Julia Kudiess

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S/N G!P

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Jogar no time de vôlei do Minas foi um presente, não só pela oportunidade de crescer no esporte, mas principalmente porque isso me permitiu ficar próxima da pessoa que eu mais admiro e, para ser honesta, sou completamente apaixonada: Julia Kudiess. A Julia é central, enquanto eu atuo como ponteira. Na quadra, formamos uma dupla poderosa, mas fora dela... bem, digamos que a dinâmica é um pouco diferente.

Desde o primeiro dia em que a vi treinando, meu coração disparou. Não era só a forma como ela jogava, mas a confiança e a serenidade que exalava. Eu sabia que estava ferrada. Claro, eu sou do tipo insistente, ou não me chamo S/N. Não demorou muito para que eu começasse a dar umas cantadas nela. Era mais forte do que eu; cada sorriso dela parecia um convite para brincar.

Um dia, após um treino pesado, estávamos todos reunidos no vestiário. Julia estava tirando os tênis, e eu não resisti:

Sabe, Julia — comecei, com aquele tom de voz que ela já conhecia bem. — Um dia você ainda vai casar comigo.

Ela levantou o olhar, segurando um sorriso e balançando a cabeça como quem já estava acostumada com as minhas provocações.

Você sonha demais, S/N. — A voz dela era firme, mas havia um toque de diversão ali. Ela sempre dizia isso, mas nunca parecia irritada, o que me dava ainda mais confiança para continuar.

Eu ri, sem perder o ritmo:

Sonhar faz parte, mas comigo você vai ver que é mais que sonho. Eu vou te conquistar, Julia, pode anotar.

Ela jogou a toalha sobre o ombro, se aproximando um pouco:

E o que te faz pensar que eu me casaria com uma maluca como você?

Eu segurei o queixo, fingindo estar pensativa, antes de dar a resposta:

Porque sou a única que sabe como tirar esses sorrisos escondidos de você.

Ela me empurrou de leve, rindo.

Você não desiste, né?

Nunca. — Pisquei para ela, me divertindo com a situação.

Mesmo que Julia nunca desse bola de verdade, esses momentos eram o que faziam meu dia. Era a minha forma de estar próxima dela, de fazer com que ela me notasse de alguma maneira. Às vezes, eu pensava que ela gostava dessa atenção, mesmo que nunca admitisse.

O mais engraçado é que, quanto mais eu insistia, mais parecia que Julia estava se acostumando com a ideia de me ter por perto. Ela começou a responder às minhas brincadeiras com mais frequência, e algumas vezes até parecia que estava me provocando de volta, mesmo que disfarçasse bem.

Em outro treino, depois de uma sequência de bloqueios que ela fez, eu gritei do outro lado da rede:

Isso, Julia! Continue assim que você vai ser minha noiva mais rápido do que imagina!

Os outros riram, e ela, mesmo tentando não demonstrar, deixou escapar um sorriso que fez meu coração acelerar.

S/N, acho que você vai precisar de mais do que umas boas defesas pra me conquistar. — Ela rebateu, com um brilho nos olhos.

Aceito o desafio! — Respondi, sem pensar duas vezes.

Julia revirou os olhos, mas eu sabia que, no fundo, estava se divertindo. Cada dia ao lado dela era uma chance de fazer com que me visse não apenas como uma colega de time, mas talvez, quem sabe, como algo a mais. Eu estava disposta a tentar, a insistir, até que ela percebesse que, por trás das minhas brincadeiras, havia uma verdade que não podia ser ignorada: eu estava realmente apaixonada por ela, e faria de tudo para conquistá-la.

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