CHAPTER 40: CALIFORNIA MOTEL

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Scott (On)

Após horas intermináveis em um ônibus, paramos em frente a um motel, a noite havia caído sobre nós como um manto escuro e opressor. As luzes amarelas e trêmulas dos postes lançavam sombras longas e inquietantes nas ruas desertas.

O cheiro de asfalto molhado pelo sereno da noite se misturava ao aroma metálico das construções velhas e decadentes. Ao descer do ônibus, senti o cansaço pesar sobre meus ombros, a exaustão da longa viagem explodia dentro de mim e um vento frio soprava, cortando minha pele.

O motel, cujo nome em letras luminosas já estava parcialmente apagado, trazia uma sensação estranha. A fachada estava com sua pintura descascada, expondo manchas de umidade e rachaduras profundas nas paredes.

MOTEL GLEN CAPRI

Scott: Eu já vi piores.

Stiles: Onde você viu piores?

Treinador Finstock: A competição foi adiada para amanhã, esse é o motel mais próximo com vagas o suficientes e menor juízo por aceitar um bando de degenerados como vocês. Formem duplas. Escolham com sensatez. E nada de perversões sexuais, seus tarados. Ouviram? Mantenham as mãos sujas em vocês mesmos, seus sujos!

Lydia: Não gosto desse lugar.

Allison: Nem os donos devem gostar daqui. É só por uma noite.

Lydia: Muita coisa pode acontecer por uma noite.

Betty estava deitada em sua cama, envolta em um cobertor macio, com um livro nas mãos. A luz do abajur, quente e suave, lançava um brilho dourado sobre as páginas, criando uma bolha de tranquilidade e concentração no meio do quarto. O ambiente estava silencioso, exceto pelo leve farfalhar das folhas virando e pelo distante som do vento acariciando as árvores lá fora.

Enquanto lia, completamente absorta na história, um barulho repentino e estranho chamou sua atenção, como um ruído sutil de algo arranhando ou raspando. Betty congelou por um instante, seus olhos se desviando das palavras para o vazio à sua frente, enquanto seu coração acelerava levemente. A primeira coisa que veio à sua mente foi a ausência dos pais, que estavam trabalhando no Riverdale Register, a deixando sozinha em casa.

O barulho, inicialmente distante e indistinto, foi se intensificando, tornando-se mais claro e próximo. Era um som contínuo, que parecia raspar nas paredes de sua mente, trazendo consigo uma sensação crescente de desconforto e inquietação. Por um momento, o medo começou a dominar seus pensamentos, fazendo com que imaginasse uma série de cenários assustadores: alguém tentando entrar pela porta do portão ou algum animal selvagem havia conseguido entrar na casa.

Ela se levantou da cama lentamente, com os pés descalços tocando o chão frio. Seu coração batia forte em seu peito, cada batida ecoando em seus ouvidos como um tambor distante. Ela tentou se concentrar na respiração, mas a ansiedade fazia cada suspiro parecer raso e irregular.

A tensão aumentou até o limite quando o som se revelou não ser algo dentro da casa, mas vindo da janela de seu quarto. O barulho de algo batendo suavemente contra o vidro fez com que seu corpo se enrijecesse de susto. Reunindo coragem, ela se aproximou da janela, cada passo parecendo ecoar na escuridão silenciosa do quarto. Ao alcançar a cortina, seu coração quase parou quando viu uma sombra se mover do lado de fora.

Com um movimento rápido, puxou a cortina para o lado e se deparou com Jonathan parado do lado de fora da janela, com um sorriso travesso no rosto. A visão dele ali, no meio da noite, a fez soltar um suspiro de alívio misturado com um riso nervoso.

RIVERDALE ( Casa Da Betty )

Betty: Seu idiota! Quer me matar do coração?! — ela abriu a janela com um movimento rápido, deixando o ar frio da noite invadir o quarto

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