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Era o meu primeiro dia na nova escola e eu estava nervosa. Tudo parecia estranho e intimidante. No intervalo, enquanto caminhava para o refeitório, tropecei e quase caí, mas senti uma mão firme me segurar.
— Cuidado! Você está bem? — uma voz suave perguntou.
Olhei para cima e vi uma garota de cabelo curto e espetado com olhos dourados. Ela tinha um sorriso tranquilizador.
— Sim, obrigada. Eu sou a (Seu Nome). E você?
— Alice. Alice Cullen. — ela respondeu, ainda sorrindo.
Nos dias seguintes, Alice estava sempre por perto. Ela me ajudava com os livros, me guiava pelos corredores e me dava dicas sobre a escola. Sua presença constante era reconfortante, mas também intrigante.
Uma vez, durante o almoço, um grupo de alunos começou a me intimidar. Antes que eu pudesse reagir, Alice apareceu do nada.
— Algum problema aqui? — ela perguntou, sua voz calma mas firme.
Os alunos se afastaram rapidamente, murmurando desculpas. Eu fiquei impressionada com a facilidade com que ela lidou com a situação.
— Como você sempre sabe quando estou em apuros? — perguntei, quando nos sentamos.
Alice sorriu enigmaticamente.
— Eu tenho meus jeitos. — ela disse, piscando.
Com o tempo, Alice e eu nos tornamos inseparáveis. Ainda assim, havia um mistério em torno dela que eu não conseguia ignorar. Certo dia, depois da aula, enquanto conversávamos no bosque próximo à escola, decidi confrontá-la novamente.
— Alice, posso te perguntar algo? — perguntei, tentando soar casual, mas minha curiosidade estava evidente.
— Claro, (Seu Nome). — ela respondeu, olhando para mim com seus olhos brilhantes.
— Por que você sempre sabe quando estou em apuros? E por que você nunca come nada na escola? — eu perguntei, a coragem finalmente tomando conta de mim.
Ela suspirou, olhando para o céu por um momento antes de fixar os olhos em mim novamente.
— Você é muito observadora. — ela disse com um leve sorriso. — Acho que está na hora de te contar a verdade.
Eu a observei, esperando ansiosamente.
— Eu sou diferente, (Seu Nome). Muito diferente. — ela começou. — Eu sou uma vampira.
Eu pisquei, tentando processar suas palavras.
— Uma vampira? Como assim? — perguntei, incrédula.
— Sei que parece loucura, mas é a verdade. — ela respondeu calmamente. — Sou uma vampira há mais de um século. Minha família e eu escolhemos viver entre humanos e não nos alimentamos de sangue humano.
Eu fiquei em silêncio, tentando absorver a informação. Parte de mim queria rir, mas outra parte sabia que ela estava dizendo a verdade. Tudo fazia sentido: sua força, sua rapidez, a forma como ela sempre sabia o que iria acontecer.
— E você sempre soube sobre mim? — perguntei, a voz trêmula.
— Tenho um dom. Posso ver o futuro. É assim que sempre sei quando você precisa de ajuda. — ela explicou.
— Isso é... muito para processar. — eu admiti, sentindo-me tonta.
Alice pegou minha mão, o toque dela era frio, mas reconfortante.
— Eu entendo. E não espero que você aceite tudo de imediato. Só quero que você saiba que eu nunca te faria mal. Eu te protejo porque você é importante para mim.
Eu olhei para ela, vendo a sinceridade em seus olhos. Sabia que podia confiar nela, apesar de tudo.
— Eu acredito em você, Alice. E agradeço por confiar em mim com a verdade. — disse finalmente.
Ela sorriu, aliviada.
— Obrigada, (Seu Nome). Isso significa muito para mim.
A partir daquele dia, nossa amizade ficou ainda mais forte. Eu me acostumei com a ideia de Alice ser uma vampira e aceitei que, mesmo sendo diferente, ela era a melhor amiga que eu poderia ter.
Certa tarde, após a escola, Alice me levou de volta ao bosque onde ela havia revelado sua verdadeira natureza. Havia algo diferente no ar, uma espécie de tensão nervosa misturada com uma sensação de expectativa.
— (Seu Nome), tem algo mais que preciso te contar. — ela disse, parando em uma clareira banhada pela luz do sol que se filtrava entre as árvores.
— Mais segredos? — perguntei, tentando manter o tom leve, mas sentindo o coração acelerar.
Alice respirou fundo, como se reunindo coragem.
— Lembra quando te contei que posso ver o futuro? — ela começou. Eu assenti. — Bem, meus dons não são perfeitos, mas há coisas que eu vejo com clareza. E uma dessas coisas é sobre nós.
— Sobre nós? — repeti, confusa.
Ela sorriu, seu olhar suave mas sério.
— (Seu Nome), eu vejo que estamos destinadas a ficar juntas. — ela disse finalmente, observando atentamente minha reação.
Fiquei em silêncio por um momento, tentando absorver suas palavras. Destinadas a ficar juntas? O que isso significava para nós?
— Como assim, juntas? — perguntei, minha voz quase um sussurro.
— Não apenas como amigas. — Alice explicou, segurando minhas mãos nas dela. — Eu vejo que você e eu estamos destinadas a nos amar, a cuidar uma da outra. É algo que sempre senti, mas minhas visões confirmaram isso.
Meu coração batia forte. Parte de mim estava em choque, mas outra parte sentia um alívio e uma felicidade indescritível. Sempre houve algo especial entre nós, algo que eu nunca soube explicar.
— Eu sempre senti que havia algo mais entre nós, mas tinha medo de admitir. — confessei, olhando nos olhos dela.
Alice sorriu, um brilho nos olhos.
— Eu também. Mas não precisamos mais ter medo. Podemos aceitar o que sentimos.
De repente, todo o medo e a dúvida desapareceram. Puxei Alice para um abraço apertado, sentindo uma onda de emoções me envolver.
— Estou feliz que você me contou. — disse suavemente. — Estou pronta para isso, para nós.
Ela me segurou com firmeza, seu toque frio mas reconfortante.
— Eu também, (Seu Nome). Juntas, podemos enfrentar qualquer coisa.
A partir daquele momento, nossa relação mudou. Alice e eu nos tornamos mais do que amigas, mais do que confidentes. Nos tornamos parceiras, unidas não apenas pelo destino, mas pelo amor que compartilhávamos. E, com o tempo, descobri que o amor dela era algo raro e precioso, algo que eu nunca queria perder.
Juntas, enfrentamos desafios e vitórias, sempre lado a lado. Nossa conexão fortaleceu não só a nós, mas também aqueles ao nosso redor, mostrando que o verdadeiro amor e amizade são forças invencíveis.
Assim, com Alice ao meu lado, descobri que estava destinada a viver uma vida cheia de aventuras e amor, algo que só se tornou possível graças à nossa coragem de nos abrir e aceitar nosso destino juntas.
