horário de aulas e toalhas coloridas

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Louis corria nas pontas dos pés. Pensava que talvez aquilo acabasse ajudando-o a chegar ao seu destino de forma mais rápida.

Gritava de forma exagerada, não se importando com o amontoado de alunos que se formava por todo o extenso corredor. Quem realmente conhecia Louis sabia que tons de voz altos e gritos repentinos faziam parte da natureza do garoto. Quem ao menos soubesse de sua existência, apenas acabaria apontando em sua direção e comentando com a pessoa ao seu lado sobre como aquele rapaz bem vestido conseguia ser escandaloso numa daquelas horas da manhã.

Mas, como sempre, Louis não se importava.

— Liam! Liam!

Do outro lado do corredor, próximo aos armários e distante do bebedouro, Liam franzia o cenho e virava sua cabeça para os lados, na tentativa de tentar encontrar o dono da voz que o chamava incansavelmente.

Louis ficava cada vez mais perto, e Liam, cada vez mais assustado.

Os ombros acabaram se chocando em um único baque, fazendo com que o amigo de Harry soltasse um gemido frustrante e o rapaz dos olhos azuis o imitasse instantes depois.

— Desculpa, desculpa... – o mais velho começou, eufórico. O peito arfava e a respiração parecia estar fora de controle. – Eu acabei me esquecendo de calcular a distância do lugar onde eu estava até aqui. Desculpa... Desculpa.

— Louis! – Liam exclamou alto, ignorando as falas anteriores do outro rapaz e abrindo um sorriso em seu rosto. Por um momento esqueceu-se do esbarrão com parte do corpo de Louis e de como seu ombro ainda estava dolorido.

— Liam! – o mais velho imitou-o, tombando sua cabeça para um dos lados.

— O que você está fazendo aqui? – Liam perguntou, franzindo o cenho.

— O mesmo que você. – Louis deu de ombros. – O que mais eu poderia estar fazendo?

— Planejando um atentado contra a direção da escola. – Liam respondeu, mas acabou soando como uma sugestão.

— É meu último ano aqui. Talvez eu decida fazer isso no último dia de aula.

— Apenas me avise antes.

— Mas é claro que sim. – Louis chacoalhou a cabeça, soltando uma pequena risada.

— Não vai me dizer?

— O quê? – o mais velho franziu o cenho, encarando Liam de forma séria.

— O que você está fazendo aqui. – o amigo deu de ombros.

— Mas eu já respondi! – Louis exclamou, parecendo confuso.

— Não. – Liam riu, balançando sua cabeça de um lado para o outro. Ergueu um de seus indicadores no ar, desenhando traços invisíveis próximos ao rosto de Louis enquanto observava o mais velho afastando-se poucos centímetros para longe de seu dedo. – Eu quero que você me responda da maneira correta.

— E qual seria a maneira correta? Uma reverência no final?

— A maneira correta seria ir direto ao ponto.

— Direto ao ponto? – Louis entortou as sobrancelhas.

— Harry está na aula de Matemática.

Louis parou, observando atentamente a expressão que Liam mantinha em seu rosto. Parecia apreensivo, esperando por qualquer sinal de desconforto da parte do amigo. Bochechas avermelhadas e lábios trêmulos. Palma da mão úmida e dedos curtos inquietos. Mas Louis estava confuso o suficiente com todas aquelas palavras de Liam para ser capaz de reagir de maneira igual ou parecida.

excuse me? // larry stylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora