Gabi Guimarães

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Trabalhar como segurança particular da capitã da seleção feminina de vôlei, Gabriela Guimarães, não era uma tarefa fácil. A pressão de garantir a segurança de uma figura pública tão importante exigia atenção constante e preparo físico e mental.

Sempre que Gabi aparecia em público, lá estava você, seguindo cada movimento dela, sempre atenta, mas nunca chamando atenção. Era parte do trabalho: ser invisível, mas estar pronta para agir a qualquer momento. Muitos esperavam que uma segurança fosse alguém imponente, com um corpo musculoso que intimidasse à primeira vista. Mas você era diferente. Treinou incansavelmente para desenvolver habilidades em todos os tipos de lutas, capaz de desarmar qualquer ameaça com rapidez e precisão. Sua força não vinha de músculos volumosos, mas de técnica apurada e estratégia.

Carregar uma arma, um "brinquedinho" como você gostava de chamar, era apenas uma última linha de defesa. Preferia resolver as situações de maneira silenciosa, usando o elemento surpresa a seu favor. E até agora, isso havia funcionado bem.

Gabi, ao contrário de muitos clientes famosos, respeitava e confiava no seu trabalho. Ela sabia que sua segurança estava nas mãos de alguém competente, o que fazia com que você sentisse uma responsabilidade ainda maior. Havia momentos em que você precisava ser mais do que apenas uma sombra silenciosa. Nas viagens e eventos, vocês acabavam passando bastante tempo juntas, e a linha entre profissionalismo e proximidade pessoal às vezes se tornava tênue.

Com o passar do tempo, você começou a perceber que o seu papel como segurança ia além do físico. Proteger Gabi também significava estar lá para ela emocionalmente, como uma presença constante e segura em meio ao caos de uma vida pública intensa.

Manter a linha entre profissionalismo e sentimentos estava se tornando uma tarefa quase impossível para você. Estar sempre perto de Gabi, cuidando da segurança dela em todos os momentos, fez com que seu coração acabasse se envolvendo de uma forma que você nunca tinha previsto. Morar na mesma casa que ela na Itália só piorava a situação. Você sabia que precisava manter tudo em segredo, para o bem dela e pelo seu próprio bem.

Você estava no quarto de hóspedes da nova casa de Gabi, tentando evitar o máximo de contato possível, respeitando o espaço e a privacidade dela. Naquele momento, você estava deitada na cama, vestindo apenas uma lingerie simples, já que Gabi havia mencionado que não sairia naquela noite. Estava distraída, mexendo no notebook, navegando por coisas aleatórias para passar o tempo e, quem sabe, esquecer por um momento a confusão de sentimentos que te invadia toda vez que pensava nela.

De repente, você ouviu a porta do quarto se abrir. Antes que pudesse reagir, Gabi entrou e, sem dizer uma palavra, se jogou na sua cama, ao seu lado. Seu coração disparou, e você tentou manter a calma.

Gabi, o que você está fazendo aqui?” você perguntou, tentando disfarçar o nervosismo na sua voz.

Gabi riu, virando-se de lado para te olhar. "Ué, não posso visitar minha segurança particular no quarto de hóspedes?" ela respondeu com um sorriso brincalhão, mas você percebeu um tom de cansaço em sua voz.

Você tentou não demonstrar a aceleração do seu coração ao sentir a proximidade dela. "Claro, mas... eu pensei que você quisesse descansar um pouco, ficar sozinha," você respondeu, tentando soar casual.

"Eu estava sozinha no meu quarto, e isso só me deixou mais ansiosa," Gabi admitiu, suspirando. "Você não se importa, né? Só queria conversar um pouco, esquecer um pouco das coisas."

Você engoliu seco, tentando ignorar a sensação da pele dela tão próxima à sua. "Não me importo, Gabi... só me pegou de surpresa."

Ela riu de novo, dessa vez mais suavemente, e apoiou a cabeça no travesseiro, olhando para o teto. "Você sempre cuida tanto de mim, S/N. Às vezes, parece que é a única pessoa que realmente me entende."

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