Thaísa Daher

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Acordei com um sorriso no rosto, sentindo o peso confortável do braço de Thaísa ao meu redor. Olhei para ela, ainda dormindo serenamente, com uma expressão tranquila que contrastava com a tempestade de ciúmes da noite anterior. Ontem foi um daqueles dias que começam perfeitamente e terminam com uma pitada de drama que só faz nosso relacionamento mais divertido.

Saímos para jantar em um restaurante que costumamos frequentar. Eu sabia que havia uma boa chance de sermos reconhecidas, especialmente por ela, que é um ícone no vôlei. E não deu outra: alguns fãs nos abordaram. Thaísa, com sua paciência infinita, atendeu cada um com um sorriso, tirando fotos e assinando autógrafos. No entanto, quando um grupo começou a me chamar de "linda" e a elogiar, eu vi a expressão dela mudar. Seus olhos, que normalmente brilhavam de carinho, escureceram com uma pontada de ciúmes que eu conhecia bem.

Voltando para casa, tentei puxar conversa, mas ela estava emburrada, com os braços cruzados e o olhar fixo na janela.

Você sabe que eles só estavam sendo gentis, né?” provoquei, tentando suavizar o humor dela.

Gentis demais para o meu gosto,” ela respondeu, virando o rosto em minha direção com um olhar que misturava irritação e algo mais suave, quase vulnerável.

Ri baixinho, aproximando-me mais dela. “Você fica ainda mais linda quando está com ciúmes, sabia?

Ela bufou, mas vi um pequeno sorriso surgir nos lábios dela. Quando chegamos em casa, o emburramento ainda estava lá, mas eu sabia exatamente o que fazer para acalmar a fera. No momento em que fechei a porta, me aproximei e envolvi os braços ao redor do pescoço dela.

Deixa eu cuidar desse ciúme, então,” sussurrei em seu ouvido antes de beijar sua mandíbula.

Ela não resistiu por muito tempo. Como sempre, o jeitinho S/N de ser funcionou, e em pouco tempo, a tensão derreteu, deixando minha Thaísa dengosa e sorridente novamente. A noite se desenrolou em risadas, carinhos, e declarações sussurradas que sempre fazem meu coração bater mais forte.

Agora, enquanto a observo dormindo ao meu lado, um braço possessivo ainda segurando minha cintura, não consigo evitar pensar em como sou sortuda. Thaísa pode ser alta, musculosa e cheia de tatuagens, mas comigo ela é simplesmente uma dengosa que precisa de tanto amor quanto eu.

Me movi um pouco, ajustando-me em seus braços. Ela murmurou algo em seu sono, puxando-me para mais perto, como se mesmo inconsciente quisesse me proteger do mundo.

Acariciei seu rosto suavemente, traçando as linhas de sua mandíbula com meus dedos. “Eu te amo tanto, Thaísa,” sussurrei, mesmo sabendo que ela não poderia me ouvir.

Ela murmurou algo, se mexendo e abrindo os olhos apenas o suficiente para me ver sorrindo para ela.

"Eu ouvi," ela murmurou com a voz rouca de sono, um sorriso preguiçoso aparecendo no canto de seus lábios. "E eu te amo mais."

Eu ri, inclinando-me para beijar sua testa. "Isso é impossível, mas eu deixo você acreditar."

Ela me puxou para mais perto, abraçando-me com força, como se não quisesse que eu escapasse. "Sabe que você é minha, né?"

Sorri contra sua pele, fechando os olhos e me aconchegando em seus braços. "Sempre fui e sempre serei."

Adormeci novamente, envolta nos braços da mulher que eu amava mais do que tudo. Thaísa era minha casa, meu porto seguro, e não havia lugar no mundo em que eu preferisse estar do que ali, ao lado dela.

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