— Presos?? Como assim presos? Eu exijo uma explicação agora. - Grito sem paciência na delegacia.
— Zarid, calma. - O Jared se dirige a mim. É difícil ele me pedir calma nesse momento. Como é que ele pode simplesmente agir assim, enquanto somos acusados de não sei o quê? Isso não me parece normal.
— Presta a atenção, ou o senhor se acalma ou seremos obrigados a colocá-lo numa cela agora, e essa toda arrogância passará em fracções de segundos. - Um dos homens fardados se dirige a mim.
Levanto-me da cadeira em que estava sentado e começo a andar de um lado para o outro dentro daquela sala pequena com pouca luz, enquanto o Jared se ajeitava na cadeira. A minha cabeça estava a mil, não conseguia parar de pensar o porquê que estávamos aí, do quê que estávamos a ser acusados, era tudo bem confuso naquele momento.
A porta da sala abriu-se, virei-me e vi um homem magro, alto de terno preto entrar e sentar na cadeira do delegado, parece que era dele que estávamos à espera. Desloquei-me até a cadeira novamente e sentei-me, mas sempre com os olhos focados no homem que acabara de entrar na sala.
— Bom dia senhores. - Ele diz com uma enorme satisfação, enquanto tem os olhos postos nuns papéis nas suas mãos.
— Bom dia só se for para o senhor, nós estamos a ser presos sem nem saber do que estamos a ser acusados, sem nem podermos nos defender. - O Jared diz, eu apenas continuo calado a observar o homem de preto.
— Os senhores têm certeza de que não sabem? - Ele dá um riso irónico, me deixando mais furioso do que já estava.
— Claro que sabemos, por isso estamos aqui com essas caras de parvos à espera que o senhor nos diga alguma coisa. - Respondo furioso, e logo em seguida o Jared agarra-me o braço.
— Se o menino não quer ir para uma cela agora, acho melhor comportar-se. - Ele avisa-me.
— Okay. - Digo e calo a boca em seguida.
— Agora que já acalmamos os ânimos, acho que podemos começar. Os nomes Raider e Danger não vos dizem nada? - O delegado pergunta, eu e o Jared olhamos um para o outro muito rápido e voltamos a desviar.
— Porquê que deveriam dizer? - O Jared pergunta fingindo que não sabia do quê que o homem estava a falar.
— Não, não dizem. - E eu faço a mesma coisa.
— Eu acho melhor vocês chamarem seus advogados, é a única coisa que vos posso dizer. - Logo que o homem acaba de nos dizer aquilo, ouvimos a porta bater e logo ser aberta sem nem esperar um "pode entrar„. Era um homem loiro, com ombros largos, alto e tinha uns óculos no rosto, eu tinha a impressão que já o tinha visto em algum lugar.
— Desculpe o atraso. - O homem diz logo que entra na sala.
— Quem é o senhor? - O delegado pergunta.
— Eu sou o advogado dos senhores Malik e Leto. - Ele responde, enquanto puxa uma cadeira para sentar-se.
— Uau, que rapidez não é? Mas sendo filhos de quem são a gente entende. - O delegado diz.
— O quê que o senhor está a tentar dizer com isso? - Pergunto.
— Nada, o senhor advogado deseja alguma coisa? - Ele desvia a conversa.
— Desejo falar com os meus clientes em particular. - O homem loiro diz.
— Okay, a sala e os meninos são todos seus. - Ele diz antes de abandonar a sala com o escrivão e mais dois homens.
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NURD
RandomEla era tão inocente, mas tão inocente que de inocente não tinha nada. Ela era cheia dos mistérios. Mistérios esses que se escondiam por trás de um par de óculos enorme, um cabelo super desarrumado, uma saia compridona e umas camisas de mangas com...