Flávia Saraiva

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A noite da festa da empresa começou cheia de celebração e euforia. Eu, advogada, estava sendo parabenizada por todos os colegas por ter ganhado uma das maiores e mais complicadas causas do país. Era um momento de reconhecimento profissional, mas minha mente estava dividida. Hoje também era o dia de uma importante competição da minha namorada, Flávia Saraiva, uma das ginastas mais talentosas que conheço.

Enquanto a festa seguia, me deixei levar pela empolgação do momento, cumprimentando pessoas, participando de conversas e, claro, aceitando drinks que me eram oferecidos em celebração. O tempo parecia passar mais rápido do que eu percebia, e os efeitos do álcool começaram a tomar conta. Eu sabia que precisava sair logo para ver Flávia, mas a cada brinde e cada conversa, o tempo escapava.

Desde o início da festa, notei que uma estagiária, Luana, estava me olhando de uma maneira que me deixava desconfortável. Achei que talvez fosse só admiração pelo meu sucesso, então ignorei, tentando focar na festa e nos meus planos de sair a tempo.

Conforme a noite avançava, comecei a me sentir mais tonta e percebi que estava realmente bêbada. Decidi ir ao banheiro para tentar me recompor antes de sair. Quando entrei no banheiro, Luana entrou logo em seguida. Ela parecia nervosa, mas determinada.

Eu: "Luana? Você precisa de alguma coisa?"

Ela não respondeu de imediato. Em vez disso, se aproximou rapidamente, e antes que eu pudesse reagir, tentou me beijar. No último segundo, desviei o rosto, e a boca dela acabou encostando no meu pescoço. O pânico tomou conta de mim, e sem pensar duas vezes, sai correndo do banheiro, o coração disparado e a mente girando com o que acabara de acontecer.

Minha primeira reação foi pegar meu celular para ver as mensagens de Flávia. Eu havia prometido que estaria lá para vê-la competir, e o tempo estava correndo contra mim. Flávia havia me mandado várias mensagens perguntando onde eu estava e se conseguiria chegar a tempo.

Eu sabia que tinha perdido a hora, e uma sensação de culpa me atingiu em cheio. Sabia que Flávia contava com meu apoio, e eu estava a caminho de decepcioná-la por causa de uma festa e uma situação completamente inesperada. Chamei um táxi rapidamente e saí da festa, tentando recobrar a clareza enquanto o carro se dirigia ao ginásio.

Durante o trajeto, me forcei a esquecer o que havia acontecido no banheiro. Não queria contar para Flávia sobre Luana. Sabia que isso só a estressaria mais, e ela precisava estar focada em sua competição, não preocupada comigo.

Quando finalmente cheguei ao ginásio, a competição de Flávia já havia terminado. O lugar ainda estava cheio de pessoas celebrando e conversando, mas eu me sentia deslocada e cheia de culpa. Quando encontrei Flávia, a expressão dela era uma mistura de alívio por me ver e desapontamento por eu não ter chegado a tempo.

Eu: "Me desculpa, amor. Eu tentei chegar a tempo, mas... a festa se prolongou mais do que eu esperava."

Ela suspirou, claramente tentando esconder a decepção.

Flávia: "Tudo bem... eu entendo. Mas eu realmente queria que você estivesse aqui."

Eu a abracei, sentindo o peso do que havia acontecido. Enquanto a segurava, decidi que guardaria para mim o incidente com Luana. Não queria arriscar prejudicar a noite de Flávia com algo que, na minha mente, já estava resolvido. Prometi a mim mesma que evitaria situações como aquela no futuro.

Eu: "Eu sei que errei, e vou compensar isso, tá bom? Vamos para casa, e você me conta tudo sobre a competição."

Flávia concordou, e fomos para casa juntas.

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