— Ahnm??? Repete! - Grito com ela.
— Eu não acredito que você foi tão cadela até esse ponto, você passou completamente dos limites. - A Bonnie diz para a Candace que nem parece sentir remorsos sobre o que aconteceu.
— Como se ser irracional soubesse o que são limites. - O Jared diz.
— Anda vai, reage diz alguma coisa que faça dar na tua cara agora menina! - A Bonnie grita no rosto da Candace que levanta e dá as costas a menina.
— Fiz sim, e voltaria a fazê-lo. Ela não era e nem é nenhuma santa tudo o que aconteceu foi bem merecido e eu não me arrependo de ter tirado ela do meu caminho por inúmeras vezes, se ela não tivesse aparecido nas nossas vidas estaríamos bem agora e não numa casa imunda no meio de um bairro perigoso a correr risco de vida...
Antes que a Candace pudesse continuar as mão da Bonnie foram parar no seu rosto deixando-a vermelha. A Candace tentou se defender e devolveu a chapada no rosto o que fez a Bonnie ficar mais nervosa e saltar para cima dela sem piedade. A Bonnie começou esmurrar-lhe a cara e antes que suas mãos pudessem chegar a barriga da Candace eu puxei-a porque não queria que nada acontecesse a aquela criança que não tinha culpa de nada.
— Me larga Zarid! - A Bonnie se esperneava e gritava.
— Acalma-te vais acabar por magoar o bebê mesmo sem querer. - Disse e ela pareceu se acalmar.
No meio de tanta tensão um telemóvel se fez soar. Procurávamos todos de onde saía o barulho até reparar que era o telemóvel da Kenya. Na tela aparecia número desconhecido, sem pensar duas vezes atendi a chamada.
CALL ON
— E então, resultados? - A voz de um homem se fez ouvir do outro lado da linha.
— Pate? - Não pensei nem duas vezes antes de chama-lo assim. — Por favor não desligue, a Kenya está desmaiada e os sinais vitais dela estão fracos, não lhe vais abandonar assim pois não? E se desligares essa chamada aí eu já terei as minhas conclusões de que afinal a Kenya não é tão importante assim na sua vida tanto que tu és na vida dela. - Digo determinado e ouço uma tosse no outro lado da linha.
— O quê que aconteceu com a Kenya? - Ele parece desesperado.
— Agora já lhe interessa?! Bom saber que viramos o jogo. - Digo
— Como assim virar o jogo? Do quê que estás a falar e com falo? - O homem parece chateado do outro lado da linha.
— Olá, eu sou o Zarid Raider Malik. Um dos filhos daquele que te roubaram e o senhor mandou matar. Já se lembra? Quanto a Kenya, ah sim, eu acho que tive uma má reacção com algo que ela disse e causei o desmaio dela, mas foi sem querer. Quanto a isso do jogo mudar, não sei se o senhor sabe mas estamos trancados em uma casa sei lá onde com uma bomba que pode explodir a qualquer momento, isso se não morrermos de fome primeiro. Eu sei que não devia estar a fazer isso até porque eu gosto muito da Kenya, mas é o seguinte agora quem dá as cartas sou eu, se o senhor não quiser que a Kenya morra, vai livrar-nos a todos dessa merda AGORA! O senhor tem no máximo uma hora para conseguir nos tirar daqui sãos e salvos. - Digo determinado.
— Não vou receber ordens de um fedelho, ainda mais filho de uma ladrão. - O homem diz arrogante.
— Pelo que eu saiba o meu pai não é único com a ficha suja por aqui. Já agora, o fedelho não quer mais brincar, se quiser a sua Kenya morta okay. - Desliguei o telemóvel na cara dele.
CALL OFF
Ele tentou retornar as ligações inúmeras vezes, mas eu não atendi. Odeio ter que ameaçar a vida da Kenya, mas precisa ser assim. Sentei-me no chão ao lado do cadeirão onde ela estava e nem um sinal da menina de volta. Estávamos todos em silêncio, acho que já não havia nada para falar.
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NURD
AcakEla era tão inocente, mas tão inocente que de inocente não tinha nada. Ela era cheia dos mistérios. Mistérios esses que se escondiam por trás de um par de óculos enorme, um cabelo super desarrumado, uma saia compridona e umas camisas de mangas com...