Capítulo 33

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Estaciono o meu Porsche Panamera bem no jardim a frente da mansão completamente branca com candeeiros de cristal bem na entrada. Desço do carro e tiro a Louíse, enquanto a Déborah continua sentada no banco da frente com as pernas cruzadas.

- Estás a espera de quê?  - Grito para que ela desça.
- Que me abras a porta para descer. - Ela responde.
- O palhaço do teu namorado que o faça,  para de brincar às bonecas e desce da porra do carro. - Grito e ela abre a porta trombuda e desce. Fica a endireitar - se um tempo e depois fecha a porta do meu carro com raiva.

- Déborah porra! Filha da p... - Ela interrompe - me.
- Não te preocupes,  depois o palhaço do meu namorado paga, idiota. - Um dia ainda dou na cara da Déborah,  vou fazer o favor de esquecer que ela é minha irmã mais velha.

Depois de trocar ofensas, gritar um com o outro, e tals chegamos na porta como uma família unida, coisa que não somos. Até é engraçado falar de família quando não tenho uma.

Toquei a campainha e logo na porta apareceu uma mulher mais velha vestida com uma saia até o joelho, uma  camisa branca de mangas compridas e um casaco a condizer com a saia, o cabelo estava preso e no seu rosto deixava transparecer uma expressão animada.

- Boa noite senhores, façam o favor de entrar. - Ela diz com um sorriso.
- Obrigado. - Respondo educadamente e logo as meninas fazem o mesmo.

Adentramos na casa, forma humilde de chamar aquela mansão e a mulher acompanhou - nos até uma sala onde tinha algumas pessoas. A Louíse colou-se a mim e eu agarrei-lhe a mão, enquanto a Déborah andava até um menino na sala.

— Boa noite a todos! - Cumprimento tímido, afinal haviam pessoas adultas na sala.
— Boa noite queridos, sejam bem vindos. - Uma mulher negra, aparentemente jovem num vestido preto com mangas pela metade do braço, até ao joelho, cabelos lisos até o ombro e lábios vermelhos, corresponde ao cumprimento e vem na nossa direcção, convidado-nos para sentar.

— Zarid, esse é o meu namorado. - A Déborah fala fazendo-me levantar do sofá para cumprimentar-lhe.
— Muito gosto em conhece-lo, Zarid Malik. - Respondo forçando um sorriso no rosto sem tirar os óculos escuros do rosto.

— Prazer Jeonnie Bettencourt. - Ele estende a mão.
— Eu podia até estender a minha mão, mas acontece que prazer eu só sinto com mulheres. - Digo.
— Zarid!!! - A Déborah fala nervosa entre os dentes.
— Olá! Olá! Ninguém me apresenta? - Uma menina jeitosinha coloca-se entre nós. Ela tem vestido uma saia bem acima do joelho preta e branca, e uma blusa com um decote digamos  que, meio generoso sem mangas e uns sapatos pretos.

— Ahnmm já me ia esquecendo, essa daqui é a minha cunhada. - Ela aponta para a menina que sorri para mim. - E esses dois amores aqui são os meus irmãos. E falando em dois amores cadê a Lou? - Sorrio para a menina que pisca-me um olho em seguida.

''Eu conheço essa menina de algum lugar, só não lembro de onde''. - Meu cérebro apita. Saio daí e vou a procura da Louíse. Vejo a Lou no fundo da sala sentada no colo de um senhor a comer bolo e decido me aproximar.

— Mano! - Ela grita quando me vê, despertando a atenção do senhor para mim.
— Olá! Podes sentar-te se quiseres. - O senhor diz para mim, não sei porquê mas começo a soar frio e a coçar a cabeça.

— Olá, eu vinha só ver se a minha irmã não lhe estava  a incomodar. - Digo rápido e o mesmo se ri.
— Não precisa estar nervoso e nem preocupado, a tua irmã não incomoda nada, pelo contrário ela faz-me lembrar a vontade que tenho de ter outros filhos. - Ele diz.
— O senhor tem filhos? - Pergunto.
— Sim, tenho uma filha. - Ele responde.

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