Amélia Shepherd

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Amélia decidira, depois de muito refletir, visitar sua ex-cunhada Addison Montgomery em Los Angeles. Precisava de uma nova perspectiva, e o renomado hospital em que Addison trabalhava era o cenário perfeito para um novo começo. Chegando lá, foi recebida de braços abertos, tanto por Addison quanto pela equipe do hospital, que estava ansiosa para conhecer a famosa neurocirurgiã.

Addison, sempre observadora e espirituosa, notou uma tensão instantânea entre Amélia e S/N, uma enfermeira e assistente eficiente, que tinha a reputação de ser impecável em seu trabalho. Desde a primeira reunião, parecia que faíscas voavam cada vez que Amélia e S/N estavam no mesmo ambiente. A princípio, a relação não começou da melhor maneira. Pequenas desavenças surgiam por detalhes do trabalho e estilos diferentes de abordagem nos casos.

"Você poderia, ao menos, tentar seguir o meu ritmo?", Amélia reclamou em um dos dias agitados no centro cirúrgico.

"Talvez se você fosse mais clara em suas instruções, isso não seria um problema," S/N respondeu, com os olhos brilhando de impaciência.

Essa dinâmica incomodava tanto a equipe quanto Addison, que estava sempre por perto, observando cada interação com um sorriso enigmático. Em uma pausa para café, Addison se aproximou de Amélia no refeitório, sorrindo enquanto cutucava sua xícara com a colher.

"Então, Amélia, você já percebeu que toda essa animosidade é, na verdade, tesão reprimido?" Addison provocou, com um olhar travesso.

Amélia quase engasgou com o café. "Você só pode estar brincando, Addison. A gente não se suporta!"

"Não seja tão rápida em descartar isso," Addison continuou. "Às vezes, a linha entre o amor e o ódio é mais tênue do que imaginamos."

Amélia revirou os olhos, mas não conseguiu evitar relembrar alguns momentos sutis: os olhares prolongados, as faíscas de eletricidade que passavam cada vez que suas mãos se cruzavam ao passar um bisturi. Mesmo S/N, embora relutasse em admitir, começou a questionar se realmente detestava Amélia ou se havia algo mais profundo por trás de suas discussões constantes.

Com o passar das semanas, as pequenas disputas continuaram, mas ambas passaram a admirar as qualidades profissionais uma da outra. Amélia reconheceu a competência e a dedicação de S/N, enquanto S/N aprendeu a respeitar a paixão de Amélia pela neurocirurgia.

Em uma noite após um turno desgastante, ambas se encontraram na sala de descanso. O silêncio entre elas foi quebrado por um comentário inesperado de S/N. "Você sabe, por mais que me irrite, é inegável que você é incrível no que faz."

Amélia sorriu pela primeira vez sem ironia. "Talvez Addison tenha razão. Talvez a gente devesse achar um jeito de funcionar juntas... fora do centro cirúrgico."

A sugestão pairou no ar, e S/N apenas assentiu, percebendo que, inevitavelmente, Addison estava certa. Algumas vezes, o que se mascara como conflito pode ser apenas uma maneira de disfarçar sentimentos que não estamos prontos para enfrentar. E assim, entre sorrisos e novas possibilidades, uma colaboração inesperada começava a surgir, junto com algo ainda mais profundo e promissor.

Depois daquele dia exaustivo no hospital, com operações complexas e uma tensão que finalmente começava a se dissolver, o clima entre Amélia e S/N havia mudado. O reconhecimento mútuo de suas habilidades e a confissão sutil de uma atração anterior tiveram um impacto significativo. Quando o plantão finalmente terminou, Amélia aguardou por S/N na entrada do hospital.

"Ei, ainda está de pé a ideia de fazermos algo fora do hospital?" Amélia perguntou, tentando soar casual, mas com uma tensão quase palpável na voz.

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