Martyna Lukasik

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Eu sou S/N Andrade, bailarina e apaixonada por esportes. Tenho 27 anos e, apesar de sempre ter me interessado por voleibol, nunca imaginei que um dia me envolveria romanticamente com uma jogadora, muito menos com uma mulher. Mas foi exatamente isso que aconteceu quando conheci Martyna Łukasik, a talentosa jogadora de vôlei da seleção polonesa.

Nos conhecemos durante a VNL, um campeonato de alto nível onde as melhores seleções de voleibol do mundo se enfrentam. Eu estava na arquibancada, como sempre, torcendo fervorosamente para as meninas do Brasil. Gritava tanto que a minha voz quase desapareceu, mas isso não me impediu de continuar incentivando a equipe. A emoção do jogo era intensa, e eu estava completamente envolvida na partida.

Durante um dos sets, enquanto as jogadoras brasileiras pontuavam, notei que uma das atletas do banco de reservas da Polônia me olhava. Ela era loira, alta, com olhos que pareciam brilhar. Quando nossos olhares se cruzaram, ela sorriu para mim. Martyna Łukasik. Eu fiquei instantaneamente encantada, mas havia um detalhe que me pegou de surpresa: nunca havia sentido algo assim por uma mulher. E, sinceramente, nunca havia considerado essa possibilidade antes. Mas Martyna me chamou a atenção de uma forma que eu não conseguia ignorar.

Assim que o jogo acabou, e o Brasil saiu vitorioso, aproveitei a oportunidade para tentar me aproximar dela. Enquanto as polonesas caminhavam em direção ao vestiário, criei coragem e pedi uma foto com Martyna. Ela olhou para mim, sorriu novamente, e concordou. Meu coração batia acelerado. Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, mas sabia que precisava descobrir.

"Can I take a picture with you?" — perguntei em inglês, tentando esconder o nervosismo na minha voz.

"Of course!" — ela respondeu com um sorriso doce, se aproximando para a foto.

Depois da foto, agradeci e ela continuou seu caminho para o vestiário, mas eu sentia que aquele breve momento não poderia ser o fim. No fundo, algo me dizia que havia mais entre nós, mesmo que eu não entendesse completamente o que era.

Nos dias seguintes, não consegui parar de pensar nela. Martyna estava sempre na minha mente, e isso começou a me confundir. Nunca havia me interessado por mulheres antes, mas algo nela era diferente. Decidi arriscar e a segui no Instagram. Pouco tempo depois, ela me seguiu de volta e mandou uma mensagem.

"It was nice meeting you at the game. You're a big fan of Brazil, huh?" (Foi legal te conhecer no jogo. Você é uma grande fã do Brasil, né?)

Eu ri ao ler a mensagem. Era óbvio que minha paixão pelo voleibol brasileiro havia chamado a atenção dela.

"Yeah, I love the team. But you played really well too." (Sim, eu amo o time. Mas você jogou muito bem também.)

"Thank you! Maybe we can talk more sometime?" (Obrigada! Talvez possamos conversar mais algum dia?)

Meu coração deu um salto ao ler aquilo. Ela queria manter contato! Sem pensar muito, concordei.

"I'd love that." (Eu adoraria.)

A partir daí, começamos a conversar com frequência. Falávamos sobre nossas vidas, nossas carreiras e, eventualmente, sobre o que estava acontecendo entre nós. Martyna era divertida, inteligente, e cada conversa nos aproximava mais. Comecei a perceber que, talvez, esse sentimento que estava nascendo era mais do que uma simples curiosidade.

Um dia, durante uma dessas conversas, Martyna foi mais direta.

"I can't stop thinking about you. There's something about you that I really like." (Eu não consigo parar de pensar em você. Tem algo em você que eu realmente gosto.)

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