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Acordei e olhei o celular. Já eram oito da manhã. Levantei-me rapidamente, tentando não perder muito tempo, e fui direto para o banheiro fazer minha higiene pessoal. Enquanto passava os produtos do meu skincare, meus pensamentos estavam em Thaísa. Ela estava viajando com a seleção brasileira, e hoje finalmente seria o dia de buscá-la no aeroporto.
Assim que terminei, fui até o quarto da Mariana. Ela estava toda enrolada nas cobertas, apenas uma mecha de cabelo loiro escapando do travesseiro. Aproximei-me devagar, aproveitando esse momento de paz antes de o dia começar de verdade.
"Bom dia, minha princesa", sussurrei, sentando-me na beira da cama e acariciando o rostinho dela.
"Bom dia, mami. Hoje é dia de buscar mamãe!" Ela exclamou, os olhinhos ainda meio fechados, mas já com aquele brilho de empolgação.
"Sim, meu amor, é hoje. Agora vamos levantar e tomar café, para depois irmos direto para o aeroporto", respondi com um sorriso, ajudando-a a se levantar.
Depois de vestida e de um rápido café da manhã, fomos direto para o carro. Mariana estava ansiosa, balançando as perninhas no banco de trás.
"Que horas são, mamãe?" Ela perguntou pela terceira vez em menos de dez minutos.
"Agora são nove, ainda temos uma hora, mas a gente vai chegar cedo", respondi, tentando manter a calma enquanto dirigia. Eu estava tão ansiosa quanto ela.
O caminho até o aeroporto foi tranquilo. Mariana ficou cantando as músicas da Galinha Pintadinha enquanto eu me perdia nos meus pensamentos, imaginando o momento em que Thaísa passaria pelas portas de desembarque. A saudade era imensa.
Finalmente, chegamos. Estacionei o carro e Mariana desceu correndo, puxando minha mão com força.
"Vamos, mami! A gente precisa ser as primeiras a ver a mamãe Thaísa!"
Rindo, segurei a mão dela com firmeza e seguimos em direção ao saguão do aeroporto. Mal podia esperar para vê-la novamente, sentir seu abraço e, finalmente, estarmos todas juntas novamente.
Entramos no saguão do aeroporto, e a movimentação já estava começando a aumentar com a chegada de outros voos. Mariana puxava minha mão, ansiosa, e eu tentava manter o passo com ela, sorrindo diante de toda aquela empolgação.
"Calma, Mari, ainda temos um tempinho. A gente vai achar um bom lugar para esperar", eu disse, tentando acalmá-la enquanto olhava ao redor, buscando um banco vazio.
Achamos um lugar perto da saída do desembarque, de onde poderíamos ver bem a movimentação. Sentei-me e coloquei Mariana no meu colo. Ela estava inquieta, olhando para todos os lados, como se Thaísa pudesse aparecer a qualquer momento.
"Você acha que a mamãe vai gostar do desenho que fiz para ela?" Mariana perguntou, com os olhinhos brilhando.
"Tenho certeza de que ela vai adorar, meu amor. Mamãe Thaísa ama tudo o que você faz", respondi, beijando sua cabeça. Ela havia passado a noite anterior desenhando uma cena de nós três juntas, com corações ao redor. Eu sabia que Thaísa iria se emocionar ao ver.
O tempo parecia se arrastar. Cada vez que as portas do desembarque se abriam, Mariana apertava minha mão com força, mas ainda não era Thaísa. Eu sabia que o voo estava previsto para chegar às dez, mas cada minuto parecia mais longo que o outro.
Finalmente, vi as primeiras pessoas do nosso voo começarem a sair. Mariana estava quase em pé no meu colo, tentando enxergar melhor.
"Ali! Eu vi o cabelo da mamãe!" ela gritou de repente, apontando com tanta energia que quase me fez perder o equilíbrio.