Trisal: Gabi Guimarães, Carolana e S/N

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Gabi e S/N G!P

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Eu estava sentada no balcão do bar, o lugar discreto que era conhecido por ser frequentado por pessoas famosas que buscavam anonimato. No entanto, para mim, isso não fazia diferença. A única coisa que eu conseguia pensar era no que havia visto ao voltar para casa. A imagem da minha esposa com outro homem em nossa cama ainda queimava em minha mente. Eu me sentia um tolo por ter confiado tanto nela, mesmo quando minha família manifestava sua desaprovação.

O bar parecia ser o único lugar onde a dor poderia ser um pouco abafada. O garçom, um homem com uma expressão compreensiva, sempre vinha até mim e preenchia meu copo sem palavras, como se sua compaixão pudesse fazer alguma diferença. Mas mesmo com o copo sempre cheio, o vazio dentro de mim parecia insaciável. A dor da traição e a vergonha de ter sido enganado me sufocavam, e eu me questionava se algum dia conseguiria encontrar um caminho de volta para mim mesmo.

O bar era um refúgio temporário, uma fuga das sombras que assombravam meu coração. Cada gole de bebida era uma tentativa de afogar a mágoa e a sensação de ter sido uma piada cruel nas mãos do destino. A noite avançava, e eu me via preso entre a esperança de que a dor diminuiria e o medo de que nunca encontraria um novo começo.

Eu estava sentada no balcão do bar, um local frequentado por celebridades em busca de discrição, mas o prestígio do lugar não me importava. O que me afligia era o que eu tinha acabado de descobrir: ao chegar em casa, encontrei minha esposa com outro homem na nossa cama. O choque e a repulsa eram palpáveis, misturados com a raiva de mim mesma por ter me entregado a alguém que nem minha família aceitava.

Agora, aqui estava eu, tentando afogar minha dor em doses repetidas de bebida. O garçom, um homem que parecia compreender a profundidade da minha angústia, preenchia meu copo com um olhar solidário, mas sua compaixão era insuficiente para curar a ferida. Cada gole que eu tomava parecia um esforço para submergir a tristeza crescente, mas, apesar dos esforços, a mágoa permanecia.

Sentada no bar, eu me via entre a esperança de que a bebida pudesse trazer algum alívio e o desespero de uma dor que parecia interminável. Enquanto o mundo lá fora continuava, eu me afundava no silêncio do meu sofrimento, tentando encontrar uma forma de seguir em frente e reconstruir o que havia sido destruído.

O amanhecer começava a iluminar o bar enquanto eu continuava a beber, buscando a inconsciência como um refúgio da dor. A bebida estava me vencendo, e eu mal conseguia ver o quanto havia pago quando pedi a conta. O valor se misturava com a embaçada visão, e eu deixei um montante suficiente no balcão, sem me preocupar com detalhes.

Ao me levantar, cambaleante, notei que o bar estava quase vazio. Apenas eu e duas mulheres em uma mesa, que pareciam me observar, mas eu não conseguia distinguir claramente. Cada vez mais, tudo ao meu redor se tornava um borrão indistinto.

Quando saí para fora, o frio da manhã me atingiu, e fiquei ali parado, sem saber para onde ir. A ideia de voltar para casa, onde encontraria o lembrete cruel da traição, me repelia. Ir para a casa dos meus pais também estava fora de questão, pois a última coisa que eu queria era enfrentar os sermões e olhares de reprovação.

O tempo que passei fora, lutando contra o peso da bebida e da tristeza, foi suficiente para que a inconsciência se apoderasse de mim. Sem forças para decidir qualquer coisa, eu me deixei cair na escuridão, desmaiando sob o céu da manhã, perdido entre a dor e a necessidade de escapar.

Quando acordei, minha cabeça parecia pesar toneladas. A dor latejava em minhas têmporas, e eu precisei de um momento para perceber onde estava. A cama em que eu estava deitada era absurdamente confortável, e ao olhar ao redor, percebi que o quarto era lindamente decorado, com um estilo sofisticado e acolhedor. Mas a pergunta que martelava na minha mente era: onde eu realmente estava?

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