excuse me? // larry stylinson

lábios convidativos e tapas realistas

 Louis nunca pôde imaginar que a boca de Harry conseguiria ser algo tão macio e convidativo ao mesmo tempo. Afinal, era muito jogo sujo para cima do rapaz que ainda tentava manter sua respiração em um ritmo relativamente normal enquanto uma de suas mãos se enroscava por entre os fios de cabelo da nuca de Harry e o mais novo entreabria seus lábios, juntamente com um conjunto de ofegos baixos e suspiros pesados.

Depois de tanto tempo imaginando aquele momento, muitas vezes se distraindo em metade de todas as aulas de História ou Biologia enquanto sua mente começava a formar cenas como aquela em sua cabeça, finalmente aquilo estava acontecendo.

Aquilo que envolvia Harry e Louis, extremamente próximos, com bocas se chocando e línguas enroscando uma na outra.

O mais novo arfou ao sentir a língua gelada de Louis tocando a sua enquanto seu corpo era dominado por uma sensação que Harry jurava que poderia passar o resto de sua vida sentindo, sem qualquer problema. Seu coração batia de forma extremamente forte dentro do peito e as pontas dos dedos adormecidos pressionavam as laterais do pescoço de Louis, intercalando entre pequenos carinhos ou leves arranhões naquela região.

Louis deixou um longo suspirou escapar de seus lábios ao sentir as pequenas unhas de Harry deslizando por seu pescoço, fazendo com que o mais velho enroscasse ainda mais seus dedos por entre os fios de cabelo do mais novo enquanto sentia um calafrio gelado percorrendo sua espinha.

Aquele beijo conseguia ser calmo e urgente ao mesmo tempo, como se todos os seus movimentos fossem executados com precisão da mesma maneira em que aqueles dois rapazes sentiam que deveriam aproveitar o máximo que conseguiam daquele momento.

Era tudo o que Louis já havia sonhado e tudo o que Harry esperava.

Suas mentes estavam nulas, como se naquele momento só existisse Harry e Louis, um beijo entre Harry e Louis e nada mais do que isso. O ambiente ao redor daqueles dois acabou desaparecendo de suas perspectivas em um piscar de olhos. Harry só conseguia pensar no quão bom era sentir a língua de Louis deslizando pela sua enquanto ambos acabavam perdendo suas mãos pelo corpo um do outro.

Parecia inacreditável, como se a partir do momento em que Harry abrisse seus olhos, sua visão não seria preenchida pelos lábios de Louis ou pelo resto do mais velho extremamente perto do seu. Era como se tudo fosse voltar ao extremo normal e a realidade acertaria um tapa no meio do rosto de Harry, fazendo com que o garoto sentisse dor o suficiente para se arrepender por ter pensado que aquilo, algum dia, realmente aconteceria.

Já Louis, enquanto cravava levemente seus dentes nos lábios superiores de Harry e dava leves chupadas ali, torcia para que seu interior não acabasse literalmente surtando de uma vez, com direito à gritos de comemoração ou roubos de garrafas de espumante alheias para o rapaz poder propor um brinde. Esperava que Zayn, Niall e até mesmo Liam tivessem separado suas taças, pois a próxima coisa que Louis faria depois de separar-se do beijo de Harry, seria comemorar com seus amigos.

E claro, juntamente com Harry, que instantes depois de sentir Louis abandonando seu lábio superior, sorriu ao sentir o rapaz espalhando vários pequenos beijos por toda a extensão de sua face. Até mesmo na ponta de seu nariz, e nas bochechas, que estavam quentes e coradas, como se aquela parte do corpo do mais novo estivesse entrando em algum tipo de combustão.

Na verdade, todo o corpo de Harry parecia pegar fogo, e o relevante frio que fazia do lado de fora da casa já nem dava mais para ser sentido.

— Você está fazendo cócegas no meu rosto. – Harry resmungou, antes de impedir que Louis continuasse com aquela sessão de pequenos beijos. Sua solução foi agarrar as bochechas do mais velho com uma mão e espremê-las, fazendo com que um bico se formasse nos lábios daquele rapaz.