Capítulo 38. Altos e Baixos

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Acordei por volta das 07:30

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Acordei por volta das 07:30. Cristina ainda estava dormindo, então fiquei um tempo observando-a. Coloquei uma camisa, deixando três botões desabotoados, e fiz o menor barulho possível para não acordá-la. Desço para preparar o café, e enquanto a água não fervia, dei uma olhadinha rápida no celular. Depois do café pronto, arrumei a mesa, deixando o cappuccino que ela gosta junto com uma fatia de bolo.

Resolvi caminhar pelo jardim, antes de ir treinar, mas infelizmente, escutei um segurança fazendo comentários indecentes sobre Cristina.

— Você viu a assistente pessoal do patrão se banhando na piscina ontem? Ela tem um bumbum lindo, mesmo com aquelas marcas, ela é perfeita. — comentou um segurança para o outro.

— Você perdeu o juízo? Ela é a protegida do patrão, lembra o que aconteceu com Lucas? — diz o outro segurança.

Volto para dentro da casa e Cristina já está tomando café. Pergunto com um pouquinho de ciúmes: — Ontem você deu um mergulho na piscina?

— Sim, porque? A Maria já fez fofoca? — pergunta ela, levando a xícara com cappuccino à boca.

— Na verdade, peguei um segurança admirando sua bunda. Que tipo de biquíni você estava usando? — pergunto um pouco nervoso.

— Eu estava de maiô, bem comportado por sinal. Não tenho coragem de usar biquíni fio dental, e você sabe muito bem disso — ela ficou ainda mais nervosa. — Eu não tenho culpa se os seguranças são pervertidos.

— Não quero ver e nem saber de você andando do lado de fora com roupas curtas, está me escutando Cristina? — Pergunto com ciúmes.

— Você não manda em mim, visto a roupa que eu quiser — ainda brava continuou — e aproveitando que vou atender um suposto comprador, vou passar no centro da cidade e vou comprar o menor biquíni que tiver na loja.

— Você não tem coragem de fazer isso Cristina?

Ela fica muito nervosa: — Então para com isso, de colocar a culpa em mim, tenho o direito de vestir qualquer roupa — ela levanta e pega a chave do carro — ainda mais agora que estou tentando aceitar as minhas marcas definitivamente, até mais tarde Dr. Robson.

Ela sempre me chama assim de Dr. Robson quando está nervosa, não gosto porque me faz lembrar o dia em que eu atirei nela.

Eu a puxo lentamente com a mão em sua cintura e digo: — Me desculpa, você tem razão usa a roupa que quiser. Eu só não gostei do jeito que falaram foi nojento.

Enquanto ela abotoa minha camisa, ela dizia: — Infelizmente tem homens assim, eu era casada com um nojento, agora tenho que ir. — Ela me deu um beijo na bochecha e disse — não começa com esse ciúmes, tchau.

— Por favor, tome cuidado ao dirigir, está bem?

Mais tarde naquele dia, fiz uma reunião no alojamento deles. Com todos reunidos, dou o aviso: — O amigo de vocês, o Heitor, está sendo demitido neste exato momento, por comentários pervertidos sobre minha assistente Cristina.

Ele tenta se justificar: — Por favor, tenho família para sustentar, e um filho pequeno. — diz ele.

— Não é problema meu. Ainda estou sendo muito bonzinho. Dá para ver que você não tem respeito pelas mulheres. — Olhando diretamente para ele, continuei — a minha vontade era furar esses seus olhos, mas não vou fazer isso graças ao seu filho, ele ainda é pequeno e depende de você. E isso vale para todos vocês, uma próxima vez não terei piedade.

Voltei para dentro da mansão e me acomodei em uma poltrona e me peguei pensando. "Como vou contar para ela que matei meu pai aos 17 anos e fiquei preso por um ano na fundação casa (FEBEM) passei por cada uma lá dentro. Não me arrependo de ter matado só de lembrar daquele nojento bêbado rindo e a minha mãe morta com sinais de espancamento e abuso."

De repente Cristina chegou, se aproximou e sentou no meu colo e comentou: — Você está muito nervoso, sabia? Uma hora vai infartar. — Ela brincou. — Estava chorando? Pergunta Cristina.

— Não, porque?

— Não precisa ficar assim, eu saí só por algumas horas. — diz brincando.

— Você acordou de bom humor hoje? — respondo.

— Sim — ela respondeu, me dando um beijo profundo.

— Só eu posso te admirar, você é só minha, Cristina. — digo olhando no fundo dos seus olhos — conseguiu vender a casa?

— Mostrei tudo os quartos à cozinha, à sala, o Jardim, agora tenho que esperar. Mas achei estranho uma coisa. — ela comenta com dúvida.

Perguntei pegando em sua mão: — O que aconteceu?

— Ele começou a fazer perguntas tipo, se eu sou casada, se tenho filhos, onde estou morando, com quem eu moro, com quem eu trabalho. Porque será? — questionou Cristina.

— As vezes é só curiosidade mesmo, tem gente que é curiosa. Não fica preocupada. Vamos jantar?

— Sim vamos, deve ser coisa da minha cabeça. — ela comenta.

Durante o jantar, ela faz uma pergunta direta sobre algo que aconteceu um tempo atrás.

— Naquela noite que eu te vi tomando banho, você deixou o box aberto de propósito? — pergunta ela.

Sorri e em seguida respondo: — Sim, notei que a toalha não estava e deixei a porta do box entreaberta — explico, enchendo a taça de vinho. — Eu senti seus olhos percorrendo todo meu corpo e você adorou. Eu queria mesmo era te arrastar para debaixo do chuveiro — respiro fundo — mas o seu olhar era de medo e desejo ao mesmo tempo.

— É que depois do meu divórcio, fiquei com medo de homens por um tempo, tipo dois anos. — Responde ela.

— Dois anos? Porque Cristina? — puxo sua cadeira próximo a mim — cuidado para não cair.

— Não sentia vontade e nem prazer por nenhum homem, até que naquela noite no banheiro tudo mudou. — Diz Cristina levando a taça à boca — estava confusa e com medo, poxa você ainda é o meu patrão.

— Por isso você ficou com o Lucas? Para tentar me esquecer? É apenas uma pergunta.

— já te falei sobre isso. E não adiantou nada, mas por um lado foi bom ter acontecido — ela ri da situação — acabei descobrindo que o meu admirador secreto era você.

Nunca a vi tão falante e brincalhona, ela me dava algumas broncas sobre trabalhar demais.

— Você precisa trabalhar menos, afinal já é bem de vida. — diz ela bebendo mais vinho.

Gosto quando ela acorda assim bem animada, não me canso de admira-lá. E assim seguimos a noite com muitas risadas, ela continuava me dando bronca a respeito da minha filha.

— Tem que trazer sua filha de volta, eu sinto falta do choro do seu neto.

— Então você sente falta de criança na casa? — Perguntei observando-a, enquanto ela desfrutava da sobremesa. — Então, porque não fazemos um bebê, eu imagino de vez em quando, você gerando um filho meu.

— É melhor você parar de trabalhar tanto, já tá afetando os seu neurônios. Agora eu vou dormir, tenha uma ótima noite.

Em seguida, também vou para cama ao deitar fico pensando.

Tenho muita vontade de ser pai de novo, mas claro que entendo o lado dela de não querer, está aproveitando a chance que teve ao se livrar de Paulo. Preciso muito saber mais detalhes da vida dela e do seu passado, ainda mais sobre esse Márcio, vou abordar esse tema mais para frente. Quando eu contar que o pai dela esteve na minha boate dias atrás.

Amor e Desejos {🖤Dark Romance🖤}Onde histórias criam vida. Descubra agora