(Obs: Desculpa, eu sei que demorei muito para publicar, mas eu expliquei tudo o que aconteceu no final do capítulo)
— Hoje é um dia de muita tristeza para todos nós. Hoje a nossa ente querida irá mudar de casa. - Era impossível não chorar enquanto o homem dizia tais palavras. — Hoje estamos todos reunidos aqui para nos despedir-mos da nossa filha, neta, irmã, amiga, namorada, enfim, alguém que em vida foi muito especial para nós.
Meus olhos estão marejados, eu sei que prometi que não choraria, mas é impossível. Não tem como vê-la partir, vê-la mudar de casa, ou seja, da casa para a cova e me conter como se nada estivesse a acontecer.
— O Senhor a protegerá de todo o mal, protegerá a sua vida. O Senhor protegerá a sua saída e a sua chegada, desde agora e para sempre. - O homem de mais idade encarregado de fazer o discurso fúnebre diz. — Antes que possamos enterrar, alguém aqui quer dizer umas últimas palavras?
Levantei a mão e caminhei para mais próximo do caixão.
— Eu escrevi algo que eu queria ler. - Digo."Eu sei que prometi que não choraria, que seria forte até o fim, mas eu não consegui manter a promessa.
Hoje o sol não brilhou para mim, porque hoje é um dos dias mais tristes da minha vida.
Como eu queria que fosse diferente...Não imaginas como os dias têm sido difíceis para mim, tem sido muito difícil desde o princípio. Tem sido difícil colocar a cabeça na almofada e saber que não vais estar para me chatear ou me animar. Tu não foste uma boa pessoa, eles diziam, mas eu nunca acreditei que pudesses ser tão má quanto eles diziam e me provaste da melhor maneira possível. - As lágrimas começam a cair.
Sinto alguém passar a mão no meu ombro e olho para trás.
— Filho, tu não precisas de fazer isso. - A minha mãe diz e me abraça.
— Eu quero fazer mãe. - Respondo mesmo a fungar.Eu chorei esses dias, eu chorei ontem, eu choro hoje e eu chorarei sempre. Lembro bem quando disseste que querias que fizesse algo que te eternizasse e eu disse que tu estarias eternizada para sempre em minha memória, mas no dia seguinte eu apareci com uma estrela tatuada no pulso e chamei-te estrelinha. Tu estavas tão feliz por saber que a aquela tatuagem era para ti.
E a dor que eu sinto agora? Pois, essa mesma que nunca passa e nunca irá passar.
Queria ter te dado um adeus mais decente, um adeus que te pudesse abraçar e ouvir os teus gritos over and over again. Eu só queria ter te dado um adeus que valesse mais a pena...
São cicatrizes...Adeus minha estrelinha"
Os ânimos se alteraram completamente quando o caixão estava a ser colocado no buraco. Eu não conseguia olhar, minha respiração estava acelerada parecia que o meu coração pararia bem ali naquele momento.
— Fica forte filho. - A minha mãe sussurrou quando me abraçou.
Quando a cova começou a ser fechada comecei a caminhar entre as pessoas.
— Onde é que vais Zarid? - A Déborah pergunta quando passo por ela e o namorado.
— Eu vou embora, eu já não tenho estrutura para ficar aqui. - Digo sem ânimo, tudo que conseguia transmitir era tristeza e era daquilo que o meu coração naquele momento estava cheio.
— Eu vou contigo. - A minha irmã mais velha diz, mas antes de seguir comigo despede-se do namorado que estava com a irmã, a Bonnie e o Jared.Coloco a minha mão em volta da cintura dela e a minha cabeça sobre o seu ombro e caminhámos até a porta do cemitério.
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NURD
RandomEla era tão inocente, mas tão inocente que de inocente não tinha nada. Ela era cheia dos mistérios. Mistérios esses que se escondiam por trás de um par de óculos enorme, um cabelo super desarrumado, uma saia compridona e umas camisas de mangas com...