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Você estava se sentindo estranha desde o início da manhã, mas tentou ignorar. Ser uma jogadora de vôlei profissional significava lidar com desconfortos físicos o tempo todo, então você achou que poderia superar essa sensação de cansaço e a leve dor de cabeça. Mas, à medida que o dia avançava, começou a perceber que o problema era maior do que imaginava. Mesmo assim, sua timidez fez com que decidisse não incomodar ninguém, especialmente Flávia, sua namorada.
Você sempre foi reservada, especialmente quando se tratava de demonstrar vulnerabilidade. Com 1,95m de altura e uma aparência forte e musculosa, a última coisa que queria era parecer frágil. Além disso, Flávia estava ocupada com os treinos de ginástica, e você não queria preocupá-la.
Porém, ao longo do dia, sua condição só piorou. A febre começou a subir, o corpo começou a doer, e você mal conseguia manter os olhos abertos. Quando finalmente chegou em casa, tudo o que conseguiu fazer foi se jogar na cama e se enfiar debaixo das cobertas, esperando que o mal-estar passasse. Não respondeu às mensagens de Flávia, algo incomum, mas que simplesmente não conseguiu evitar.
Enquanto isso, Flávia estranhou a falta de resposta. Vocês sempre mantinham contato ao longo do dia, e o silêncio de S/N era preocupante. Após várias tentativas frustradas de obter uma resposta, Flávia decidiu ir até seu apartamento para ver o que estava acontecendo. Ela não demorou a chegar, já que conhecia bem o caminho e tinha uma chave sua.
Quando Flávia entrou no apartamento, ficou em silêncio por um momento, ouvindo. Tudo estava quieto, e isso só aumentou sua preocupação. Ela caminhou até o quarto e abriu a porta com cuidado, encontrando você deitada na cama, completamente enrolada nas cobertas.
"Amor?" Flávia chamou suavemente, mas você apenas gemeu em resposta, sem energia para dizer qualquer coisa.
Ela se aproximou, tocando sua testa com a mão. "Você tá queimando de febre!" disse, com a voz cheia de preocupação. "Por que não me disse que estava doente?"
"Não... não queria te incomodar..." você murmurou, a voz fraca.
"Incomodar?!" Flávia exclamou, balançando a cabeça. "Você nunca vai me incomodar com isso, S/N. Eu tô aqui pra cuidar de você."
Flávia rapidamente entrou em modo de cuidadora. Ela foi buscar um termômetro e confirmou que a febre estava alta. Em seguida, trouxe água e insistiu que você tomasse alguns goles, antes de ir à cozinha preparar algo para ajudar a baixar a febre e aliviar o mal-estar.
Quando voltou ao quarto, com um chá calmante e um pano úmido para colocar em sua testa, Flávia sentou-se ao seu lado na cama. "Eu trouxe chá," disse suavemente. "Vai te ajudar a se sentir um pouco melhor."
Você tomou alguns goles do chá, agradecida, mas ainda se sentindo fraca e exausta. Flávia, percebendo seu desconforto, deitou-se ao seu lado, puxando você para mais perto. "Eu tô aqui, tá?" ela sussurrou, acariciando seus cabelos com uma das mãos e segurando sua mão com a outra.
"Desculpa," você murmurou, a voz embargada. "Eu não queria que você se preocupasse."
"Não tem por que se desculpar," Flávia respondeu, apertando sua mão suavemente. "Eu me preocupo porque te amo, e quero que você fique bem. Na próxima vez, só me avisa, tá bom?"
Você assentiu, sentindo-se culpada por não ter dito nada antes. "Tá bom... eu prometo."
Flávia sorriu, dando um beijo suave na sua testa. "Agora, só descanse. Eu vou ficar aqui com você até você melhorar."