— Ei, você está comendo as minhas batatinhas! – Harry exclamou, com o cenho franzido e uma careta brava no rosto. O rapaz sentado à sua frente riu, divertindo-se com aquela cena, enquanto esticava uma de suas mãos para agarrar mais um pouco da batata-frita disposta dentro de um grande recipiente, ali no meio da mesa de um restaurante sofisticado e decorado com quadros que Louis jurava que eram imagens humanamente impossíveis de serem projetadas no subconsciente de qualquer pessoa.
— Sim. E estão sem sal. – o mais velho respondeu, devolvendo outra careta para Harry.
— Por que é que você sempre insiste em falar isso? – o garoto mais novo perguntou, ainda fingindo certa seriedade. – E pior, por que você insiste em falar e continua comendo?
Louis deu de ombros.
— Porque eu gosto de tudo o que você tem para me oferecer.
Harry riu de maneira nasalada, balançando sua cabeça. E seguida, esticou seu pescoço, inclinando-se sobre a mesa, como se quisesse aproximar-se de Louis, ou contar-lhe um segredo de uma maneira mais discreta.
— E quem disse que eu te ofereci?
Louis arregalou os olhos, espalmando uma de suas mãos sobre o próprio peitoral e fingindo estar ofendido.
— Isso lá são modos, Harry?
O mais novo riu.
— Você sabe que tudo o que é meu, também é seu, não sabe? – perguntou, sorrindo na direção de Louis, que no mesmo instante passou a imitar a expressão estampada no rosto de Harry.
Estavam extremamente felizes, devidamente arrumados e sentiam-se suficientemente cheirosos. Isso porque Louis e Harry acabaram ficando nervosos demais por conta daquele encontro. Louis decidiu dar algumas borrifadas extras de seu perfume sobre o corpo e, principalmente, seu pescoço, por saber que aquela saída seria muito mais do que especial para ele. Já Harry, acabou apenas se embelezando um pouco a mais por não saber exatamente onde estava indo.
Mas naquele momento, sentado na mesa do restaurante, com um copo de suco ao seu lado, batatas-fritas à sua disposição e um Louis segurando sua mão por cima da mesa, Harry sabia exatamente onde se encontrava. Extremamente alegre, satisfeito e apaixonado.
Os olhos de Louis pareciam reluzir magicamente na direção do garoto mais novo, que tinha quase certeza de que seu olhar transmitia exatamente a mesma sensação.
— Por que é que você está me olhando assim? – Harry perguntou depois de certo tempo, ainda sentindo o toque macio do polegar de Louis sobre as costas de sua mão esquerda. O dedo de Louis ia e vinha, marcando aquela parte da mão de Harry com certa maciez e aconchego.
— Porque você é lindo, e eu não conseguiria tirar meus olhos de você, nem se quisesse.
Harry suspirou, envergonhado.
— Você não pode simplesmente me dizer algo assim e querer que eu aja como se tudo estivesse normal.
Louis riu.
— E isso não é normal? É algo... Ruim?
— Não... – Harry negou, balançando sua cabeça de um lado para o outro. – É só que... Eu gosto tanto de você, que quando você me diz algo assim, eu sinto meu coração quase... Parar.
Louis arregalou os olhos.
— Oh Deus, não faça eu me sentir culpado por te causar uma quase-morte...
— Não se preocupe. Seria um ótimo jeito de deixar o mundo.
Louis fez uma careta.
— Cruzes, Harry! – resmungou, largando a mão do mais novo e olhando ao redor antes de voltar a encarar o mais novo. – Somos muito jovens para morrer. Ainda há tantas coisas que quero fazer, que quero que você faça comigo...
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excuse me? // larry stylinson
Teen Fiction"Com licença... Você está comendo as minhas batatinhas." © studyrainballs