Paulo Rocha e Gloria Pires começam a gravar uma novela juntos "terra e paixão" e ao longo do tempo que passam juntos surge uma paixão avassaladora no coração deles.
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Boa leitura
Paulo
— Gloria, o que está fazendo? — pergunto, confuso.
Minha respiração falha estamos sozinhos nesse corredor, já é tarde, e somos os únicos no prédio, além do pessoal da terapia.
— Eu sei que é errado, mas não aguento mais, Paulo... Eu preciso de você. Não suporto viver só de lembranças — diz, rendida.
— Lembranças? — repito, parando no mesmo instante.
Olho para ela, pego de surpresa. Eu jurava que ela não se lembrava. Gloria sempre foi fraca para bebidas, e saber que, na verdade, ela lembra de tudo só me faz sentir mais raiva.
— Então você nunca esqueceu? Sempre soube? Me mandou embora e me tratou como um cachorro porque quis? — questiono, exaltado.
— Não foi bem assim, Paulo... Eu estava com medo, confusa. Tudo aconteceu tão rápido! Eu sou casada, você também. A gente vivia se provocando, mas nunca passava disso... Até que, de repente, fizemos aquela loucura.
Vejo que ela está sendo sincera, mas isso não diminui minha humilhação.
— Você tem noção de como eu me senti? Eu achei que tinha me aproveitado de você, que tinha feito algo errado!
— Eu imagino... e quero te pedir desculpas. Nunca quis te machucar ou te humilhar, essa nunca foi minha intenção — diz ela, baixando o tom.
Ela segura meu rosto e eu ainda a mantenho no colo. Seu olhar encontra o meu, depois desce até minha boca. Com o polegar, desliza pelos meus lábios. E ali, com ela nos meus braços, eu a beijo sua boca é quente, e quando sugo seus lábios e os mordo de leve, ela retribui, pedindo passagem com a língua eu cedo de imediato.
Caminho com ela até um corredor menor, onde a encosto contra a parede e continuo o beijo. Ela desliza os lábios pelo meu pescoço, suas mãos me apertam, me puxam mais para perto.
— Gloria... — murmuro, ofegante.
— Não fala nada. Só me beija.
Ela me beija com um desejo incontrolável. Mas, de repente, meu celular toca. Me afasto, respirando pesado.
— Aqui, não. Vou te levar para a enfermaria e esperar com você lá.
Ela me olha com um pouco de raiva nos olhos, mas sabe que estou certo.
— Tudo bem! — exclama, sem nunca perder a razão.
Gloria
Paulo me leva até a enfermaria. Enquanto a enfermeira me avalia, o celular dele toca novamente. Ele sai para atender, tenho certeza de que é a Juliana.
Não quero que o Orlando venha e encontre o Paulo aqui, então ligo para o Padilha vir me buscar. Quando Paulo volta, a enfermeira sai do quarto, nos deixando a sós.