Capítulo 48

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— Presos?? Como assim presos? Eu exijo uma explicação agora. - Grito sem paciência na delegacia.

— Zarid, calma. - O Jared se dirige a mim. É difícil ele me pedir calma nesse momento. Como é que ele pode simplesmente agir assim, enquanto somos acusados de não sei o quê? Isso não me parece normal.

— Presta a atenção, ou o senhor se acalma ou seremos obrigados a colocá-lo numa cela agora, e essa toda arrogância passará em fracções de segundos. - Um dos homens fardados se dirige a mim.

Levanto-me da cadeira em que estava sentado e começo a andar de um lado para o outro dentro daquela sala pequena com pouca luz, enquanto o Jared se ajeitava na cadeira. A minha cabeça estava a mil, não conseguia parar de pensar o porquê que estávamos aí, do quê que estávamos a ser acusados, era tudo bem confuso naquele momento.

A porta da sala abriu-se, virei-me e vi um homem magro, alto de terno preto entrar e sentar na cadeira do delegado, parece que era dele que estávamos à espera. Desloquei-me até a cadeira novamente e sentei-me, mas sempre com os olhos focados no homem que acabara de entrar na sala.

— Bom dia senhores. - Ele diz com uma enorme satisfação, enquanto tem os olhos postos nuns papéis nas suas mãos.

— Bom dia só se for para o senhor, nós estamos a ser presos sem nem saber do que estamos a ser acusados, sem nem podermos nos defender. - O Jared diz, eu apenas continuo calado a observar o homem de preto.

— Os senhores têm certeza de que não sabem? - Ele dá um riso irónico, me deixando mais furioso do que já estava.

— Claro que sabemos, por isso estamos aqui com essas caras de parvos à espera que o senhor nos diga alguma coisa. - Respondo furioso, e logo em seguida o Jared agarra-me o braço.

— Se o menino não quer ir para uma cela agora, acho melhor comportar-se. - Ele avisa-me.

— Okay. - Digo e calo a boca em seguida.

— Agora que já acalmamos os ânimos, acho que podemos começar. Os nomes Raider e Danger não vos dizem nada? - O delegado pergunta, eu e o Jared olhamos um para o outro muito rápido e voltamos a desviar.

— Porquê que deveriam dizer? - O Jared pergunta fingindo que não sabia do quê que o homem estava a falar.

— Não, não dizem. - E eu faço a mesma coisa.

— Eu acho melhor vocês chamarem seus advogados, é a única coisa que vos posso dizer. - Logo que o homem acaba de nos dizer aquilo, ouvimos a porta bater e logo ser aberta sem nem esperar um "pode entrar„. Era um homem loiro, com ombros largos, alto e tinha uns óculos no rosto, eu tinha a impressão que já o tinha visto em algum lugar.

— Desculpe o atraso. - O homem diz logo que entra na sala.

— Quem é o senhor? - O delegado pergunta.

— Eu sou o advogado dos senhores Malik e Leto. - Ele responde, enquanto puxa uma cadeira para sentar-se.

— Uau, que rapidez não é? Mas sendo filhos de quem são a gente entende. - O delegado diz.

— O quê que o senhor está a tentar dizer com isso? - Pergunto.

— Nada, o senhor advogado deseja alguma coisa? - Ele desvia a conversa.

— Desejo falar com os meus clientes em particular. - O homem loiro diz.

— Okay, a sala e os meninos são todos seus. - Ele diz antes de abandonar a sala com o escrivão e mais dois homens.

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