Capítulo 28

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Já lá vão duas semanas à caminho de três que não falo, não olho, não respiro o mesmo ar que o Zarid. Em compensação a namorada dele tem prestado a atenção dela em mim, mesmo sem eu saber porquê, já pensei até em chamar-lhe e perguntar o que há de errado, mas não quero nem chegar perto dessa miúda.

Eu e o Jared temos nos dado bem e nos aproximado muito. Eu sei bem o que ele quer de mim, mas eu não dou porque eu não quero ser a bitch que estragou a amizade dos meninos. Nós nos damos bem como amigos e eu prefiro que continuemos assim apesar de ele querer outras coisas. Recebo um monte de mensagens do Zarid a querer saber sobre o que acontecido comigo e às vezes até me chama de puta indirectamente, mas eu apenas ignoro-o.

Meu telemóvel chama, pego nele e atendo.
- Hey, estás bem? - A voz rouca do Jared me deixa com um sorriso no rosto.
- Sim, obrigada. E você? - Retribuo a gentileza.
- Eu estou óptimo. Então, a que horas vens? - Ele pergunta. Eu me tinha completamente esquecido que nós havíamos marcado alguma coisa.
-Eu... bem..
- Esqueceste não foi? - Ele desmascara-me.
- Com certeza, mas eu peço desculpas.
- Não faz mal, se ainda quiseres vir avisa-me apenas as horas.
- Eu venho daqui a uma hora ou uma hora e trinta minutos.
- Está bem ficarei a espera, o endereço eu já enviei por mensagem.
- Okay, vou já me preparar. - Aviso-lhe e desligo o telemóvel em seguida.

Levanto-me da cama e vou até o banheiro. Faço a minha higiene pessoal e depois vou até o chuveiro, tomo um banho bem rápido e saio. Vou para o meu closet e pego uma roupa bem simples, eu costumava ser fancy em Los Angeles, mas aqui já nem me importo assim tanto. Retiro uma calça jeans azul, uma blusa branca meio transparente, um casaco branco de malha, e calço umas sandálias brancas. Pego o meu fato de banho branco e preto (bikini) e coloco na pasta. Endireito o meu cabelo e desço.

- Aonde é que vais? - A voz grave do meu pai se faz ouvir pela sala. Ele se aproxima e dou - lhe um beijo no rosto.
- Vou sair. - Respondo.
- Vais aonde? - Ele volta a perguntar.
- Vou à casa de um amigo. - Ele olha-me de lado e um pouco surpreso, porque ele sabe que desde que viemos eu não faço amigos.
- Amigo? - Ele continua com o olhar suspeito.
- Sim, apenas amigo. Posso ir? - Pergunto.
- Podes sim, mas desde que leves dois 2 seguranças e o motorista. - Ele diz.
- Mas papá... - Falo indignada e ele me corta.
- Se não levar, não sai. - Ele avisa.
- Okay. - Me rendo, porque eu sei que se abrir a boca para argumentar eu não sairei daqui hoje.

Fui para o carro com o motorista, enquanto os seguranças estavam em outro carro atrás de nós. Sabe qual é a coisa que mais me deixa irritada?! É saber que eu não preciso disso tudo para sobreviver, mas meu pai me trata como se estivesse ainda dentro de um casulo, sempre foi assim. Minha mãe é que sabia dizer chega, se eu tento dizer chega é falta de respeito. Se para ir à casa do Jared preciso ser escoltada, imagina se ele descobrisse que ando de autocarro (ônibus) eu seria uma rapariga morta.

Chego na porta da casa do Jared e peço para que ele saia para me buscar. Depois de uns 5 minutos ele aparece de calções e sem camisola na porta, meus olhos não conseguem desviar daquele corpo quase perfeito e bem tatuado. Desço do carro e os seguranças no carro de trás fazem o mesmo. O Jared vem até mim e me abraça.

- Oi! Desculpa, mas sem eles meu pai não me deixava sair de casa. - Explico para o Jared a minha situação. Ele se ri e consente com a cabeça. Fomos entrando abraçados, enquanto os seguranças vinham atrás de nós. Ele levou-me para um dos quartos para que pudesse colocar o meu fato de banho (bikini). Troquei-me rápido e fui ao encontro dele até a piscina. Enquanto eu andava, seus olhos não saiam de cima de mim, ou seja do meu corpo.

NURDOnde histórias criam vida. Descubra agora