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Era uma noite animada em que todos estavam celebrando o aniversário da Rebeca. S/N não pôde ir à festa, pois estava atolada de trabalho. No entanto, fez questão de dizer a Flávia que ela deveria ir e se divertir, prometendo buscá-la assim que saísse do trabalho. Enquanto S/N estava lá, verificando as mensagens, um leve sorriso surgiu no rosto ao imaginar Flávia se divertindo.
Depois de algumas horas, S/N terminou seu turno e seguiu em direção à casa de Rebeca. Quando chegou, foi recebida por música alta e risadas. Rebeca abriu a porta, toda sorridente, mas S/N mal teve tempo de cumprimentá-la antes de se perder entre os convidados. O lugar estava cheio de atletas de diferentes modalidades, todas pessoas que S/N conhecia e admirava.
Conforme S/N caminhava pela festa à procura de Flávia, seu coração pulou quando a encontrou. Porém, ao se aproximar, seu sorriso foi substituído por uma expressão de desconforto. Flávia estava sentada no colo de Aline, uma menina que a admirava muito. S/N parou para observar a cena, percebendo a intimidade da situação. Aline parecia ansiosa demais, rindo e tocando o cabelo de Flávia, enquanto conversavam.
Tentando manter a calma, S/N pegou o celular e decidiu dar uma olhada nas mensagens de Instagram. Uma notificação chamou sua atenção: era Aline. As mensagens eram carregadas de emoção e culpa. De algum modo, Aline sabia que S/N era namorada de Flávia, mas isso não a impediu de expressar seus sentimentos.
Conversa no Instagram:
Aline: Oi, S/N! Espero que você não fique brava, mas eu só queria dizer que Flávia é incrível. Eu realmente admiro ela.
S/N: Oi, Aline! Eu sei que ela é incrível, por isso estamos juntas.
Aline: Eu não quero causar problemas... Mas às vezes sinto que ela me dá atenção de um jeito especial.
S/N: Ela é gentil com todos, Aline. Não interpretasse isso como algo mais.
Aline: Entendo, mas é difícil não sentir algo... Eu não quero que você ache que estou tentando te roubar ela ou algo do tipo.
S/N: Não se preocupe, só espero que saiba como isso pode ser mal interpretado.
Enquanto S/N trocava mensagens, notou que Flávia e Aline estavam cada vez mais próximas. O desconforto aumentava em seu peito. Decidida a tirar Flávia de lá e resolver a situação, S/N se aproximou.
— Flávia, precisamos conversar. Podemos sair para fora um minuto? — S/N disse, tentando manter a voz calma, embora estivesse sentindo raiva.
Flávia franziu a testa, descontenta. — O que foi, S/N? Estou me divertindo aqui.
— Eu sei, mas isso é um pouco demais, não acha? — S/N respondeu, olhando para o colo de Flávia e depois para Aline que sorriu nervosamente.
Flávia levantou-se, claramente irritada. — Você não pode me tirar do meu próprio momento de diversão assim!
— Eu estou só tentando entender como você se sente confortável em ficar no colo de outra pessoa, enquanto eu não estou por perto! — S/N falou, começando a levantar a voz.
A briga atingiu um novo nível, e as duas se afastaram da festa. A pressão na atmosfera aumentou enquanto S/N sentia sua frustração transbordar. Aline observava, sem jeito, a situação se desenrolando na frente dela.
— Você está sendo possessiva! — Flávia exclamou, seus olhos brilhando de indignação. — Eu sou minha própria pessoa e posso fazer o que quiser!