⚠️OBRA COMPLETA⚠️
Diante da oportunidade de trabalhar com um chefe de personalidade difícil, você optaria por aceitar o desafio ou permanecer em sua zona de conforto?
Cristina, após um doloroso divórcio, busca cura e recomeço, mas as cicatrizes f...
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No sábado de manhã, o clima parecia mais pesado do que de costume. O caminho até a clínica foi silencioso, Robson dirigindo ao meu lado enquanto eu tentava controlar a ansiedade. Minha mente estava a mil, pensando em todas as possibilidades, em como o resultado daquele teste mudaria tudo. Chegamos à clínica, e meu coração disparou ao ver Santiago já esperando do lado de fora. Ele estava encostado no carro, de braços cruzados, com um olhar distante.
Quando nos viu, descruzou os braços e se aproximou lentamente. - Oi, Cristina... - Ele falou suavemente, com um misto de nervosismo e expectativa.
- Oi, Santiago... - minha voz saiu baixa, quase inaudível. O nó na garganta só aumentava.
- Vamos entrar? - perguntei, tentando manter a calma.
Ele assentiu e nós três caminhamos juntos até a recepção. A enfermeira já estava esperando e rapidamente nos direcionou para a sala onde as amostras seriam coletadas.
- Bom dia, vou precisar que cada um de vocês faça um swab bucal. É bem simples, vou passar esse cotonete na parte interna da bochecha para coletar as células. - A enfermeira falava com uma calma que parecia surreal, considerando o que aquele momento representava para mim.
Primeiro foi Santiago. Ele olhou para mim de relance antes de abrir a boca e permitir que a enfermeira passasse o cotonete. Em seguida, foi minha vez. Me sentei na cadeira, tentando manter a compostura. Por fim, Robson também ofereceu apoio silencioso ao participar do procedimento, apenas para garantir que não houvesse dúvidas. O procedimento todo durou menos de cinco minutos, mas a tensão na sala era visível. Cada segundo parecia se arrastar, como se o tempo estivesse se recusando a andar.
- Pronto, agora só precisamos enviar as amostras ao laboratório. O resultado deve ficar pronto em até três dias - disse a enfermeira, guardando os cotonetes em recipientes rotulados.
Eu mal ouvi suas últimas palavras. Tudo que eu queria era sair dali, respirar ar fresco e tentar não desmoronar antes de ter a resposta.
Quando saímos da sala, Santiago se virou para mim, os olhos carregados de preocupação.
- Cristina, eu... - Ele começou a falar, mas eu o interrompi.
- Vamos esperar o resultado - falei, tentando manter a firmeza na voz, mas sentindo o peso da incerteza no peito. - Aí, decidimos o que fazer.
Ele assentiu, parecendo respeitar minha necessidade de espaço. Robson permaneceu em silêncio só observando a gente conversar.
- Obrigado por ter vindo - completei, olhando brevemente para Santiago antes de me virar para ir embora.
Robson e eu caminhamos de volta para o carro em silêncio, deixando Santiago para trás. Quando finalmente entramos no carro, senti como se um grande peso estivesse sobre meus ombros. Sabia que os próximos dias seriam uma tortura, esperando por aquela resposta que poderia mudar tudo.
