RIVERDALE

CHAPTER 35: FIREFLIES

Jughead (On)

Estava relutante em ir à festa da Cheryl, mas a Betty conseguiu me convencer. A festa acontecia em uma clareira na Floresta Fox. Quando chegamos, o local estava iluminado por uma grande fogueira, cujas chamas dançavam e crepitavam, projetando sombras vibrantes nas árvores ao redor.

A música alta ecoava entre as árvores, misturando-se com o murmúrio constante das conversas animadas. Metade da escola estava espalhada por toda a clareira: alguns estavam bebendo, outros conversavam em grupos, e muitos estavam no centro, dançando ao ritmo pulsante da música. O ambiente era quase hipnótico, com o calor da fogueira e a energia da festa criando uma atmosfera envolvente.

Eu e a Betty decidimos nos afastar um pouco da confusão, buscando um momento de tranquilidade no banco de trás do meu carro, estacionado um pouco afastado do centro da festa. Estávamos no banco de trás, onde Betty estava quase adormecendo em meus braços, seus olhos começaram a se fechar lentamente enquanto a música e as vozes se misturavam em um ruído distante e reconfortante.

Passava os meus dedos suavemente pelos seus cabelos loiros, observando o brilho suave das estrelas através do para-brisa embaçado. Aproveitando o momento de paz, alheio à agitação ao redor. De repente, esse breve momento de tranquilidade foi interrompido por gritos agudos e desesperados que vinham de longe, do local da festa. Betty, que estava quase dormindo, acordou assustada.

Os gritos cortavam o ar, criando um contraste chocante com o ambiente festivo de poucos instantes atrás. Sem perder tempo, saímos do carro, prontos para descobrir o que estava acontecendo e se alguém precisava de ajuda.

A clareira, que antes parecia um refúgio alegre e iluminado, agora era envolta em uma atmosfera de incerteza e medo, as sombras das árvores parecendo mais ameaçadoras sob o brilho inquietante da fogueira.

FLORESTA FOX

Jughead: Archie, o que está acontecendo?

Archie: Não faço ideia.

Segui na direção dos gritos, tentando identificar sua origem através da densa floresta. Cada passo parecia mais pesado, enquanto meu coração martelava no peito e a escuridão ao redor parecia mais opressiva. A clareira atrás de mim se tornava uma lembrança distante à medida que avançava, com o som da festa se tornando um murmúrio distante.

Após alguns minutos não encontrei nada que explicasse os gritos. A frustração começou a se acumular quando, de repente, um novo som cortou o ar. Era a Cheryl, o som de seu grito não era comum; havia um tom de terror absoluto, um pavor primitivo que ressoava profundamente, como os gritos que ouvi uma vez de Lydia no hospital, quando foi mordida por Peter. A lembrança me fez estremecer.

O eco dos gritos de Cheryl ainda reverberam na minha mente, e tudo o que eu conseguia pensar era em encontrá-la. De repente, ouvi Betty chamando meu nome, sua voz cheia de medo e urgência. Apressei o passo, impulsionado pela necessidade de protegê-la.

Quando finalmente cheguei de volta à clareira, a visão que me esperava era caótica. As luzes da fogueira ainda iluminavam a cena, mas agora mostravam um cenário de destruição. No centro de tudo, vi o Boyd. Ele parecia uma força da natureza, derrubando tudo e todos que se colocavam em seu caminho. Garrafas quebradas e destroços espalharam-se pelo chão, e as pessoas corriam em todas as direções, tentando escapar de sua fúria.

Meus olhos rapidamente procuraram por Betty, e a encontrei perto do carro, ainda chamando por mim. Corri até ela, com meu coração batendo descontroladamente. Precisava encontrar a Cheryl e tirar todos dali antes que algo pior acontecesse. A clareira, que antes era um refúgio festivo, agora parecia um campo de batalha, com sombras dançando sinistramente ao redor, enquanto Boyd continuava a devastar tudo em seu caminho.