⚠️OBRA COMPLETA⚠️
Diante da oportunidade de trabalhar com um chefe de personalidade difícil, você optaria por aceitar o desafio ou permanecer em sua zona de conforto?
Cristina, após um doloroso divórcio, busca cura e recomeço, mas as cicatrizes f...
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QUINZE DIAS DEPOIS...
À medida que os dias passavam, Robson demonstrava arrependimento, deixando bilhetes de desculpas acompanhados de uma xícara de cappuccino, sabendo que é uma das minhas preferências.
*Bilhete*
“Cristina, peço sinceras desculpas pelo meu recente comportamento. Reconheço que errei e me arrependo profundamente. Espero que possamos conversar e resolver as coisas. Atenciosamente, Robson.”
Às vezes, ele chegava em casa visivelmente, embriagado, acabava adormecendo encostado na porta do meu quarto.
Em uma certa madrugada, avistei um carro diferente entrando na mansão. Era Samuel trazendo Robson, que estava bêbado. Dessa vez, ele não conseguiu voltar sozinho, então pedi a dois seguranças que ajudassem Samuel a colocá-lo no sofá da sala de estar.
— Oi, Cristina? Bom, ele está em segurança agora. Agora tenho que ir embora. Até mais. — Disse Samuel aliviado.
— Ok, muito obrigada. E tenha cuidado ao voltar.
Olhei para Robson e, em seguida, tirei seus sapatos devagar.
— Sério, Robson? Você é tão irresponsável. — Ele simplesmente virou as costas e dormiu.
Assim que amanheceu, percebi o quanto ele estava de ressaca, então peguei os comprimidos e um copo com água.
— Tome — disse, passando-lhe os comprimidos e o copo com água — Tome isso para dor de cabeça e esse outro para enjoo. Saí em seguida, deixando-o sozinho.
— Cristina, por favor, vamos conversar. — Ele puxou minha camiseta com uma súplica nos olhos.
Eu me desvencilhei, sentindo meu corpo tensionar.
— Não quero papo com você. — Minha voz saiu firme, mas meu coração bateu descompassado. Eu queria manter a frieza, mas o olhar dele...
Ele parecia quebrado, como se realmente estivesse arrependido, mas ainda assim... Como ele poderia entender?
— Não fazia ideia... — Sua voz saiu baixa, quase inaudível, enquanto ele se levantava do sofá com esforço. — Que você apanhava do seu ex-marido. Me perdoa, por favor.
Aquelas palavras caíram sobre mim como uma tonelada. Minhas mãos começaram a tremer, e o ar parecia pesado, sufocante. Ele não sabia? Como alguém podia ser tão cego?
— Você não fazia ideia? — Minha voz saiu num sussurro trêmulo, a raiva e a dor misturadas. Eu me virei de repente, meus dedos agarrando a bainha da camiseta, puxando-a com força até expor as cicatrizes que nunca desapareceriam. — Olha para mim, Robson! — Minhas palavras vieram carregadas de mágoa, meu peito arfando com a respiração irregular. — Essas cicatrizes... como você pode dizer que não sabia?
