Trisal: Thaísa, Carolana e S/N

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Eu me chamo S/N, tenho 19 anos, e hoje saí para correr um pouco, tentando distrair minha mente. Ontem foi um dos dias mais difíceis da minha vida. Finalmente criei coragem para me assumir para minha família, mas a recepção não foi como eu esperava. Brigamos, as palavras pesadas ecoando em minha mente, e acabei indo embora de casa. Agora, estou na casa da Pri Daroit, uma amiga que joga vôlei.

A Pri sempre foi uma amiga incrível, alguém que eu podia contar, mas eu nunca imaginei que precisaria tanto dela como estou precisando agora. Ela me acolheu sem fazer perguntas, apenas com aquele sorriso caloroso e um abraço forte. Mas, mesmo com o conforto que ela me oferecia, eu ainda me sentia perdida, tentando processar tudo o que aconteceu.

Enquanto corria, os pensamentos giravam em minha cabeça, a rejeição da minha família, as palavras dolorosas que foram ditas. Eu sabia que precisava seguir em frente, mas o peso da situação ainda estava presente, como se uma nuvem escura estivesse pairando sobre mim.

Depois de um tempo, voltei para a casa de Pri, ainda sem saber exatamente o que fazer. Quando entrei, Pri estava na cozinha preparando algo, como sempre fazendo questão de cuidar de mim. Ela olhou para mim e, ao ver minha expressão, deixou o que estava fazendo e veio até mim.

S/N, você está bem? — ela perguntou, sua voz suave e preocupada.

Eu não sei, Pri... — respondi, sentindo as lágrimas começarem a se formar nos meus olhos. — Tudo está tão confuso. Eu não esperava que fosse assim.

Pri me puxou para um abraço apertado, e ali, no conforto dos seus braços, eu finalmente deixei as lágrimas caírem. Ela não disse nada, apenas ficou ali, me abraçando, deixando que eu liberasse toda a dor que estava guardando.

Eu sei que está difícil agora, mas você não está sozinha. Eu estou aqui com você, e vamos passar por isso juntas, ok? — disse ela, me olhando nos olhos com seriedade.

Eu assenti, sentindo um pequeno alívio. Saber que Pri estava ao meu lado fazia toda a diferença. Ela era como uma luz no meio da escuridão em que eu me encontrava, e eu sabia que, com o tempo, as coisas iriam melhorar.

Obrigada, Pri. Eu realmente não sei o que faria sem você.

Não precisa agradecer. Você é minha amiga, minha família. E sempre estarei aqui para você.

Naquele momento, percebi que, embora minha relação com a família estivesse em crise, eu ainda tinha pessoas que me amavam e me apoiavam. Pri era uma dessas pessoas, e isso me dava força para seguir em frente.

Nos dias que se seguiram, Pri me ajudou a encontrar meu equilíbrio novamente. Ela me acompanhou em corridas, sessões de treino, e até me apresentou para algumas de suas amigas do time, que também me acolheram de braços abertos. Aos poucos, fui me recuperando, encontrando meu caminho em meio ao caos que minha vida havia se tornado.

E embora a dor da rejeição ainda estivesse ali, eu sabia que, com Pri ao meu lado, eu poderia superar qualquer coisa.

Hoje foi um dia diferente. Pri, sabendo que eu precisava me distrair, me chamou para assistir a um treino do Minas. Aceitei o convite, pensando que qualquer coisa que me tirasse de casa seria um alívio. Assim que chegamos ao ginásio, Pri foi direto para a quadra, enquanto eu me acomodei nas arquibancadas, observando o movimento ao redor.

O lugar estava cheio de energia, com as jogadoras se preparando para o treino. Eu estava absorta em meus pensamentos quando, de repente, uma mulher loira e bem alta se sentou ao meu lado. Eu não tinha percebido sua presença até ela perguntar, com uma voz suave e preocupada:

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