flashes e histerias

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 O lugar estaria totalmente escuro, se não fosse por luzes escandalosas e coloridas que refletiam sobre as paredes, locomovendo-se com uma velocidade surpreendente. Qualquer um que estivesse levemente bêbado se encontraria perdido no meio de pontinhos brilhantes estampando as paredes daquela casa.

Harry estava confuso. Nunca havia frequentado um lugar daqueles. Sua cabeça tentava processar qualquer detalhe ou informação que recebia, mas seu cérebro teimava em apenas gritar bem alto dentro de seu corpo, com perguntas semelhantes a "onde estou?" e "quem são todos vocês?".

A verdade era que ele não conhecia nem meia dúzia das pessoas que estavam naquela festa, enquanto Louis sorria para todos os cantos, acenava constantemente para alguns garotos e dava beijinho nas bochechas de meninas que cruzavam pelo seu caminho. Era como se ele fosse um socialite quase tão importante quanto uma celebridade do momento, ou até mesmo grande influência para todas aquelas pessoas.

Foi naquele exato momento que Harry parou para pensar, que só assim conseguiu perceber que Louis, o seu Louis, na verdade era um tremendo de um famoso dentro de sua própria escola, mesmo não aparentando. O garoto dos olhos verdes até pensou que poderia estar imaginando, mas acabou com a boca quase tão aberta que foi possível encostar seu queixo no chão, quando passou ao lado de um grupo de garotas, acompanhado de Louis, e sentiu uma forte luz em seu rostos.

Estavam. Tirando. Foto. De. Louis.

O que elas iriam fazer com aquilo? Vender? O que viria em seguida? Tentariam pegar um fio de cabelo para aumentar o preço ou somente o guardariam para fazer uma simpatia de amarração amorosa? Por que Louis nunca havia mencionado aquilo?

— Ele chegou. – uma sussurrava para a outra.

Louis ouviu, o que acabou fazendo com que o rapaz virasse para encarar o grupo de meninas.

— Oi.

Harry não disse absolutamente nada, mas algo dentro dele começava a denunciar um sentimento que talvez ele ainda tentasse negar. Era como uma fisgada dentro de si, que toda vez o alertava sobre o perigo que corria. E a culpa, como sempre, era toda dele.

Continuaram caminhando por entre as pessoas, ambos sem dizer nada, porém, com um Louis ainda sorrindo e acenando para algumas pessoas. Harry queria lembrar-se de comentar sobre aquilo com Louis mais tarde.

Subitamente, o mais velho parou de andar, fazendo com que Harry esbarrasse em seu ombro.

— Desculpa.

— Tá tudo bem. – Louis sorriu, mostrando que não havia dado muita importância para o acontecido. – Você quer algo para beber?

— O que? Aqui provavelmente só tem refrigerante e eu sou alérgico, então...

— Aqui provavelmente só tem álcool. – Louis riu, corrigindo o mais novo.

— Hm. Entendi. – Harry murmurou.

— Você ainda quer algo para beber?

— Não. – o mais novo rapidamente respondeu.

— Eu quero. Vou lá pegar.

Harry nada disse.

— Você vem comigo ou vai ficar aqui? – o rapaz dos olhos azuis perguntou, arqueando as sobrancelhas.

— Vou ficar.

Louis sorriu.

— Tudo bem, não vou demorar. – disse, levando uma de suas mãos aos cachos de Harry e balançando-a de um lado para o outro, fazendo o mais novo bufar enquanto sua cabeça se perdia num emaranhado de fios cacheados.

Harry assistiu Louis indo até a cozinha, enquanto permanecia parado num canto da casa. O grupo de garotas ainda continuava lá e a gritaria só aumentava. Parecia que aquele lugar se enchia a cada segundo.

Sentindo-se perdido, Harry não encontrou outra opção a não ser transformar o assoalho daquela casa em seu maior passatempo. Estava brilhante e molhado. Não sabia se era bebida ou vômito.

Uma careta rapidamente tomou conta de seu rosto. Talvez ficar ali sozinho não fosse uma boa ideia. Mas onde Louis poderia estar?

excuse me? // larry stylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora