quando você pretendia me contar? - pergunto, olhando nos olhos dele.

Ele responde intrigado:

- Ele apareceu aqui? E essa cicatriz nas suas costas não foi só uma vez que seu pai bateu em você, essas marcas são de várias vezes que ele te espancou. E quem é Márcio? - indaga Robson.

Na defensiva, respondo com lágrimas nos olhos: - Não é da sua conta. - me levantei em seguida.

Visivelmente nervoso, Robson me pressiona contra a parede:

- Quem é Márcio, Cristina?

Com um suspiro, as lágrimas começam a rolar pelo meu rosto enquanto encaro Robson:

- Meu pai não te disse? - Perguntei ainda encarando ele.

- Quero ouvir da sua boca Cristina. - disse Robson, me olhando profundamente.

- Ele foi meu primeiro namorado - confesso, sentindo a pressão contra a parede.

Ele perguntou, inclinou suavemente meu rosto fazendo olhar para ele:

- Devo me preocupar com ele?

Respondo com tristeza:

- Não, Márcio está morto. E também faz muito tempo isso. - Ele solta o meu rosto, e dá um passo para trás.

- Cristina, é verdade que você tentou ajudar uma garota de programa a fugir? De onde?

Enquanto me sento na cama, respondo.

- Sim, meu pai tinha um prostíbulo e eu era obrigada a ajudá-lo. Ela se chamava Sofia, só queria fugir daquele inferno, e eu tentei ajudar.

- Você ajudava em quê? Você era uma... - ele me olhou meio suspeito.

- Claro que não! eu ajudava a servir bebidas, na maquiagem das meninas e nas roupas, e às vezes dava uma de DJ. Eu fiz uma grande amizade com ela; tínhamos a mesma idade e éramos inseparáveis. Meu pai não gostava muito da nossa amizade.

- O que aconteceu com ela? - ele perguntou curioso.

- Sofia foi torturada, por horas, a mando do meu pai na época por causa da tentativa de fuga. Ela tinha só 18 anos, isso tudo na minha frente e eu não pude fazer nada porque na hora da tortura meu pai estava apontando uma arma na minha cabeça. - limpo minhas lágrimas. - Esse é uns dos motivos que eu não gosto de armas.

- Ele nunca foi seu pai Cristina, que pena que eu soquei pouco a cara dele. - Ele ficava andando pra lá e pra cá, muito nervoso.

Às vezes Robson apoiava na penteadeira e suspirava de tanto ódio e dava para sentir a sua energia.

Amor e Desejos {🖤Dark Romance🖤}Onde histórias criam vida. Descubra agora