Logo que parei o carro no jardim de casa, desci e fechei a porta do mesmo. Comecei a andar até me aperceber que a Kenya continuava no carro, com cara de poucos amigos. Será que ela não via que estava tão cansado para aquelas merdas? Voltei até o carro e abri a porta rudemente.
- É possível desceres? - Perguntei com uma voz rouca devido o cansaço.
- Não, eu quero ir para a minha casa. - Ela disse.- Kenya, por favor desce da porcaria do carro. - Peço sem muita paciência.
- Eu até desço, desde que a porcaria do carro pare em frente a minha casa. - A Kenya me tira completamente do sério.
- Agora não vai dar, eu estou cansado preciso tomar banho e descansar, depois disso eu te levo.- Não, peça a alguém para me levar agora!
- Não vai dar, o Álvaro não está. Se não quiseres esperar, que te vás embora de táxi. - Falo sem paciência.- Comigo até falas assim, mas se fosse com qualquer outra já terias levado. - Ela diz e desce do carro fechando a porta com força.
- Não é nada disso, eu já te expliquei mas acontece que você me está a tirar do sério porra! - Ela apressa os passos do jardim até a casa e eu vou andando atrás dela. Do jeito que ela está nervosa já sei que vai aprontar.
Logo que chegamos na sala a Kenya começou a subir as escadas sem me dirigir palavra, eu chamava-lhe e ela não respondia, de repente atirou os livros para o chão, enquanto subia as escadas. Depois atirou a mochila, logo que vi-lhe a abrir a camisa gritei para ela parar, só sei que ela tirou o sutiã sem tirar a camisa e atirou-o ao chão tal como as outras coisas. De repente ela se baixa e começa a tirar as meias de vidro.
- KENYA! - Gritei e ela continuou a subir a ignorar-me. - Se um dos empregados ver-te a fazer essas merdas juro que nós vamos ter problemas. - Mal acabei de falar senti algo embater no meu rosto, coloquei a mão para ver o que era e prontos era a calcinha daquela louca. Subi rápidos os degraus para encontrá-la, mas estúpida apressou completamente os passos e entrou quarto.
Entro no quarto e vejo-lhe jogada na cama sem a saia apenas com a camisa, nem devia me questionar se ela tinha roupa interior, porque estava tudo nas minhas mãos. Eu estava completamente cansado e com raiva ao mesmo tempo, e era tudo o que eu naquele momento não queria sentir, mas ela provocava-me e era escusado alguém vir ter comigo e dizer calma, eu não ia ter. Tentei me acalmar um pouco, atirei tudo para o chão do quarto até a minha mochila, descalcei as minhas Air Jordan, tirei a t-shirt do equipamento e fui para o banheiro.
Atirei os calções e as boxers para o cesto e fui para debaixo do chuveiro por uns 10 minutos, depois de estar um pouco mais calmo, peguei no meu roupão bege com barras douradas e vesti. Voltei para o quarto e ela continuava deitada na cama do mesmo jeito, mas dessa vez ela com a cabeça virada para a porta, eu não conseguia ver o rosto dela, eu não lhe queria incomodar mas também não me queria estressar.
Sentei-me na cama e chamei por ela duas vezes, ela continuou calada e sem se movimentar, respirei fundo para não ser rude com ela outra vez e voltei a chamar-lhe.
- Podes ao menos responder Kenya? - Perguntei num tom pacífico. Ela continuou calada e no mesmo lugar, por um momento quis gritar com ela, mas apenas levantei da cama e fui para o lado em que ela estava a olhar. Logo que viu os meus pés, escondeu a cabeça entre os lençóis simplesmente deixei sair a primeira coisa que me veio na cabeça, sem eu ter certeza.
- Kenya! Para de chorar. - Ela limpa o rosto e olha para mim. Sento-me na cama ao lado do corpo dela. Eu não lhe tinha visto a chorar, nem ouvi nada vindo dela, mas algo em mim me dizia que ela estava a chorar e que a culpa era minha. Depois de um bom tempo, ela sentou-se na cama e encostou a cabeça e as costas na cabeceira da cama. - Estou à espera que você minta para mim e me diz que não estava a chorar. - Digo para ela.
- Eu não vou fazer isso. - Ela diz completamente séria.
- E porquê? - Pergunto-lhe e vejo ela baixar a sua cabeça.
- Porque eu estou farta de fingir que estou bem e que sou forte, enquanto eu não sou. Okay, tudo bem para mim que você vá sei lá aonde e se envolva com qualquer pessoa claro que eu não ficarei feliz em saber, mas pelo menos você terá o respeito e a decência de não fazê-lo a minha frente. Tudo bem merda nenhuma! - Seu rosto apresenta uma expressão triste e séria ao mesmo tempo.
-Tu bem sabes que não foi minha culpa, ela veio para cima de mim, eu nem se quer fiz nada com ela Kenya. - Tento me explicar.
- Okay, não foi tua culpa? A culpa foi minha então? Se você mostra-se para ela qual é o lugar dela exactamente isso nunca teria acontecido, eu não te quero pedir muito, se você me ama ou não isso nem vem ao caso, eu só quero respeito vindo da tua parte, eu não quero ter que sujar as minhas mãos para impôr respeito, entende?
- Então você acha que eu não te respeito?
- Acho, se me respeitasse a tua amiga não iria até esse extremo, ao ponto de as pessoas verem e comentarem sobre algo que devia ser discutido apenas entre eu e você.
- Kenya... Me ouve!
- Não! Eu quero ir para a minha casa, e deixar as paredes do meu quarto me ouvirem gritar, sabe? Elas vão me ouvir, vão me consolar e vão me respeitar.
- Desculpa Kenya, isso já não volta a acontecer.
- Quantas vezes vais te desculpar por isso?
- Essa será a primeira e a última vez que te peço desculpas por isso. Eu te amo, e eu só quero que estejamos bem e eu não tinha consciência do quão essa história te deixou arrasada, desculpa mesmo. - Vê-la a chorar partiu-me o coração, mas ouvi-la dizer que ela não passava de uma farsa, sinceramente deixou-me no chão. Puxei-lhe e pus-lhe a sentar no meu colo, encostei sua cabeça ao meu ombro e comecei a fazer-lhe carinho no rosto e cafuné na cabeça sem proferirmos nenhuma palavra, depois de um bom tempo naquilo deitei-lhe na cama e fui colocar os boxers da Calvin Klein.
Voltei para o quarto e ela continuava deitada na cama, mas dessa vez já estava estampado no seu rosto um sorriso. Enquanto me movimentava pelo quarto os seus olhos não saíam de mim, e do jeito que brilhavam até me deixavam sem jeito.
- Vamos assistir um filme? - Pergunto para ela.
- Pode ser, só controla a hora que eu preciso ir para à casa. - Ela diz enquanto se coloca debaixo as cobertas na cama.
- Que filme queres ver? - Pergunto a espera que ela me ajude a escolher, porque eu não tinha intenção nenhuma de ver filme, mas de fazer o que era bem diferente.
- Ah não sei, qualquer coisa serve. - Ela resmunga.
- Já que qualquer coisa serve né, bem que podíamos fazer o nosso próprio filme eu não ia importar nada.- Meu querido contigo nem esquina vou imagina então fazer um filme? Já viu os músculos do John Cena, com aquele sim eu faria um filme com muitas partes. Que músculos OMG!!! - Oiço-lhe suspirar.
- Aquilo é tudo comprimidos e injecções, pelo menos os meus são verdadeiros meu bem, aqui a Amber Rose fazia morada. - Lanço-lhe um olhar sexy e ela se ri.
- Pois é, eles são tão verdadeiros que nem os vejo. Imagino a Amber Rose sair daí com dores no pescoço.
- Tu... - Antes que termina-se senti seus lábios molhados e quentes ao mesmo tempo tocarem nos meus e depositar um beijo. Minhas mãos rapidamente se posicionaram na sua cintura, enquanto sua boca se deliciava com o meu pescoço, fiz-lhe parar por um momento e saí do quarto e quando voltei, coloquei uma caixa bem na sua frente e abri.
- Que anel é esse? - Ela pergunta confusa e admirada.
HEY PESSOAL!!! DESCULPEM A AUSÊNCIA, DESCULPEM MESMOOOO ESTIVE OCUPADA COM OS EXAMES, AGORA JÁ ESTOU COM ALGUMA DISPONIBILIDADE PARA ME DEDICAR AO NURD, DESCULPEM POR VOS TER DESAMPARADO POR MUITO TEMPO. DESCULPEM MESMO.
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NURD
De TodoEla era tão inocente, mas tão inocente que de inocente não tinha nada. Ela era cheia dos mistérios. Mistérios esses que se escondiam por trás de um par de óculos enorme, um cabelo super desarrumado, uma saia compridona e umas camisas de mangas com...