Capítulo 65

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ZARID RAIDER MALIK


O tempo estava a passar e as coisas estavam a complicar-se. O pai da Kenya já havia ido e voltado sei lá quantas vezes, e a polícia não tinha pista nenhuma.

Os computadores que encontramos no quarto da Kenya estavam todos bloqueados, tentamos senhas infinitas, senhas óbvias e nada. Sinceramente não entendia o porquê daquilo, pra quê tanto mistério?

— Olá, boa tarde! - Um homem atrapalhado entra no quarto e cumprimenta-nos.
— Boa tarde! - Respondo e o Jared faz um sinal com as mãos.
— Eu posso ver os computadores? - Ele pergunta e eu imediatamente dou-lhe o que estava na minha mão.

O homem ficou aí um bom tempo a mexer no computador que lhe tinha dado. — Acho que vou precisar limpar tudo. - Ele diz e eu desespero.
— Não! Nós precisamos de saber o que tem aí, por favor não apague nada. - Imploro para o homem que diz que vai tentar fazer alguma coisa com relação a isso.

Enquanto homem ficava lá com os computadores eu e o Jared decidimos descer. Enquanto descíamos ouvíamos a avó da Kenya a dizer exaltada que não precisavam da ajuda de ninguém, principalmente se esse alguém fosse "aquele homem„.

— Podemos ajudar em alguma coisa? - Ouvi o Jared perguntar assim que nos aproximamos. As caras não eram uma das melhores. Suas expressões faciais transmitiam tristeza, desespero e indignação.
— Acho que não meninos, isso é um assunto de família. - A Mónica diz e em seguida puxa-nos pelas mãos. — Vamos a cozinha comer qualquer coisa.

Quando íamos sair da sala ouvimos o pai da Kenya gritar. Parecia um grito de frustração e os ânimos começaram a se alterar.

— POR FAVOR! ELE É ÚNICA ESPERANÇA DE ENCONTRAR A KENYA. - Ouvimos pai da Kenya gritar e rapidamente voltamos a sala.
— Quem nos pode ajudar? - Pergunto esperançoso.

— Ninguém. - A avó da Kenya responde com uma expressão chateada.
— Às vezes é necessário deixar o orgulho de lado e admitir que precisamos e é isso que nós precisamos fazer agora, esquecer e pedir a ajuda dele. - O pai da Kenya diz mais calmo.

— Não tem como esquecer, nós não precisamos da ajuda dele, nós já temos a polícia e eles vão encontrar-lhe. - A avó da Kenya diz séria.
— Já passou um mês e eles ainda não encontraram-lhe. Eu respeito muito a senhora, até porque a senhora é mãe da minha falecida mulher e avó da Kenya e ela gosta muito da senhora, mas acontece que se a senhora não fizer nada com relação a isso, eu irei passar por cima da senhora porque eu não irei esperar ela morrer pra procurar-lhe. - O pai da Kenya diz e sai da sala, deixando-nos lá com a avó dela e a Mónica.

Ficamos parados por um bom tempo sem dizer nada, apenas olhávamos uns para os outros e respirávamos fundo. A tensão só aumentava, o homem lá em cima com os computadores não nos dizia nada e pai da Kenya não voltava.

— Está bem, eu irei falar com ele. - A avó da Kenya diz assim que o pai da Kenya volta pra sala.

Eu e o Jared não tínhamos noção de quem era, estávamos apenas sentados a ouvir o telemóvel chamar nas mãos da avó da Kenya.

— Hallo! - O homem do outro lado atende.

— Podes falar português John, não é a Kenya. - A avó da Kenya parecia tensa.
— Eu conheço essa voz de algum lugar... - Ele dizia. — Ahnm... lembrei. Melly, meu amor que saudades.
— Felizmente não posso dizer o mesmo e é Amélia. - Ela diz ríspida.
— Sempre amarga.
— Eu não liguei para testares a minha paciência, você precisa nos ajudar.
— Vos ajudar? Porquê que eu te ajudaria Melly? A troco de quê eu te ajudaria? 

— A Kenya está desaparecida há um mês, ninguém sabe onde encontrar-lhe. Até a polícia ainda não encontrou nada, nos ajuda por favor John. - A avó da Kenya falou chorosa. Pelas caras que eles faziam parecia que só podiam ter esperança naquele homem.
— Quanto eu irei receber por isso? - Quando a avó da Kenya ouviu "quanto„ ela parecia incrédula.

— Quanto? É a tua neta que está desaparecida e você me pergunta quanto é para procurar-lhe? Não acredito nisso.
— Você me tirou os meus filhos, você me tirou os netos, você tirou tudo que eu tinha e até fez questão de oferecer ao teu novo marido tudo o que tirou de mim. É engraçado ver que você precisa da minha ajuda agora...

— Eu não te tirei nada, você perdeu tudo sozinho porque é uma pessoa má e sem carácter nunca ia deixar os meus filhos conviverem com um pai bandido, muito menos os meus netos e com isso só provou que não presta mesmo.  Bem que eu disse que não valia a pena ligar para esse desgraçado. - Ela diz para o pai da Kenya e a Mónica.
— Cala a boca sua velha, por tua causa meus filhos chamaram de pai a outro e os meus netos chamaram de avô a outro, minha filha morreu e nem no seu enterro pude ir porque você vetou a minha entrada, meus netos não me conhecem.
— Ouve, eu sei muito bem que tu falas com a Kenya. A Kenya não fala alemão com ninguém de casa, desde o primeiro instante que ouvi-lhe a falar alemão, eu sabia que era contigo apesar de ela negar, então me venhas dizer que eles não te conhecem. Eu sei que você gosta de manipular as pessoas para elas entrarem nos teus esquemas, se você arrastar a minha neta para um desses esquemas, eu te mato.
—CALA A BOCA SUA VELHA!
— EU TE MATO!
- A avó da Kenya gritou e o pai dela retirou-lhe o telemóvel da mão. A Mónica tentou acalmar a senhora que respirava fundo.
— Quanto é? - O senhor Vaz pergunta ao homem.
— Vaz? - O homem pergunta meio satisfeito.
— Sim, sou eu. Quanto é? Eu só quero a minha filha.
— Eu gosto de você, minha filha teve bom gosto. Vamos falar de negócios, saia do barulho por favor. - Assim que o homem diz isso, o pai da Kenya se afasta e entra para o escritório, tirando o telemóvel do viva voz.

— CONSEGUI! - Ouvimos alguém gritar no cimo da escada. Levantamos e avistamos o tal nerd dos computadores e corremos até o andar de cima.

— Onde estão os computadores? - Perguntei desesperado.

O homem entregou-me o computador que estava comigo e devolveu o que estava com o Jared. Abri o computador  e haviam várias pastas com nomes variados que pareciam estar em código. Já haviam se passado uns 15 minutos e ainda não tinha achado nada de importante naquele computador até que uma pasta com o nome de REVENGE me chama a atenção abro a pasta e vejo fotos, fotos minhas, do meu pai, das minhas irmãs, da minha mãe, do Jared, da família do Jared, da Candece, da família dela e mais algumas pessoas mais em baixo haviam documentos com nossos nomes e mais algumas coisas que eu não percebia bem , parecia um perfil de cada um de nós.

— Raider! - O Jared chama por mim. — Vem ver o que eu encontrei aqui.

Recebi o computador e... 

"Ele diz que me ama, mas ele me violou. Ele me estuprou, me espancou e quase me matou. Ele tem me perseguido e eu já não sei o que fazer. Me ajuda por favor o meu pesadelo voltou...„


OLÁÁÁÁÁÁ MEUS AMORES! COMO É QUE VOCÊS ESTÃO? ESPERO QUE ESTEJAM BEM E QUE ESTEJAM A GOSTAR DO LIVRO (NURD) TAMBÉM, LEIAM (25 MINUTOS) TAMBÉM GENTE. QUERO AGRADECER PELOS VOTOS, PELOS LIDOS, PELAS MENSAGENS E MUITO MAIS, ENFIM QUERO AGRADECER PELO AMOR E OS COMENTÁRIOS QUE MUITAS VEZES ME FAZEM CAIR NA GARGALHADA.
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