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Era um final de tarde tranquilo quando ouvi um estrondo horrível vindo da rua em frente à minha casa. Corri para fora, meu coração batendo forte no peito. Ao chegar à cena, vi um carro virado de lado, com fumaça saindo do motor. Aproximando-me com cuidado, percebi que a motorista ainda estava consciente, mas presa no cinto de segurança. Eu não conseguia ver claramente quem era, mas sabia que precisava agir rápido.
— Ei, você está bem? — perguntei, tentando manter a calma. — Vou tirar você daí, aguente firme!
A motorista me olhou com olhos arregalados, visivelmente assustada, mas assentiu. Rapidamente, consegui abrir a porta amassada do carro e, com algum esforço, soltei o cinto de segurança que a mantinha presa. Com muito cuidado, a puxei para fora, afastando-nos do carro que começava a pegar fogo. Uma vez a uma distância segura, deitei-a no chão, verificando se estava machucada.
— Você está bem? — perguntei novamente, a voz trêmula.
— Acho que sim. Obrigada. Você me salvou.
— Só fiz o que qualquer pessoa faria — respondi humildemente, sem realmente reconhecer a mulher à minha frente.
Poucos minutos depois, os paramédicos e a polícia chegaram, cuidando dela e verificando a cena do acidente. Eu fiquei por perto, ansiosa, enquanto ela era examinada.
Mais tarde naquela noite, recebi uma mensagem de um número desconhecido.
"Olá, aqui é Scarlett. Obrigada por me salvar hoje. Gostaria de te convidar para jantar, como forma de agradecimento. Aceita?"
Fiquei surpresa. Quem era essa Scarlett? Não fazia ideia, mas ela parecia muito grata e não quis recusar o convite. Respondi rapidamente, aceitando.
Na noite seguinte, me encontrei com Scarlett em um restaurante elegante. Ela me recebeu com um sorriso caloroso, agora com aparência tranquila e recuperada.
— Olá! Obrigada por vir — disse ela, abraçando-me.
— Claro, é um prazer — respondi, ainda um pouco nervosa. — E... desculpe, mas não estou lembrada. De onde nos conhecemos?
Ela riu, um som melodioso e relaxante.
— Não se preocupe. Eu sou Scarlett Johansson. Sou atriz.
Meu rosto ficou em branco por um momento. Não era uma grande fã de cinema e não assistia muitos filmes.
— Ah, entendi. Desculpe, eu não sou muito ligada em filmes — respondi honestamente.
A expressão dela mudou, um misto de surpresa e diversão.
— Sério? Isso é... refrescante. Acho que nunca conheci alguém que não soubesse quem eu era.
Sentamos e começamos a conversar. A curiosidade de Scarlett sobre minha vida foi imediata, e ela parecia genuinamente interessada em saber mais sobre mim.
— Então, o que você faz da vida? — perguntou, seus olhos brilhando de curiosidade.
— Trabalho com design gráfico. Adoro criar e desenhar coisas novas — respondi, um pouco envergonhada.
— Isso é incrível! — Ela sorriu. — Sempre admirei pessoas criativas.
O jantar seguiu de forma maravilhosa, com risadas e uma conexão surpreendente. Scarlett era mais do que apenas uma estrela de cinema; ela era uma pessoa genuína, simpática e incrivelmente interessante. E ela parecia intrigada pelo fato de eu não conhecê-la de antemão.