Estaciono o meu Porsche Panamera bem no jardim a frente da mansão completamente branca com candeeiros de cristal bem na entrada. Desço do carro e tiro a Louíse, enquanto a Déborah continua sentada no banco da frente com as pernas cruzadas.
- Estás a espera de quê? - Grito para que ela desça.
- Que me abras a porta para descer. - Ela responde.
- O palhaço do teu namorado que o faça, para de brincar às bonecas e desce da porra do carro. - Grito e ela abre a porta trombuda e desce. Fica a endireitar - se um tempo e depois fecha a porta do meu carro com raiva.- Déborah porra! Filha da p... - Ela interrompe - me.
- Não te preocupes, depois o palhaço do meu namorado paga, idiota. - Um dia ainda dou na cara da Déborah, vou fazer o favor de esquecer que ela é minha irmã mais velha.Depois de trocar ofensas, gritar um com o outro, e tals chegamos na porta como uma família unida, coisa que não somos. Até é engraçado falar de família quando não tenho uma.
Toquei a campainha e logo na porta apareceu uma mulher mais velha vestida com uma saia até o joelho, uma camisa branca de mangas compridas e um casaco a condizer com a saia, o cabelo estava preso e no seu rosto deixava transparecer uma expressão animada.
- Boa noite senhores, façam o favor de entrar. - Ela diz com um sorriso.
- Obrigado. - Respondo educadamente e logo as meninas fazem o mesmo.Adentramos na casa, forma humilde de chamar aquela mansão e a mulher acompanhou - nos até uma sala onde tinha algumas pessoas. A Louíse colou-se a mim e eu agarrei-lhe a mão, enquanto a Déborah andava até um menino na sala.
— Boa noite a todos! - Cumprimento tímido, afinal haviam pessoas adultas na sala.
— Boa noite queridos, sejam bem vindos. - Uma mulher negra, aparentemente jovem num vestido preto com mangas pela metade do braço, até ao joelho, cabelos lisos até o ombro e lábios vermelhos, corresponde ao cumprimento e vem na nossa direcção, convidado-nos para sentar.— Zarid, esse é o meu namorado. - A Déborah fala fazendo-me levantar do sofá para cumprimentar-lhe.
— Muito gosto em conhece-lo, Zarid Malik. - Respondo forçando um sorriso no rosto sem tirar os óculos escuros do rosto.— Prazer Jeonnie Bettencourt. - Ele estende a mão.
— Eu podia até estender a minha mão, mas acontece que prazer eu só sinto com mulheres. - Digo.
— Zarid!!! - A Déborah fala nervosa entre os dentes.
— Olá! Olá! Ninguém me apresenta? - Uma menina jeitosinha coloca-se entre nós. Ela tem vestido uma saia bem acima do joelho preta e branca, e uma blusa com um decote digamos que, meio generoso sem mangas e uns sapatos pretos.— Ahnmm já me ia esquecendo, essa daqui é a minha cunhada. - Ela aponta para a menina que sorri para mim. - E esses dois amores aqui são os meus irmãos. E falando em dois amores cadê a Lou? - Sorrio para a menina que pisca-me um olho em seguida.
''Eu conheço essa menina de algum lugar, só não lembro de onde''. - Meu cérebro apita. Saio daí e vou a procura da Louíse. Vejo a Lou no fundo da sala sentada no colo de um senhor a comer bolo e decido me aproximar.
— Mano! - Ela grita quando me vê, despertando a atenção do senhor para mim.
— Olá! Podes sentar-te se quiseres. - O senhor diz para mim, não sei porquê mas começo a soar frio e a coçar a cabeça.— Olá, eu vinha só ver se a minha irmã não lhe estava a incomodar. - Digo rápido e o mesmo se ri.
— Não precisa estar nervoso e nem preocupado, a tua irmã não incomoda nada, pelo contrário ela faz-me lembrar a vontade que tenho de ter outros filhos. - Ele diz.
— O senhor tem filhos? - Pergunto.
— Sim, tenho uma filha. - Ele responde.
VOCÊ ESTÁ LENDO
NURD
RandomEla era tão inocente, mas tão inocente que de inocente não tinha nada. Ela era cheia dos mistérios. Mistérios esses que se escondiam por trás de um par de óculos enorme, um cabelo super desarrumado, uma saia compridona e umas camisas de mangas com...