Desejo oculto

Capítulo 96

Boa leitura

Paulo

Suyane me conta que falou para a Gloria que está grávida de mim mesmo sendo mentira. Eu expulso ela da minha casa e corro para a casa da Gloria, chego lá não consigo entrar, passa 2 dias Padilha me libera na portaria chego na porta, entro na casa subo as escadas e então eu paraliso quando ouço ela gemer, abro a porta e a vejo de quatro na cama e aquele moleque atrás dela a comendo sem dó dizendo que minha mulher agora é dele. Começo a chorar e a agonia toma conta do meu corpo, começo a tremer e chorar sem parar, não acredito no que estou vendo minha mulher, a mulher que amo se entregando desse jeito para outro. Avanço sobre ele querendo o matar de ódio, estou com nojo dela. Deixo ele no chão e desço as escadas, ela vem atrás e digo que não a quero mais com o coração em pedaços, nunca senti uma dor assim antes quero gritar. Conto para ela sobre a mentira da Suyane e saio em alta velocidade pela cidade desviando dos carros quando de repente ouço uma buzina junto com a pancada na cabeça e tudo fica preto

Gloria

Depois dele ter acordado e a enfermeira ter medicado ele novamente veio a troca de turno com o José. Eu fui embora com o coração apertado querendo muito ficar mas não podia temos um trato e aquele dia seria o dia dele

Dia seguinte

Agora estou aqui novamente com o José no quarto, ele me disse que ele dormiu tranquilo não acordou e que iria acordar a qualquer momento, fico feliz quero está quando ele acordar, estamos conversando até o horário de visita acabar e ouvimos os monitores apitar, nós dois olhamos e o Paulo começa a se mexer na cama

- Amor ?

- Filho ?

Corremos até ele e ele se debate fazendo expressão de choro, meu coração acelera ele parece está sonhando com algo ruim, ele sussurra coisas que não dá para entender direito mas consigo entender algumas coisas

- mentira.. sai ~ ele diz e continua

- Oque está acontecendo ?

A enfermeira Maria entra e junto com ela vem o doutor

- Não sabemos estava tudo tranquilo e ele começou a se debater ~ respondo ofegante

O médico verifica o monitor os olhos dele

- Doutor oque está acontecendo com meu menino ? ~ José pergunta preocupado

   
- Aparentemente ele está sonhando ou lembrando de algo antes do acidente mas não consigo dizer ao certo oque é, a pressão está subindo e os batimentos também. Mas ele vai ficar bem ~ ele diz analisando o Paulo

Ele para um pouco mas seu corpo começa a tremer e vejo lágrimas escorrer dos seus olhos meu coração acelera. Ele volta a sussurra novamente mas dessa vez com mais clareza "Gloria, não.." me arrepio começando a chorar porque sei exatamente oque ele está lembrando. Ele para de tremer mas as lágrimas continua descendo dos seus olhos sem parar, ele sussurrando coisas sem contexto que não conseguimos entender muito bem apenas algumas palavras como "Minha Mulher".. "porque?" mas essas palavras são o suficiente para me fazer cair em prantos, ele está vivendo a hora que me pegou na cama com o Thiago tudo de novo, não..

- Vou busca um tranquilizante ~ a enfermeira diz indo em direção a porta

Mas o médico a impede

- Não precisa, tenho aqui mas não vamos usar ele vai acordar e precisamos ver como ele está, ele deve está se lembrando de algo e isso é importante!

Ele para de se debater e de chorar, ficamos olhando e ele puxa o ar com mais força, começa a mexer as mãos e abrir os olhos aos poucos piscando devagar se acostumando com a luz, abre os olhos verdes e olha ao redor vendo o ambiente, ele olha para o médico e para a enfermeira, vê o pai do lado e fixa os olhos em mim. Ele fica me olhando sem expressão nenhuma e um arrepio atinge meu corpo

- Paulo ? ~ O doutor fala e ele olha para o médico

- Consegue me responder ?

- Sim..

Ele diz com a voz fraca tentando falar com mais firmeza

- Está com dor ?

- Não, só sinto muita fraqueza!

- Normal

- Ah quanto tempo estou dormindo ?

- 1 mês e 25 dias, vc teve vários ferimentos mas sua recuperação foi muito boa. Vc se lembra doque aconteceu ?

O médico pergunta e os olhos dele se enchem d'água e eu volto a chorar silenciosamente. Ele me olha e as lágrimas escorrem pelo seu rosto

- Sim... oque vc está fazendo aqui ~ ele pergunta seco

- Amor.... ~ falo chegando mais perto

A máquina apita mostrando os batimentos dele aumentando

- Não me chama assim e sai daqui. ~ ele diz com raiva com a voz mais firme

Eu me afasto sem conseguir parar de chorar

- Filho oque é isso ? Porque está falando assim com ela ? Não seja ingrato ela salvou sua vida. ~ pai dele diz o repreendendo

Mas ele não sabe oque realmente aconteceu

- Ela desgraçou minha vida, não quero ela aqui, então sai AGORA.. AI ~ ele fala mais alto nervoso

O que eu mais temia aconteceu, ele realmente não me perdoou e eu entendo

- Paulo preciso que se acalme, respira...

O médico diz preparando algum remédio e infetando na veia dele

- SAAIII, sai daqui...

Ele diz para mim chorando com a respiração forte, agitado começa a tossir e eu entro em desespero

- Tudo bem, eu vou... mas fica calmo, vc acabou de acordar. Estou indo embora

Digo pegando minhas coisas e saio da sala aos prantos. Chego no final do corredor paro e me encosto na parede deixando minhas coisas cair, vou arrastando pela parede até sentar no chão

- Gloria ?? Querida...

O pai dele vem correndo na minha direção e me abraça, eu choro mais ainda sem saber oque fazer

- Ele nunca vai me perdoar... Eu o perdi de verdade

Ele faz um carinho nas minhas costas enquanto eu choro

- Eu não sei oque aconteceu mas eu sei que ele te ama, conheço meu menino e sei que ele nunca amou alguém de verdade como ama vc, então deixa o tempo colocar as peças no lugar e tenha paciência minha filha, tenha paciência com ele.

Ficamos alguns minutos ali até eu me acalmar, ele me ajuda com as coisas e vamos para o estacionamento, me fala que o médico deu um tranquilizante para ele e agora está dormindo. Diz que vai ficar tudo bem e volta para dentro do hospital, vou para casa e estou sozinha hoje, subo para meu quarto me jogando na cama, choro até pegar no sono

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