Capítulo 71 [ PARTE II ]

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— Ahnm??? Repete! - Grito com ela.

— Eu não acredito que você foi tão cadela até esse ponto, você passou completamente dos limites. - A  Bonnie diz para a Candace que nem parece sentir remorsos sobre o que aconteceu.

— Como se ser irracional soubesse o que são limites. - O Jared diz.

— Anda vai, reage diz alguma coisa que faça dar na tua cara agora menina! - A Bonnie grita no rosto da Candace que levanta e dá as costas a menina.

— Fiz sim, e voltaria a fazê-lo. Ela não era e nem é  nenhuma santa tudo o que aconteceu foi bem merecido e eu não me arrependo de ter tirado ela do meu caminho por inúmeras vezes, se ela não tivesse aparecido nas nossas vidas estaríamos bem agora e não numa casa imunda no meio de um bairro perigoso a correr risco de vida...

Antes que a Candace pudesse continuar as mão da Bonnie foram parar no seu rosto deixando-a vermelha. A Candace tentou se defender e devolveu a chapada no rosto o que fez a Bonnie ficar mais nervosa e saltar para cima dela sem piedade. A Bonnie começou esmurrar-lhe a cara e antes que suas mãos pudessem chegar a barriga da Candace eu puxei-a porque não queria que nada acontecesse a aquela criança que não tinha culpa de nada.

— Me larga Zarid! - A Bonnie se esperneava e gritava.

— Acalma-te vais acabar por magoar o bebê mesmo sem querer. - Disse e ela pareceu se acalmar. 

No meio de tanta tensão um telemóvel se fez soar. Procurávamos todos de onde saía o barulho até reparar que era o telemóvel da Kenya. Na tela aparecia número desconhecido, sem pensar duas vezes atendi a chamada.

CALL ON

— E então, resultados? - A voz de um homem se fez ouvir do outro lado da linha.

— Pate? - Não pensei nem duas vezes antes de chama-lo assim. — Por favor não desligue, a Kenya está desmaiada e os sinais vitais dela estão fracos, não lhe vais abandonar assim pois não? E se desligares essa chamada aí eu já terei as minhas conclusões de que afinal a Kenya não é tão importante assim na sua vida tanto que tu és na vida dela. - Digo determinado e ouço uma tosse no outro lado da linha.

—  O quê que aconteceu com a Kenya? - Ele parece desesperado.

— Agora já lhe interessa?! Bom saber que viramos o jogo. - Digo

— Como assim virar o jogo? Do quê que estás a falar e com falo? - O homem parece chateado do outro lado da linha.

— Olá, eu sou o Zarid Raider Malik. Um dos filhos daquele que te roubaram e o senhor mandou matar. Já se lembra? Quanto a Kenya, ah sim, eu acho que tive uma má reacção com algo que ela disse e causei o desmaio dela, mas foi sem querer. Quanto a isso do jogo mudar, não sei se o senhor sabe mas estamos trancados em uma casa sei lá onde com uma bomba que pode explodir a qualquer momento, isso se não morrermos de fome primeiro. Eu sei que não devia estar a fazer isso até porque eu gosto muito da Kenya, mas é o seguinte agora quem dá as cartas sou eu, se o senhor não quiser que a Kenya morra, vai livrar-nos a todos dessa merda AGORA! O senhor tem no máximo uma hora para conseguir nos tirar daqui sãos e salvos. - Digo determinado.

— Não vou receber ordens de um fedelho, ainda mais filho de uma ladrão. - O homem diz arrogante.

— Pelo que eu saiba o meu pai não é único com a ficha suja por aqui. Já agora, o fedelho não quer mais brincar, se quiser a sua Kenya morta okay. - Desliguei o telemóvel na cara dele.

CALL OFF

Ele tentou retornar as ligações inúmeras vezes, mas eu não atendi. Odeio ter que ameaçar a vida da Kenya, mas precisa ser assim. Sentei-me no chão ao lado do cadeirão onde ela estava e nem um sinal da menina de volta. Estávamos todos em silêncio, acho que já não havia nada para falar.

NURDOnde histórias criam vida. Descubra agora