Julia Bergmann

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Jogar com Julia Bergmann sempre foi uma das melhores partes da minha vida. Ela não era apenas minha companheira de time, mas também minha amiga mais próxima. Julia era aquela que sempre estava lá para mim, suportando meus momentos de distração ou ouvindo pacientemente enquanto eu desabafava sobre meus relacionamentos complicados.

Hoje, no entanto, havia algo no ar que parecia diferente. Não conseguia identificar o que era, mas a atmosfera entre nós parecia um pouco carregada. Depois de um treino intenso, estávamos nos alongando quando eu comecei a falar sobre a minha última decepção amorosa.

Eu: "Então, minha ficante me disse que não quer mais nada comigo. Acho que não estava tão interessada quanto parecia."

Julia ficou em silêncio por um momento, e quando olhei para ela, vi uma expressão que não conseguia decifrar. Depois, ela murmurou algo em alemão.

Julia: "Gott sei Dank, jetzt habe ich eine Chance."

Eu a encarei, confusa e curiosa, sem entender uma palavra do que ela tinha acabado de dizer.

Eu: "O que você disse, Julia?"

Ela apenas sorriu, um sorriso que parecia ter algum segredo escondido.

Julia: "Ah, nada demais. Só estava pensando alto."

Passei o resto do treino tentando ignorar a curiosidade que me consumia, mas era impossível. A frase dela continuava ecoando na minha cabeça, e eu ficava imaginando o que poderia significar. Julia falava alemão quando queria esconder algo ou quando estava pensando em algo muito pessoal, então a minha mente não parava de pensar nas possibilidades.

Quando o treino terminou, eu não consegui me segurar mais. Corri até Julia no vestiário e, com um tom meio brincalhão, meio sério, perguntei novamente.

Eu: "Julia, por favor, me diz o que você falou! Estou morrendo de curiosidade!"

Ela riu, mas ainda parecia relutante em compartilhar.

Julia: "Sério, não foi nada. Você está se preocupando à toa."

Eu: "Por favor, Julia! Vai me deixar morrer de curiosidade?"

Eu implorei mais um pouco, tentando de tudo para que ela me dissesse o que aquelas palavras significavam. Mas Julia apenas balançou a cabeça, ainda sorrindo, e se recusou a me contar.

Julia: "Não vou contar. Talvez um dia você descubra."

Passei o resto do dia pensando naquilo. A maneira como ela disse, o tom da voz dela, e o sorriso que seguiu as palavras. Eu queria saber o que aquilo significava, mas ao mesmo tempo, parte de mim tinha medo de descobrir. Julia era minha amiga, mas será que havia algo mais escondido por trás daquela amizade?

As dúvidas continuaram a me assombrar, mas Julia parecia tranquila, como se tivesse plantado uma semente de incerteza de propósito. E enquanto eu continuava tentando decifrar o mistério, a única certeza que tinha era que as coisas entre nós nunca mais seriam as mesmas.

No dia seguinte, cheguei ao ginásio um pouco mais cedo, ainda com a frase de Julia martelando na minha cabeça. Enquanto me aproximava da entrada, avistei Lukas, o irmão de Julia, chegando também. Era a oportunidade perfeita para matar minha curiosidade.

Eu me aproximei dele, tentando pensar em como reproduzir a frase que Julia tinha dito.

Eu: "Oi, Lukas! Será que você pode me ajudar com uma coisa? Julia disse algo em alemão ontem, e eu não entendi nada. Era algo como 'Gott sei...' Não lembro direito. Você sabe o que significa?"

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