⚠️OBRA COMPLETA⚠️
Diante da oportunidade de trabalhar com um chefe de personalidade difícil, você optaria por aceitar o desafio ou permanecer em sua zona de conforto?
Cristina, após um doloroso divórcio, busca cura e recomeço, mas as cicatrizes f...
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Senti cada batida do meu coração quando entrei naquele armazém. Todos me olhavam com surpresa, e pude ouvir um 'NÃO ACREDITO' saindo da boca de Samuel, enquanto Laura permanecia em silêncio. A cena que encontrei não era uma surpresa, mas a visão de Robson espancando Fernando mexeu comigo de uma forma que eu não esperava. A fúria, o ódio... estavam todos ali, fervendo dentro de mim, mas também havia uma sombria satisfação em ver aquele homem, meu próprio pai, recebendo o que merecia. Eu me aproximei lentamente, observando o terror nos olhos dele, enquanto tentava se arrastar para longe. Mas as pernas, visivelmente quebradas, o impediam de sequer se mover.
- Patético - declarei em voz alta.
Robson me olhou surpreso, claramente não acreditando no que via: Sua noiva, ainda vestindo uma camisola de hospital.
"Bom... Não deu tempo de trocar de roupa"
Ele estava sem camisa, todo sujo de sangue. O líquido vermelho cobria tudo ao seu redor, até mesmo seu rosto. Instintivamente, aproximei-me e limpei o sangue de seu rosto.
Sem dizer nada, me aproximei do meu pai e perguntei com desprezo: - Fernando lembra? Quando eu dizia, que algum dia alguém iria fazer o mesmo com você?
E então, sem hesitar, eu o esbofeteei, com toda a força que consegui reunir, o som do tapa ecoou pelo armazém, um som que sonhei em ouvir por tanto tempo.
- Eu... sonhei tanto com esse momento, de te ver você todo ferrado - sussurrei, antes de desferir outro tapa, ainda mais forte.
Vi o medo crescendo nos olhos dele, e isso me deu mais força. Era uma sensação intoxicante, saber que ele sentia finalmente o mesmo medo que carreguei por tanto tempo. Levantei-me com calma e caminhei até a mesa, onde estavam dispostas várias ferramentas. Robson estava em silêncio, apenas observando. Eu sabia que ele entendia que esse era o meu momento.
- Não se preocupe, as meninas estão bem. - Falei, passando a mão carinhosamente sobre minha barriga. - Eu dei uma fugidinha do hospital.
Eu sabia que Robson estava preocupado, mas não havia motivo para isso.
"Tudo estava sobre controle."
Passei os olhos pelas opções, considerando qual seria a mais apropriada. A decisão veio naturalmente. Escolhi um alicate e uma faca pequena, nada muito chamativo, mas eficaz. Me aproximei de Fernando, que estava agora ofegante, quase sem forças, mas ainda consciente o suficiente para entender o que estava por vir.
- Sabe... - comentei, abaixando-me para ficar na altura dele. - Eu sempre me perguntei o que seria preciso para fazer você sentir dor de verdade. Agora, acho que vou descobrir.
Segurei o alicate e comecei a apertar um dos dedos dele, lentamente. O grito que ele soltou foi música para meus ouvidos. Eu sabia que essa era apenas uma pequena amostra do que ele merecia, mas cada segundo de sofrimento dele era uma vitória para mim.
