capítulo 99. Para Sempre Nós

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  A sala estava tomada por uma tranquilidade quando me aproximei da janela, olhando para a noite lá fora

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A sala estava tomada por uma tranquilidade quando me aproximei da janela, olhando para a noite lá fora. As luzes do hospital brilhavam, uma lembrança de que o mundo continuava a girar lá fora, mas aqui, no quarto em que Cristina descansava com nossas filhas, tudo parecia suspenso.
Cada detalhe dessa noite ainda estava fresco em minha mente, desde o instante em que Cristina gritou no carro até o momento em que ouvi o primeiro choro de Sofia. Tantas emoções correram por mim que era difícil processar. O medo, a ansiedade, o alívio... Mas agora, enquanto observava minhas filhas dormindo, havia apenas uma sensação: gratidão.

Me virei e vi Cristina adormecida, exausta, mas serena. A mão dela repousava no berço de Sofia, como se estivesse conectada à nossa filha mesmo em seu sono. Ao lado, Helena também dormia profundamente, o corpinho tão pequeno e frágil. Um suspiro escapou de meus lábios, aliviado, como se a tensão acumulada nas últimas horas estivesse, finalmente, se dissipando.
Não pude evitar de me lembrar do percurso até o hospital. A voz de Cristina ainda ecoava na minha mente, aquele misto de dor e desespero, e eu me sentia impotente, sabendo que tudo o que eu podia fazer era dirigir mais rápido e segurar sua mão. Foi o maior pavor que já senti em minha vida, pensar que poderíamos não chegar a tempo. Mas agora, tudo parecia tão distante. Minhas meninas estavam aqui, seguras, e minha mulher descansava, com a paz que tanto merecia.

Me aproximei de Helena, observando cada detalhe do seu rosto. Era incrível como ela parecia tão pequena e, ao mesmo tempo, tão forte. Peguei sua mãozinha, e ela se mexeu suavemente, seus dedos se fechando ao redor do meu dedo. A sensação daquele toque simples me atingiu de uma forma que eu jamais poderia descrever. Era como se, naquele instante, todas as peças da minha vida tivessem se encaixado.
Sentei-me na poltrona ao lado da cama de Cristina, sem tirar os olhos das minhas filhas. A noite avançava, mas eu não conseguia dormir. Havia uma energia nova dentro de mim, algo que eu não sabia que existia até agora. Algo que me fazia querer ficar ali, velando o sono delas, protegendo-as de qualquer coisa, mesmo que fosse apenas a escuridão da noite.

Cristina mexeu-se na cama e abriu os olhos, ainda sonolenta. Quando nossos olhares se encontraram, ela sorriu suavemente. Levantei-me e fui até ela, inclinando-me para beijar sua testa.

- Você está bem? - perguntei em um sussurro, mesmo sabendo que a resposta era sim. Era uma pergunta que eu precisava fazer, talvez mais para me tranquilizar do que para qualquer outra coisa.

- Nunca estive melhor - ela respondeu, sua voz fraca, mas cheia de amor. - E você?

- Melhor impossível - sorri, sentando-me ao lado dela na cama, passando os dedos pelos seus cabelos, o que sempre parecia acalmá-la.

Olhamos para as meninas, em silêncio, apreciando a cena que, até poucas horas atrás, era apenas um sonho distante. Havia algo indescritível naquele momento, como se tudo o que importasse no mundo estivesse concentrado naquele quarto.

- Elas são tão lindas - Cristina disse, com os olhos brilhando. - Mais do que eu imaginava.

- São sim - concordei, a emoção me dominando de novo. - E fortes, como a mãe.

Cristina sorriu, aquele sorriso que eu sempre amei, e eu sabia que, apesar de tudo o que ela passou, ela estava completamente feliz. Eu queria manter esse momento para sempre, congelar o tempo e ficar ali, com elas, sem nunca precisar voltar ao mundo real.

Mas, ao mesmo tempo, sabia que o mundo nos esperava lá fora. Tantas coisas mudaram nas últimas horas. Eu era pai, novamente, de duas meninas incríveis, e isso me transformava. Olhei para Cristina, e a necessidade de proteger minha família tomou conta de mim.
Não era apenas sobre ser um bom marido ou pai, era algo maior, algo primordial, que eu nunca havia sentido com tanta intensidade. Agarrei sua mão com firmeza, querendo que ela sentisse o quanto eu estava comprometido com nossa família.
Naquele momento, eu soube que essa era a nossa missão. Não havia espaço para dúvidas ou medos. Eu seria o homem que elas precisavam, o pai que Sofia e Helena mereciam.

Horas depois...

Cristina adormeceu novamente, e eu voltei para a poltrona, ainda sem conseguir descansar. Peguei meu celular e tirei algumas fotos das meninas, mandei para Samuel que está emSãoPaulo/SP.

E Talvez um dia, quando elas fossem mais velhas, eu pudesse mostrar a elas o quanto aquele momento significou para nós

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E Talvez um dia, quando elas fossem mais velhas, eu pudesse mostrar a elas o quanto aquele momento significou para nós.

E ali, sentado na quietude do quarto, com as primeiras luzes da manhã começando a iluminar o horizonte, fiz outra promessa. A de que eu estaria presente em cada passo da vida delas, cada momento importante, cada sorriso, cada lágrima. Eu seria o pai que elas poderiam contar, o marido que Cristina sempre mereceu.

O mundo poderia ser imprevisível, cheio de desafios e surpresas. Mas eu tinha minha família. E, com elas, eu sabia que poderíamos enfrentar qualquer coisa. As tempestades viriam, sem dúvida, mas eu estava pronto.

Sou abençoado com três filhas maravilhosas, um neto que é uma verdadeira luz em nossas vidas e uma esposa encantadora que traz alegria e amor a cada dia. Com todos esses tesouros ao meu lado, sinto que minha vida está verdadeiramente plena e realizada. Não me falta mais nada.

Minutos depois, Sofia começou a chorar. Caminhei até ela e a peguei no colo, tentando acalmá-la sem acordar Cristina.

- Shh... A mamãe está descansando.

Comecei a balançá-la nos meus braços, e a memória de quando segurei Agatha pela primeira vez veio à tona. Enquanto balançava Sofia em meus braços, o choro foi diminuindo, e logo ela voltou a dormir, tranquila e segura. Eu a coloquei de volta no berço, com todo o cuidado, observando como seu rosto delicado parecia sereno em meio ao silêncio suave da noite.

Olhei para Cristina, ainda adormecida, e para nossas filhas, agora em paz. Uma sensação de plenitude tomou conta de mim, algo que não havia experimentado antes. Aquele quarto se tornara o centro do meu mundo, e eu sabia que estava exatamente onde deveria estar.

Sentei-me novamente na poltrona, meu corpo cansado, mas minha mente ainda desperta, cheia de pensamentos sobre o futuro. Eu sabia que a vida traria seus desafios, que dias difíceis viriam, mas com Cristina ao meu lado e nossas meninas nos nossos braços, eu estava pronto para o que viesse. Fechei os olhos por um instante, respirando fundo, deixando o peso dos últimos dias finalmente se dissipar.

O amanhã nos aguardava, e eu não tinha dúvidas: estávamos prontos para enfrentá-lo, juntos.

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Amor e Desejos {🖤Dark Romance🖤}Onde histórias criam vida. Descubra agora