Trisal: Carol Gattaz, Priscila Daroit e S/n

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Carol e Priscila G!P

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Hoje acordei com um vazio no peito, uma necessidade intensa de carinho. Não era como se eu fosse carente o tempo todo, mas hoje, especificamente, parecia que o mundo inteiro estava desabando sobre mim, e eu só queria um pouco de afeto. Pri e Carol são sempre tão carinhosas, tão presentes, que eu me acostumei a ter esse apoio delas. Mas hoje… hoje parecia que nada estava dando certo.

Pri estava concentrada no celular, provavelmente respondendo alguma mensagem do clube ou resolvendo alguma coisa de última hora. Carol, por outro lado, estava de pé na cozinha, esquentando algo no micro-ondas, mas com uma expressão de cansaço evidente. Eu sabia que elas tinham seus próprios problemas e preocupações, mas… eu precisava delas.

- Pri, você pode vir aqui? - chamei, com um tom de voz que mal consegui esconder o quanto estava querendo um abraço.

- Só um minuto, amor. Tô terminando isso aqui - respondeu ela, sem desviar o olhar da tela.

Suspirei, tentando não deixar a frustração transparecer. Eu sabia que Pri estava ocupada, mas isso não diminuía o quanto eu precisava dela naquele momento.

Carol percebeu meu desânimo e se aproximou, mas a maneira como ela se encostou na bancada, com os braços cruzados e um ar pensativo, me dizia que ela também estava com a cabeça em outro lugar.

- O que foi, S/N? - ela perguntou, mas o tom de voz dela era mais cansado do que preocupado.

- Eu só… queria um pouco de atenção - admiti, tentando não soar chateada, mas falhando miseravelmente.

- Eu sei, amor, mas a gente também tem coisas pra resolver. Não dá pra ficar o tempo todo só nisso - Carol disse, tentando ser gentil, mas suas palavras me acertaram como uma facada.

- Só nisso? - Minha voz saiu mais alta do que eu pretendia. - Eu só queria um pouco de carinho! É pedir muito?

Pri finalmente levantou os olhos do celular, percebendo que a situação estava esquentando.

- Calma, S/N. Não é isso que a Carol quis dizer - Pri tentou amenizar, mas já era tarde.

Eu já estava brava, e quando fico assim, é difícil me controlar.

- É sempre assim! Quando eu preciso, vocês estão ocupadas. Mas quando são vocês que precisam de mim, eu largo tudo!

Carol franziu a testa, claramente também ficando irritada.

- Não é verdade e você sabe disso! A gente tá sempre aqui por você, mas hoje foi um dia difícil pra gente também. Não dá pra ser só sobre você!

Essas palavras me atingiram em cheio. Era como se elas estivessem minimizando o que eu estava sentindo, como se meu pedido de carinho fosse algo egoísta. Não consegui evitar que meus olhos se enchessem de lágrimas.

- Eu não tô dizendo que não se importam, mas… - minha voz falhou, o nó na garganta apertando. - Eu só queria me sentir amada hoje. Só isso.

Pri se levantou e veio até mim, me puxando para um abraço apertado.

- Desculpa, S/N. A gente só tá cansada, mas isso não é desculpa. Você sabe que a gente te ama, né?

Carol, embora ainda parecesse irritada, se aproximou e me abraçou por trás.

- É, desculpa por ter dito aquilo. Foi rude da minha parte. A gente te ama, e vamos tentar ser mais atentas, tá?

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